A vida de Emma nunca foi muito interessante, aos quatro messes de vida sua mãe á abandonou junto de seu pai para morar fora do país. Depois de quase quinze anos ela voltou, rica, poderosa e cheia de segredos. Para Emma tudo bem, ela só não sabia que...
— Emma! — Evan correu atrás de mim, segurando com força meu braço para garantir que eu não desse mais nenhum passo — Ei calma!
— Calma? Olha Evan você poderia me pedir o mundo que eu daria ele á você, só não me peça calma!
— Eu sei que você está chateada, eu não tiro seus motivos mas, você não dá espaço para ela se explicar!
— Explicar? Evan, ou você é muito burro ou é extremante apaixonado pelas loucuras da minha mãe! Não há nada a ser explicado, a história sempre será a mesma, ela foi embora e nos abandonou, criou uma empresa com o nome do meu pai e ficou vivendo mordomias enquanto eu dormia com os ratos.
— Emma por favor me deixe explicar! — Disse Ashley surgindo no topo das escadas — Eu errei eu sei mas não podemos ficar remoendo esse pecado, acredite se quiser tudo o que fiz foi para ver você colher frutos benéficos.
— Eu não...
— Eu já entendi, e está ficando extremamente cansativo ver você me julgar desde o momento que me viu entrar pela aquela porta, tudo o que eu fiz foi por você e se é tão difícil assim aceitar o meu egoísmo ou minhas desculpas a porta está aberta, pode partir quando quiser. — Ele segurou a barra de seu vestido e andou até seu quarto, senti a batida da porta extremasses a casa.
— Acho que o dia foi estressante e deveríamos todos deitarmos e amanhã com calma continuamos o assunto — Disse meu pai.
— Te levo até o quarto — Disse Evan.
Ele apoiou sua mão sobre a minha cintura, me conduzindo para o quarto, papai torceu o nariz.
— Não! — Ele gritou — Me desculpa, pode deixar eu á acompanho.
Ele pegou em minha mão e às pressas me levou ao quadro.
— Que menino levado, não deixe que ele te toque nunca mais! — Bateu à porta.
— Não entendo seu posicionamento, Evan foi muito receptivo desde que cheguei ele só está tentando me ajudar, ajudar a me adaptar, acho que ele é o único aqui.
— Não seja tola, Emma.
— Acha que não vi a forma que protegeu Ashley quando ela disse todas aquelas bobagens? Nós estávamos no chão pai, enquanto isso com o seu nome ela abria empresas, comprava coisas luxuosas e também esbanjava riquezas em suas costas e você ainda aceita sentar ao lado dela, de mãos dadas?
— Você não entende, sua mãe fez tudo isso por amor e agora está se redimindo, ela sofreu Emma e quis acabar com a vida que vivia, será que é pecado querer algo melhor? Você nunca entenderia mesmo, só tem dezessete anos e não sabe o que é sofrer!
— O que? Como não? Claro, não foi eu que estive lá esses anos todos né, passando fome, perdendo minha infância pra ir atrás de comida, secando suas lágrimas quando via os centavos que tínhamos no bolso. Claro, porque eu fui me enganar, você é igual a ela.
— Sinto muito não foi o que eu quis dizer...
— Mas disse, olha, sai por favor meu dia foi horrível e a única pessoa que eu pensei que me entenderia está me julgando então, sai.
— Minha filha eu sinto muito, eu não quis dizer isso, eu só...
— Pai, eu mandei você sair, vai atrás da sua esposa querida, a vítima, a que sofreu demais nessa vida. Me deixa aqui.
Fui até a porta e a abri, o encarei com lágrimas nos olhos até ele sair, ele veio me abraçar mas neguei virando o rosto e abri mais a porta. Papai não era nenhum estupido e sabia bem quando fazia algo errado, ele assentiu e assim como pedi ele se retirou.
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