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Lea On

Era agora dia 31 de Dezembro, ainda é de mãnha, eles combinaram passar, eu, Diana, Afonso, André, Hugo, Mafalda, Zé, Filipe, Diogo.

Fomos a um bar, não falei uma única vez com André, aliás fiz ganda amizade com o Zé. Ele pediu para irmos dançar, e dançámos os dois. Foi até que engraçado pois ele não sabia dançar.

Depois ficamos todos juntos na mesa, a conversar e tudo mais, eles estavam mais a despedir-se do André, pois ele iria embora no dia seguinte. Eu e ele só olhávamos um para outro, trocavamos olhares indecifráveis. Eu estava contente porque daqui a 10 dias faria anos.

Contámos pra meia noite, depois celebrámos. Chegou a festa ao fim, e os que não voltariam a ver o André despediram-se. Ele veio ter comigo e ficou a olhar depois de os outros nos deixarem sozinhos.

Lea: Que é que queres? - pergunto rápida.

André: Que te despessas de mim. - rio sarcástica.

Lea: Ok, até nunca André. - eu vou a sair mas ele agarra-me.

André: Como deve ser. Lea, eu confessei o meu erro e reconheço-o, mas a pior coisa que me podes fazer é não ficar comigo. Eu ainda te amo. - ele pede, e larga uma lágrima. - Ocupei a minha cabeça, contigo, nos três meses que passaram, depois de te ter traído a única coisa que pensava era como te contaria, isso custou-me não ser convocado para 4 jogos. - fico surpreendida.

Lea: Eu também te amo, mas estamos melhores assim. Assim a distância não afeta ninguém. - falo indeferente, tentando parecer indeferente.

André: Não não estamos melhores. - começa a alterar a voz, fazendo virar a atenção do resto do grupo para nós. - Não entendes. Enquanto namoramos sentimos saudades, desejo de nos tocarmos e de estar um com o outro. Então imagina se não namoramos, estes sentimentos multiplicam-se ainda mais. - reflito.

Diana: Ele tem razão. - olho para ela.

Do nada começa a chover

Lea: Oh boa. - falo irónica. - Eu não sei. - respondo a André.

André: Nós amamo-nos um ao outro, e acho que já está mais que claro de que não conseguimos estar sem o outro. Só nos magoamos ainda mais Lea. - começo a chorar, sentindo pressionada.

Reparo em gotas de água a escorrerem vindas dos seus olhos, posso garantir que não era da chuva. Ele abraçou-me mesmo estado tão molhado quanto eu.

Afonso: Assumam logo o vosso namoro. - pede e André ri.

André: Vem para minha casa, dorme lá hoje para falarmos melhor queres? - assinto.

Pego em tudo o que é meu e dirijo-me ao seu carro, indo para casa com ele. Deixamos o grupo e fomos. Chegamos e ainda estava a chover, ele saiu do carro primeiro, no banco de trás tirou um guarda chuva, depois de dar a volta ao carro abriu-me a porta e então fiquei debaixo do guarda chuva com ele.

Entramos. Percebi que não estava ninguém, Afonso deve ter entendido o recado e foi dormir a minha casa e da Diana, e os pais do andré foram passar a passagem de ano a um hotel. Pousei as minhas coisas no sofá. Ele pegou na minha mão e guiou-me até ao quarto dele.

Do seu armário tirou uma t-shirt e uma sweat dele, deu-me e depois pegou nuns calções de pano da nike para ele.

***

Mine - André Silva ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora