A vida de Emma nunca foi muito interessante, aos quatro messes de vida sua mãe á abandonou junto de seu pai para morar fora do país. Depois de quase quinze anos ela voltou, rica, poderosa e cheia de segredos. Para Emma tudo bem, ela só não sabia que...
Ashley me olhava com medo a cada pergunta que eu fazia, mas nenhuma delas eu tinha respostas.
— Me responde Ashley, você disse que eu tinha uma irmã e que ela estava precisando de ajuda. Agora você vai contar de onde essa história começa e porque agora, logo agora ela precisa de ajuda.
— Assim que eu sai de casa...— Ela desviou o olhar assim como Amandha havia me dito — Você já sabe essa parte então, não faz sentido eu falar...
— Desde o começo!
Ela engoliu seco, respirou e continuou.
— Thompson e eu tivemos um filho, o problema é que ele queria uma menina, então, assim que a criança nasceu eu precisei esconder e achei a oportunidade certa de dar a ele uma menina, foi assim que Halley entrou na família, mas, eu nunca abandonei o meu filho.
— Como ele se chama?
— Dave, o nome dele é Dave. Meus planos era eliminar todos, você, seu pai, Halley, Evan, Thompson e até mesmo Hadaleine se ela me impedisse. Mas, tudo deu errado, eu iria fugir com Dave para longe daqui, hoje ele está com quatorze anos, eu o deixei sozinho, e ele não sabe que eu fui presa, ele está me esperando, já se passaram quase três messes que eu voltei para esta cidade e eu não sei se ele está comendo, se ele tem notícias e até mesmo se ele está vivo. Esse tempo todo que eu estava foragida eu estava com ele.
— Porque não o levou para mansão com você? Mais um inquilino não te faria mal, já que havia hospedado Hadaleine e Evan, porque não levar o Dave?
— Ele é extremamente parecido com Thompson, todos iriam perceber, e o meu plano não daria certo com Dave e Byron embaixo do mesmo teto, eu sabia que uma hora ou outra, meu plano poderia dar errado e acabar ferindo alguém, e esse alguém não poderia ser ele.
— Seu plano não feriu Ashley, seu plano matou, duas pessoas!
— Pessoas que não são tão importantes quanto ele! — Seus olhos se encheram de lágrima — Nem você, Byron e até mesmo Evan que preenchia às vezes minhas necessidades amorosas preenchem o que o Dave preenche em minha vida.
— Ashley, eu não sou idiota, está querendo dizer para mim que todo esse plano, toda essa bagunça todo esse ciclo de morte girou o tempo todo em cima desse garoto?
— Sim!
— Chega! — Me levantei — você jogou fora todas as possibilidades que tinha, você apontou uma arma para mim recitando todo o plano que você criou em anos e agora está mudando tudo, você acha mesmo que eu vou cair nessa mentira? Para mim chega! — Olhei para o guarda e pedi para que ele abrisse a porta.
— Emma por favor! — Ela se levantou e tentou chegar até mim, mas, as algemas que a prendiam na mesa a impediu — Emma me escute — ela chorava — Eu preciso que me de notícias dele, ele é tudo de mais importante que existe para mim, eu não poderia dizer e nem citar sobre ele por medo, medo que ele se machucasse.
— Você teve medo? Tem certeza que teve medo!? Medo foi o que eu passei, tendo que lidar com suas mentiras, com suas armadilhas e com toda a tortura que você fez o meu pai passar, não venha me falar de medo, você é uma doente, uma completa doente, e se esse menino realmente existir pode ter certeza que ele está melhor sem você!
Ela esticou sua perna.
— Pegue o papel que está no meu bolso.
A encarei, estranhamente eu fui, coloquei a mão sobre o seu bolso e peguei o papel.
— O que é isso?
— Esse é o endereço onde ele está, por favor volte com notícias de que ele está bem. Emma, esse garoto é o que existe de mais importante no mundo para mim, por favor, eu sei que seu coração é bom, o ajude, ele não tem culpa de nada, ela não te fez nada.
— Vamos — o guarda pegou em meu braço — a visita acabou.
— Emma por favor! — Ashley gritava desesperadamente enquanto eu saia da sala, dava para ouvir até o fim do corredor os "por favor, meu filho" que ela gritava com choro.
Quando cheguei até a recepção peguei meus documentos e itens pessoais, Amandha com os olhos esbugalhados veio em minha direção.
— Aí graças à Deus, e então, descobriu alguma coisa? — Ela perguntou.
Entreguei o papel em sua mão e seguimos até o carro.
— O que é isso?
— Esse é o endereço de onde ele está.
— Ele? Porque ele? Não era uma menina, uma "irmã".
— Eu não sei, só sei que esse menino é muito importante para ela, ele se chama Dave, ela estava aos prantos me pedindo por favor para que fosse até ele.
— Ela disse a idade? — Perguntou ela.
— Ashley disse que ele tem quatorze anos.
— Emma alguma coisa está errada. Se ela ama tanto este garoto porque escondeu ele durante todos esses anos?
— Eu não sei, mas eu vou até esse endereço!
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