Beijo, o verdadeiro beijo.

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O caminho foi horrível, depois dos insultos de Haley eu resolvi ficar calada, eu estava no carro dela e para ela desviar o caminho e fazer algo comigo era fácil, então o seu caminho e o caminho de Ashley ficaria fácil demais sem a pequena Emma na jogada.

Eu não estava delirando, naquele momento eu pensava em todas as péssimas possibilidades que poderiam acontecer comigo, eu e meu pai estávamos em território de perigo, mas infelizmente só eu sabia disso, meu pai estava vedado pelos truques de Ashley, caiu certinho. Nessa altura depois de todas as minhas perguntas Ashley já sabia que alguma coisa eu havia descoberto.

Mas a pergunta é, porque? Porque Ashley me mandaria para mesma escola de Halley? Uma hora ou outra eu iria descobrir que elas estavam na cidade á anos, mas talvez esse fosse o plano. Eu não sei, eu já havia pensado em tantas teorias que estava ficando maluca.

Quando chegamos, Alyssa e Edward já me esperavam na porta.

— Acho que você já entendeu o recado — disse Halley puxando o meu braço quando fui sair do carro.

— Vai se ferrar! — Puxei meu braço de suas garras e então sai.

Medo, com certeza era isso que Halley tinha pois, com todas as suas intimidações ela sabia que quando fosse possível enfrentá-la eu iria enfrentar.

— Bom dia! — Disse Alyssa sorridente, ela sempre era assim.

— Bom dia — respondi para ela e também falei para Ed.

— Poderíamos ir ao Phoby hoje, tomar um daqueles enormes milk-shake! — Alyssa.

— Eu topo — disse — Edward?

— Não vai rolar, estou de castigo, acho que passamos da hora ontem à noite e minha mãe ficou furiosa por eu não ter ligado.

— Sinto muito. — Disse.

Nos dirigimos até os armários e então coloquei minha mochila lá, ao abrir para pegar meu casaco a caixa de presente do meu pai caiu.

— Olha só — Alyssa se abaixou para pegar — Será que você tem um admirador secreto mandando presentes para você?

— Não — sorri — foi meu pai quem me deu ontem.

— E você ainda não abriu? Qual é Emma — já disse ela desembalando — Quando eu ganho algo a primeira coisa que faço é abrir.

A observei abrindo meu presente, às vezes Alyssa era invasiva, mas, eu gostava dela.

— Ah meu Deus isso é um IPhone? Como você não abriu antes?

— Um o que? — Perguntei.

— Olha é um dos novos — disse Edward — que demais!

— Mais que droga é um iPhone?

— O melhor celular do mundo meu amor, agora pelo menos você não ficará incomunicável, pensei que teria que escrever cartas para me comunicar com você — Alyssa.

Todos rimos.

Que fofo da parte do meu pai, meu sonho sempre era ter um celular, mas, nossas condições não nos deixavam nem ter a dispensa cheia, quem dera ter um celular.

Aquele dia foi incrível, passamos a manhã todos juntos e sempre sentia que Ed me observava a todo segundo.

No fim das aulas, Alyssa fez o favor de anotar seu número e o do Ed em meu telefone.

Quando saímos em sentido ao estacionamento, Halley quase nos atropelou, de verdade.

— Essa garota é uma dissimulada, toma — disse ela me entregando o celular — Não esquece de me chamar! — Disse ela — passo na sua casa as três para irmos tomar sorvete, Ed, se quiser te ajudo a pular a janela, seus pais jamais desconfiariam, tenho uns truques na manga.

Através Do Seu OlharOnde histórias criam vida. Descubra agora