Capítulo 6 🌙

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VITOR 🎈

CHEGUEI NO MEU APARTAMENTO POR VOLTA DAS 5H20M. Destranquei a porta e o que eu encontrei não me surpreendeu em nada.

– ONDE VOCÊ ESTAVA, VITOR? – Thalia gritou assim que pus os pés dentro de casa.

Eu a ignorei e segui para o quarto.

– Vitor, eu to falando com você!

Sem resposta novamente.

– Vitor! Olha pra mim!

– Pra que? Pra você inventar uma desculpa qualquer sobre o que aconteceu hoje? – Finalmente respondi.

– Ontem, você quer dizer, não é? Porque você sumiu desde as 18h00m!

– Não tente reverter a situação porque quem fodeu com tudo foi você! E quer saber? Sumi mesmo e sabe por quê? Porque eu não suporto mais olhar para sua cara de traíra!

– Eu sei que o que eu fiz foi errado, mas eu nunca cheguei em casa quando o dia já estava amanhecendo!

– Não, o que você fez foi mil vezes pior! Eu confiei em você, Thalia! Eu confiei! E o que você me deu de volta? A porra de um par de chifres! – Eu gritei para ela. – Isso se só foi um!

Thalia não respondeu, apenas ficou me observando, enquanto eu procurava uma mala.

– Você pode, ao menos, me responder onde estsve até agora? – Perguntou com a voz cansada.

Eu sorri maliciosamente, enquanto estava de costas para minha ex-noiva. Agora era o momento de me vingar, Thalia sempre foi muito ciumenta e quando alguém chegava perto de mim, surtava e brigava com a pessoa, sendo ela uma mulher ou um homem. Logo que eu e o Samuel ficamos amigos, Thalia se remoía de ciúmes e tentou de tudo para afasta-lo de mim, mas nunca conseguiu.

– No Paradise. – Respondi.

– Onde?

– Paradise Club. É um sex club super conhecido. – Falei me virando para ela.

– Você estava com uma puta?!

– Sim, Thalia, eu estava com uma puta.

Depois disso, senti o lado esquerdo do meu rosto arder, mas eu a olhei como se nada tivesse acontecido.

– Esse tapa doeu menos do que te ver com aquele filho da puta. – Eu disse olhando em seus olhos.

Voltei a atenção para a busca da mala, logo a encontrando. Abri o armário e joguei algumas peças de roupa na bolsa.

– Onde você vai? – Thalia perguntou preocupada.

– Embora. – Respondi simples. – Vou procurar um lugar onde eu posso confiar nas pessoas.

– Não, você não vai me deixar aqui sozinha, não é? – Seu tom era de desespero.

– Só não vou como já estou deixando.

Passei por ela e desci as escadas carregando a mala e mais alguns pertences. Thalia desceu correndo atrás de mim e arrancou a bolsa da minha mão.

– Thalia, não deixe as coisas mais difíceis. – Pedi cansado.

– Não! Você não vai embora, Vitor! – Ela chorava abraçada às minhas coisas. – Você não vai!

– Eu vou Thalia, eu vou embora e seguir o meu caminho e você vai seguir o seu. – Eu disse com calma me aproximando.

– NÃO!

Eu me joguei em sua direção tentando pegar a minha mala, mas ela correu para a cozinha e eu a segui. Thalia tropeçou no peso de porta e para manter o equilibro se segurou na mesa deixando a mala cair no chão.

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