Querida Secretária [Terminada/ Em Revisão]

Eight.

Abri os olhos na tentativa de descobrir aonde estava, eu tinha certeza, aquele não era meu quarto, eu não possuía violão.

A festa. Tom. Casa do Shawn, ah! não, droga a viagem para o Canadá.

Meu chefe vai me.....

- Finalmente acordou. - Ele aparece no quarto só de toalha, me fazendo ficar arrepiada. - Aproveite a vista, pois, esse é o mais perto que chegaremos de um casal normal.

Reviro os olhos, sério já vai começar com a ignorância? Não recebo nem se quer um bom dia?

- A gente não tinha que estar num avião a caminho do Canadá? - Ele caminha até seu closet.

- Tive que cancelar, graças a você.

Como se eu tivesse culpa?

- Sinto muito. - Caramba! eu não conseguia mesmo enfrentar aquele homem. - Acho melhor eu ir para casa, não quero atrapalhar.

Ele coloca a cabeça para fora do banheiro.

- Nem pense. - Fala ameaçador. - Vá para o quarto do lado, pedi para que colocassem sua mala lá.

- Aham. - Concordo e me viro.

Quando chego na porta ele me segura pelo braço.

- Aonde pensa que vai? - Ele tem Alzheimer por acaso.

- O senhor me mandou ir para o quarto do lado. - Ele me olha como se eu fosse a garota mais burra do mundo.

- Eu não terminei de te dar as ordens.

Ele me solta e então volta a sua postura rígida.

- Remarquei o vôo, ou seja, você tem... - Ele olha o horário no seu celular. - quarenta minutos para se arrumar, não se atrase já tive prejuízo demais com você.

Ele me olha com desdém.

Tô começando a me arrepender daquele contrato.

(...)

Olho ao redor daquele quarto enorme, desde que entrei aqui a dez minutos atrás estou tentando procurar minha mala, já havia tomado banho e agora eu estava com uma toalha branca enrolada no meu corpo, tenho que agradecer a quem cuida da limpeza dos quartos por ter deixado uma toalha lá.

- Droga, onde está? - Resmungo, já havia procurado em todos os lugares daquele cômodo. - Não é possível, não está aqui.

Eu não podia andar só de toalha pela casa do meu chefe, o que eu faria?

Meu celular, isso.

Ligo para a primeira pessoa que está na minha lista de contatos, Nash.

- É bom que seja importante. - Ele resmunga assim que atende.

- Nossa, pensei que me amasse? -Pelo que conheço meu melhor amigo, deve estar nesse exato momento revirando aqueles lindos olhos azuis.

- Amo, mais amo ainda mais o jogo que está pesando na minha linda TV.- Ingrato, deixa esse maldito.

- Faz um favor? - Ele apenas faz um "Uhum", sério mesmo, o jogo era mais importante que eu? - Pergunta para os responsáveis da limpeza, se eles sabem onde está minha mala.

Ele desliga a chamada.

Esculto um grito no andar.

- ANASTÁCIA, VOCÊ VIU A MALA DA BROOKE?

Porra Nash, grita mais alto.

- ELA TÁ! SÓ DE TOALHA NO QUARTO AO LADO DO SHAWN.

Eu não sabia aonde enfiar minha cara eu deveria estar mais vermelha que um pimentão.

Toc. Toc. Alguém bate na porta.

- Senhorita Flin, sou a Anastácia a governanta. - Abro a porta para ela.

Anastácia era uma idosa, devia ter um 50 anos, ela parecia aquelas senhoras de filme, espero que seja um amor, como elas.

- Trouxe sua mala. - Ela entra carregando minha mala, pela sua cara estava um peso, pego de sua mão, não podia deixa -la carregar sozinha. - Sinto muito a demora.

Sorri pra ela.

- Não se preocupe, deve ser difícil ter que organizar a bagunça daqueles meninos. - Ela me olha como se fosse uma neta.

- Pelo ao contrário pequena, vivo para servir aqueles dois. - Como ela podia ser tão carinhosa e ainda trabalhar com aquele imbecil do meu chefe.

Abro minha mala e procuro uma roupa para poder utilizar durante a viagem.

- Como você pode aturar o Shawn? -Ela me olha, enquanto pega uma calça preta e um cropped da mesma cor. - A senhora tem bom gosto.

Ela sorri.

- Shawn é a pessoa mais carinhosa que existe. - Até parece. - Acredite, você vai descobrir esse lado.

Ela sai do quarto.

- Acho que não.

Tiro a toalha que cobria o meu corpo e coloco cropped e em seguida a calça, procuro um sobretudo transparente bege, assim que acho coloco no meu corpo, vou até o espelho, está faltando algo, prendo meus cabelos em um rabo de cavalo apertado e passo uma maquiagem básica, pronto, perfeito.

Fecho minha mala e pego meu celular.

14% de bateria, eu carregaria dentro do avião, verifico se não havia deixado nada para trás.

Assim que término de descer as escadas com dificuldade, já que descia as minhas malas, vejo Shawn e Nash com os olhos vidrados na TV, enquanto cada um segurava uma garrafa de cerveja, pareciam dois desempregados que não tinham nada para fazer.

- Estou pronta. - Alerto a minha presença no local.

Eles apenas fizeram joinha com a mão, nem ligaram que eu estava lá.

Deixei minha mala no canto perto da mala de Shawn.

Vou até à cozinha, precisava comer algo.

- Bom dia. - Falo assim que encontro Anastácia e outra garota que eu não fazia ideia de como se chamava. - Que cheiro bom.

- Bom dia, sou América. - A loira aparentava ter uns 30 anos, era muito bonita para ser sincera. - Fiz bolo de chocolate com cobertura de beijinho, aceita?

Minha barriga ronca, fazendo com que às duas mulheres a minha frente me olharem.

- Acho que isso foi um sim. - Anastácia fala, enquanto me entrega um pedaço daquele bolo maravilhoso.

Mal da tempo de colocar o primeiro pedaço na boca e um ser humano, amado por Deus e odiado por mim, me chama.

- Vamos logo, Flin. - Valeu em Shawn.

Coloco o bolo na boca rápido.

- Eu não comi nada, Shawn. - Reclamo, quase chorando pelo maravilhoso pedaço de bolo que eu teria que abandonar. - Eu tô com fome.

- Comemos no aeroporto, anda. - Pego mais uma garfada do bolo, só para me despedir mesmo.

- Tchau! bolinho, a mamãe volta tá! - Minto. - Tchau! meninas, foi um prazer.

- O prazer foi todo nosso. - Falam em uníssono.

Caminho até a sala e percebo que Shawn ou alguém já havia levado minha mala.

- Tenho certeza que sua mãe e a Aali vão gostar dela. - Esculto Nash falando com Shawn.

- Sim, sim sei. - Ele se despede do primo. - Cuida da empresa pra mim.

- Pode deixar, chefe. - Me aproximo dos dois, atraindo olhares. - Minha Brooke.

- Te espero no carro, 5 minutos Brooke. - Shawn entra no carro.

Ele havia me chamado pelo meu.

- Até mais, Hamilton. - Dou um abraço nele e entro no carro.

Agora era só saber o que iria acontecer nessa viajem, espero que dê tudo certo.