Seven - memories.

5.2K 313 12
                                    

Eu estava ofegante, sentia meu corpo todo estremesser, olho para o corpo estirado a minha frente, eu não sabia o que fazer.

"Grite por ajuda” meu subconsciente alerta, mais minha boca nega.

— Não adianta mais. — O mascarado me encara, seu olhar estava frio. Você sabe o quão prazeroso é estragar a sua única felicidade? 

Eu não conseguia desviar o olhar do corpo do meu namorado. 

A dor tomava conta do meu corpo.

Queria chorar, mais eu não tinha lágrimas.

— Você é tão fria quanto a sua mãe. O sangue de Taylor escorria pela faca que estava na sua mão. Ela teve a mesma reação quando matei seu pai. Ele passa a faca ensanguentada pelo meu rosto, me fazendo virar. Vejo traços dele em você.

Minha garganta fecha. Sinto o sangue secar nas minhas bochechas.

— Por quê? Minha voz saiu baixa e falha, estava fazendo o maior esforço para poder falar.

Ele se senta na minha frente, enquanto colocava uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, tentei tirar suas mãos nojentas de cima de mim, falhei, eu estava presa, meus pulsos estavam doendo, aquela corda estava tão apertada quanto meu coração.

Olho para Taylor, seus olhos, cor de esmeralda não possuíam mais cor, ele era tão valente, era simplesmente o homem que qualquer garota pediria para ter ao seu lado.

Sinto o peso de um olhar em cima de mim.

— Seus pais nunca me deram o que eu realmente queria. Levanto o olhar e encaro aqueles olhos tão frios quanto o corpo do meu namorado estirado no chão. Eles não me deram você.

Ele coloca sua mão cheia de sangue na minha coxa, enquanto sobe pela minha pele nua.

— Agora que eles não estão mais aqui para atrapalhar meus planos, eu finalmente terei o que quero. Ele sobe sua mão até minha intimidade, ultrapassando o meu vestido. Hoje quero ouvir você gemer o meu nome.

Cuspo em seu rosto.

— Nunca.

Ele ultrapassa o limite da minha calcinha, malditas cordas, eu precisava sair dali, o mais rápido possível.

Uma sirene toca. Ele olha para a porta assustado e então se vira para mim.

— Dá próxima vez você não escapa.

E então some do meu campo de vista, fecho os olhos quase que instantâneamente aquilo era um pesadelo.

Acorde Brooklyn. Apenas acorde.

— Ela está traumatizada Caio. Esculto uma voz feminina desconhecida, meus olhos pesam, abro eles com dificuldade. Olá querida, sou Anna a detetive responsável pela investigação do sequestro e assassinato.

Sequestro. Assassinato.

Pequenas retrospetivas começam a atormentar minha cabeça.

O homem mascarado. 

Taylor morto.

O quase estrupo. 

As sirenes.

Foi aí que a ficha caiu, eu não estava sonhando, Taylor realmente estava morto.

— Senhorita Flin, a senhorita se lembra de algo. Olho ao redor, eu estava em um hospital. Entenderei se não quiser prestar depoimento.

Anna era uma mulher alta, de cabelos cacheados pretos, o homem ao seu lado, Caio era moreno e carregava nós ombros longos anos de trabalho, ele parecia que não dormia a anos.

— Eu estava saindo do cinema com meu namorado, Taylor. Aquele nome. Sinto uma lágrima cair sobre meus olhos. Ele apareceu do nada, logo apontando  a arma na nossa cabeça.

Minha garganta trava. Minha voz falha.

A mulher a minha frente me olha com dó.

— A senhorita precisa desencanar, foi um longo dia.o pior da minha vida.Sua mãe e seu irmão já estão a caminho do hospital.

Assenti. Eu só queria que aquela dor acabasse.

Assim que os detetives sairão do meu campo de visão, as lágrimas começaram a rolar sobre meu rosto.

A ficha tinha caído pela segunda vez, porém, dessa eu tinha certeza.

Eu nunca mais teria o Taylor. 

E parti daquele momento de dor, prometi para mim mesma: eu nunca mais amaria ninguém.

Querida Secretária [Terminada/ Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora