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14. Megan
Fiquei irritada o final de semana inteiro com Jones. E se ele achava que eu ia ficar parada esperando enquanto ele morria da mesma forma que John, ah, ele estava muito enganado. Eu tinha um contato dentro do cartel. Era um garoto de apenas 15 anos que foi arrastado para aquele mundo por causa das dívidas do pai. Ele não queria aquilo para si mesmo e eu prometi que em troca de informações quentes eu o ajudaria depois.
No domingo à tardinha sentei em um banco em frente a uma pracinha onde crianças brincavam e esperei Drake, meu contato, chegar. Quando já escurecia ele sentou ao meu lado sem dizer nada a não ser um resmungo de dor, suas mãos estavam escondidas nos bolsos do casaco, seu rosto também estava parcialmente escondido pelo capuz.
— Eles te bateram de novo? — Ele acenou com a cabeça sem falar. Respirei fundo. — O que aconteceu?
— Eles pegaram uma garota de 12 anos. Doze anos! — Ele repetiu como se não soubesse como pessoas tão podres poderiam existir no mundo. — Tive que dar um jeito de tirar ela de lá. Aparentemente quando você liberta as garotas que eles pegam eles batem um pouco mais forte do que quando você só dá água e comida para as que estão na solitária. — Ele suspirou e colocou as mãos nas costelas para respirar mais fundo. — Eu não podia deixar aquela menina lá. Antônio estava dizendo que iria "testar" a menina antes de mandá-la para a Itália. — Ele riu sem humor nenhum. — Você acredita nisso? Ele poderia ser avô dela, ela era só uma criança. Enfim, eu fingi que a menina tinha conseguido me derrubar de alguma forma e que tinha conseguido fugir. Para minha sorte eles me acham fraco e estúpido o bastante para que isso realmente acontecesse então acreditaram em mim, do contrário acho que eu não estaria falando com você agora.
— Eu sinto muito, Drake. — Coloquei a mão em seu ombro e ele fez menção de se afastar. Drake não era do tipo que recebia muito conforto dos outros.
— Tudo bem. Vou ficar bem. Sempre fico.
Concordei com a cabeça.
— Você quer ficar lá em casa por essa noite? — Eu já falava com ele há meses, o conheci depois da morte de John e de seu enterro solene. Drake estava lá. No dia do enterro. E como eu não o conhecia o forcei a me contar tudo o que ele sabia. Desde então ele mantinha contato comigo sem ninguém saber.
— Eu não posso. Eles poderiam descobrir e ir atrás de você. Ainda mais se soubessem de quem você é irmã. Mas obrigado.
— Você tem onde ficar ao menos?
— Consegui uma vaga no albergue, preciso estar lá antes das nove.
Acenei com a cabeça novamente. Ficamos um tempo em silêncio.
— Você vai precisar compensá-los por ter deixado a garota fugir, não é? — Perguntei depois de um tempo.
— Provavelmente. — Ele riu sem humor. — Uma alma por outra alma ou qualquer merda assim. — Falou como se estivesse se sentindo perdido.
— Você pode me levar até eles então. — Falei e ele ergueu a cabeça para me encarar.
— De jeito nenhum! Você tem ideia do que eles fariam se descobrissem quem você é?
— Drake, nós estamos com as coisas planejadas, precisamos obter mais algumas informações e então finalmente poderemos coloca-los para baixo e você vai estar livre.
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A SEAL
RomanceUma noite casual era tudo o que Megan precisava para voltar a dormir bem. Não que ela tivesse pensado nisso quando saiu de casa e foi até o bar. Gabe só queria assistir o jogo do seu time e se preparar para o dia seguinte em sua nova missão. Ele pre...