25. Gabe
Assim que cheguei em casa larguei as chaves da moto na mesa da cozinha e fui até a geladeira pegando uma garrafa de cerveja. Abri irritado. O resto do dia tinha sido uma merda completa. Fiquei a maior parte do tempo na academia socando o saco de areia e quase quebrei a cara do Luke quando ele decidiu abrir a boca para falar sobre Megan e como a culpa seria minha se algo acontecesse com ela, já que eu tinha cozinhado a ação em banho-maria em vez de agir.
Horas antes
— Desde que você chegou aqui são feitos milhares de planos, mas nunca saímos do lugar! — Luke disse me encarando depois que contamos tudo que estava acontecendo ao restante do grupo. — Se algo acontecer com ela...
— O que? Vocês tinham feito um grande progresso quando você ficou no comando? — Encarei ele de volta imaginando como seria bom socar sua cabeça na parede.
— Pelo menos eu a mantive aqui. — Ele respondeu desafiando. Fui para cima dele na hora. Aquele filho da puta...
— Já chega. — Finn estava na porta da academia. — Eu vou falar isso mais uma única vez e quem não estiver de acordo pode pegar as suas porcarias e dar o fora daqui. Eu não vou ter agentes insubordinados e descontrolados sob meu comando. Eu estou farto de precisar tratar um bando de homens feitos como se fossem meus filhos de dez anos brigando pela vez de andar na porra da bicicleta. Jones, você é o líder dessa operação aqui, comece a agir como tal. McLiar, ou você o respeita ou está fora. A porra da hierarquia de comando existe por um motivo! — Ele gritou no final.
Atualmente
Apoiei a garrafa vazia sobre o balcão enquanto olhava para fora através da janela. Mesmo que meu corpo estivesse fisicamente esgotado, minha cabeça continuava a mil. Ela estava dentro há quase 24 horas agora. Eu não queria nem imaginar tudo que já podia ter acontecido.
Droga.
O rosto de Kayla veio a minha mente. Seus lábios partidos, sangrando. Então o rosto dela se fundiu e veio o de Reese.
Merda. Não.
Tentei me livrar dos pensamentos, peguei outra cerveja tentando esquecer. Falhei miseravelmente, a cerveja me fez lembrar dos nossos momentos juntos até então.
Não lembro em que ponto troquei a cerveja por whisky, mas quando Chris entrou em casa eu já me sentia bastante entorpecido.
Ele ficou me encarando por um bom tempo, então tirou a garrafa da minha mão e levou para a cozinha.
— Eu ainda estava bebendo, porra. — Resmunguei quando ele voltou.
— Idiota. — Respondeu irritado. — Acha que encher a porcaria da sua cara vai ajudar a tirar ela de lá?
— Foda-se.
— Maldita hora que você foi transar com ela, seu babaca. — Ele ralhou. — Em todos esses anos sem fazer merda você tinha que escolher justo agora pra deixar de ser a porra do comandante perfeito? Nós não nos envolvemos com agentes, cara!
Dei de ombros.
— Ela tem a porra de uma risada perfeita, eu já estava fodido na primeira vez. Não é como se eu pudesse ter controlado.
— Eu amo você, irmão. Mas eu vou me vingar dele e não dou a mínima para quem ficar no meu caminho. Então sugiro que você coloque a sua maldita cabeça no lugar e comece a trabalhar a favor da corrente, se quer que ela fique bem. — Chris disse antes de deixar a sala.
Se eu tivesse forças para levantar provavelmente teria tentado dar um soco na cara do meu irmão. Mesmo que eu não soubesse por quê. Estava com raiva do que ele disse, como se fosse sacrificar qualquer um para chegar a Kosher.
Mas então, a partir do momento em que eu voltasse a ver Reese talvez ficasse com o mesmo sentimento. Isso provavelmente dependeria de como eu iria encontra-la.
Deus, eu só esperava que ela estivesse bem.
Respirei fundo antes de levantar do sofá. Cambaleei até o quarto e aos tropeços consegui entrar no chuveiro. Mal senti a água gelada batendo no meu corpo. Chris tinha razão em um ponto, eu não iria conseguir tirar Reese de lá agindo daquela forma. A água gelada tirou um pouco da nuvem alcoólica da minha cabeça, não foi o suficiente para me fazer voltar a pensar claramente, mas ao menos decidi que seria mais útil descansar meu corpo e minha mente para o que estava por vir. Eu só precisa aguentar mais 24 horas e então estaria dentro do cartel e poderia protegê-la.
Sentei na beira da cama, meus cotovelos sobre os joelhos, as mãos em frente ao rosto. Nem a bebida tinha sido capaz de levar a tensão embora. Peguei meu celular tentando checar se havia alguma notícia, qualquer coisa, da central. Nada de novo.
Demorei para pegar no sono e ainda assim, meus pesadelos foram piores que os normais.
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Heeey galera, tudo bem?
Se tudo der certo posto a parte 2 desse capítulo ainda essa semana, torçam por mim e votem muuuuito <3
Chama azamiga pra ler também!
Beijos! ;*
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A SEAL
RomanceUma noite casual era tudo o que Megan precisava para voltar a dormir bem. Não que ela tivesse pensado nisso quando saiu de casa e foi até o bar. Gabe só queria assistir o jogo do seu time e se preparar para o dia seguinte em sua nova missão. Ele pre...