20. Megan
Larguei minhas chaves perto da porta quando cheguei em casa e fui para o banho. Logo Gabe chegaria ali. Hoje seria nossa última noite juntos em algum tempo. Deixei a água escorrer pelas minhas costas. Ele ficaria tão puto comigo.
Será que ele me perdoaria?
Respirei fundo e fechei a água depois de terminar o banho.
Eu realmente esperava que sim. Mesmo que eu quisesse negar, ele mexia comigo.
Deixei a toalha no banheiro e caminhei até a cômoda no quarto, peguei minhas roupas íntimas, vesti a calcinha e descartei o sutiã, coloquei uma camiseta folgada e uma bermuda com a qual eu dormia as vezes, que mal cobria a bunda e era extremamente confortável. Fui para a sala.
Olhei pela janela, para a noite que caía, coloquei minhas mãos em torno dos meus braços e pensei no que iria fazer no dia seguinte. Contar para Gabe estava fora de cogitação, ele nunca me deixaria ir. Foda-se. Eu iria me infiltrar de qualquer forma. Seria muito mais fácil se eles soubessem de antemão que eu estaria dentro, mas eles dariam um jeito de mudar os planos e usar minha infiltração a favor da operação.
Amélia achava arriscado, mas ela sabia que era uma chance melhor de conseguir informações do que com Gabe lá. Eles vigiavam muito mais os seus do que as mulheres, as mulheres ficavam confinadas sem nunca sair até serem mandadas para outros países, e mesmo lá, viviam em cativeiros. Gabe seria muito mais vigiado que eu e ele ficar sem contato conosco por um mês seria tempo demais. Eu poderia dar um jeito de passar informações a Amélia pelo Drake. Eu daria um jeito.
Me afastei da janela quando percebi uma moto chegando. Abri a garagem com o controle para Gabe estacionar. Ele desceu da moto e me encontrou na cozinha, passou os braços em volta do meu corpo e afundou seu rosto nos meus cabelos, eu deitei minha cabeça em seu peito.
— Porra, eu amo seu cheiro. — Disse sorrindo e depois me deu um selinho. Meu corpo inteiro se arrepiou. — Então, pronta pra me mostrar seu amiguinho? — Ele disse brincando e levando o peso que eu estava sentindo para longe.
— Vai sonhando. — Eu ri e me soltei correndo para o quarto. Gabe me alcançou no caminho e me puxou para ele.
— Assim você vai me matar, mulher. — Ele disse rindo no meu pescoço.
Sorri para ele enquanto puxava minha blusa para cima, ele deu espaço e deixou que eu me despisse.
— Nós ainda nem começamos e você já está assim? — Brinquei. Gabe levantou e tirou sua roupa, voltando para o meu lado.
Rolamos e sorrimos, ele deitou por cima de mim ainda com um sorriso no rosto, ficou me encarando nos olhos então colocou uma mexa do meu cabelo atrás da orelha.
— Eu gosto pra caralho de você, Reese.
Coloquei uma mão na sua bochecha e mordi o lábio inferior.
— Eu também gosto de você, Jones.
Ele me olhou sério por alguns instantes, então desceu seus lábios para os meus lentamente e me beijou devagar. Logo sua pele na minha era tudo que existia.
Seus dedos acariciavam meu rosto enquanto com a boca ele fazia amor comigo. Uma das suas mãos desceu pela lateral do meu corpo, ele se afastou um pouco me encarando novamente, eu pisquei devagar sem desviar os olhos, seu nariz acariciou o meu e em seguida estávamos fazendo amor.
Nossos olhares não se desviaram. Minha boca se abriu com um suspiro quando o senti completo em mim, ele começou a se mexer lentamente, entrando e saindo, sem nunca desviar o olhar.
— Megan. — Gabe chamou meu nome rouco. Parecia querer dizer algo mais, mas, em vez disso, voltou a colar sua boca na minha e me beijar lentamente, como se nada mais importasse além de nós dois e aquele momento.
Já era perto da meia-noite quando acordei, Gabe tinha acabado de sentar na cama, seu celular estava vibrando no criado mudo. Ele olhou o visor e praguejou um "merda" baixinho, então levantou e saiu do quarto atendendo o telefone.
Franzi o cenho enquanto ele parecia falar baixinho fora do quarto.
— O que houve? — Ele perguntou para quem quer que estivesse do outro lado da linha. Alguns segundos se passaram. — É óbvio que não, eu já disse que isso não vai acontecer. — Novamente um tempo se passou enquanto a pessoa respondia ele. — Kayla, eu não vou correr esse risco. Nem fodendo. — Ele disse baixinho, mas ríspido. — Você já tem minha decisão final. Você não vai se envolver nisso. Fique aí.
Ele desligou o celular e voltou para o quarto. Eu virei para o lado de fora da cama antes de ele voltar. Gabe sentou na cama e respirou fundo. Ficou alguns minutos assim até deitar novamente.
Minha cabeça estava girando.
Quem era essa mulher afinal?
Eles tinham alguma coisa ou era alguém do centro de comando das operações? Eu quase ri de mim mesma nesse momento. A mulher estava ligando a meia-noite, para o telefone dele. Eu só esperava não descobrir que ele era casado ou comprometido de alguma forma.
Eu não iria cobrar nada dele, até porque nem eu poderia definir o que nós dois estávamos fazendo, mas se ele tivesse me colocado na história como uma amante, deus, eu arrancaria as bolas dele.
Depois de alguns minutos mais, ele deitou e me abraçou puxando meu corpo para junto do seu e cheirando meus cabelos. Instintivamente meu corpo se moldou ao dele.
Merda, Gabriel, não esteja brincando comigo.
Respirei e tentei relaxar. A ideia de me infiltrar sem deixar ninguém além de Amélia sabendo se concretizou em mim.
Se ele quer manter segredos, eu posso manter os meus também.
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Olá galera, tudo bem? Ando sumida, mas vou compensar, promessa de mindinho. Tá tudo meio corrido, então venho postar quando dá mesmo. Prometo que logo solto o capítulo em que a Meg se infiltra hahaha (inclusive já era pra estar aqui, ma enfim...).
Agora me digam uma coisa, quem é essa Kayla, senhor??? Façam suas apostas u.u
Beijos!
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A SEAL
RomanceUma noite casual era tudo o que Megan precisava para voltar a dormir bem. Não que ela tivesse pensado nisso quando saiu de casa e foi até o bar. Gabe só queria assistir o jogo do seu time e se preparar para o dia seguinte em sua nova missão. Ele pre...