Prólogo

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Preocupação, raiva, tristeza, angústia

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Preocupação, raiva, tristeza, angústia... todos esses sentimentos conseguiam ser notados no ar. Teria sido mais uma tarde comum para os habitantes de Palladino, em Eclípcia para ser mais específico, muitos incrédulos reclamavam que era uma injustiça e que não podia ser provado que um garotinho seria um mago maligno do clima.

Estavam todos completamente errados.

Souberam que era a mais pura verdade assim que ele apareceu, acorrentado e empurrado por mais de dez guardas de segurança tão enormes que pareciam gigantes ou talvez ogros. O céu antes azul e limpo agora estava nublado de uma hora para outra, trovões chegaram anunciando uma forte chuva e um vento frio, mórbido, rodeou o local. O pânico invadiu todos os presentes do julgamento.

Os Antistius Sosianus, mesmo assustados, focaram seus equipamentos em Austin Black que chegava junto com sua filha mais velha, pois tinham que cumprir com suas missões de transmitir o que acontecia para Palladino em qualquer circunstância.

Ele, um homem forte e leal ao seu trabalho, Black dedicava toda a sua vida para suas filhas e para a segurança das terras de Palladino. Beirando seus 37 anos, tinha cabelo tão dourado quanto o sol, seus olhos verdes transmitiam coragem e determinação, vestia um terno formal e exalava serenidade em seus gestos e expressões. Se posicionou com tranquilidade na frente do garoto de apenas 13 anos de idade, mas sua filha se mantinha longe e não aprovava o que acontecia ali em sua frente, Louise nem queria estar no julgamento.

Após o comandante encarar por alguns minutos o menino, que continuava de cabeça baixa, se voltou para o público e para as pequenas telas brilhantes, como espelhos, que passavam em tempo real tudo o que acontecia para os aparelhos das pessoas de todas as regiões.

— Vejam! Isso é como uma doença que para ser curada e não se espalhar precisa ser eliminada desde a raiz! Agora temos conhecimento que magia é real, que feiticeiros e elementares existem, que nosso mundo corre um grande perigo. Esse garoto, Bruno Heights, fora dado como único sobrevivente de um acidente terrível! Mas ele, na verdade, foi o responsável pela morte de todos os inocentes, incluindo seus próprios pais, motivo que fez ele viver por todo esse tempo no orfanato da Região Lua de Sangue.

Austin conseguiu com seu discurso plantar várias sementes de ódio e caos em cada uma das pessoas. Todavia Louise continuava firme com sua própria opinião que o menino não tinha culpa e, que se tinha mesmo um poder, não sabia controlar.

— Bruno Heights, treze anos, da região Lua Nova, órfão, assassino de cerca de quinhentas pessoas e elementar da eletricidade. Confessa seus crimes?

Então, pela primeira vez, Bruno se ergueu e encarou todos que o acusavam mostrando sua beleza encantadora. Olhos cinzas como uma grande tempestade, cabelo negro como a escuridão da noite, e um meio sorriso desaforado em seus lábios. Muitos até perderam o ar com tamanha beleza e expressão fria, Louise sendo uma dessas pessoas e dando graças aos Deuses do Destino que sua irmã mais nova não estava ali também.

— Vocês me tornaram esse monstro, e fico feliz de mostrar as consequências. Acha, "Senhor" Black, que me jogando em Mercurinonis irá se livrar de mim? Eu faço questão de sobreviver e voltar até aqui para tirar tudo de mais precioso que você tem na vida.

Assim, sem dar tempo de qualquer reação contra a sua atitude, Bruno subiu na borda da fonte construída de rocha pura, que guardava a famosa água mágica, e fechou os olhos antes de se jogar no portal. Sentiu uma dor indescritível passear por todo seu corpo, água já estava querendo invadir seus pulmões e jurou que morreria afogado. Porém, quando pensava que seria seu fim, de repente tudo parou, a dor foi embora, a sensação de falta de ar, tudo simplesmente parou e desse modo se viu em uma nova realidade, em um novo mundo, sobrando só as correntes soltas flutuando na água para todos observarem.

As pessoas aos poucos voltaram a reagir, mas Austin continuou paralisado onde estava. Mesmo quando sua filha Louise o chamou ele não a ouviu, pois só conseguia escutar sua mente e o eco das últimas palavras do garoto.

Um último relâmpago palpitou assustadoramente claro entre as nuvens escuras, apenas querendo reforçar a promessa de Bruno, apenas querendo mostrar para o comandante de Palladino que enquanto houvesse energia circulando o céu, enquanto houvesse uma tempestade se aproximando, o garoto se manteria vivo e forte, nem que fosse apenas em sua perturbada memória.

Volteiiii. Peço desculpa a todos os antigos leitores, faz alguns meses que eu tirei o livro e não avisei nada. Eu estava passando por alguns problemas e o livro e a narração não estavam como eu queria, mas agora eu voltei para ficar!

Para os leitores novos: sejam bem-vindos as terras misteriosas dos mundos Palladino e Mercurinonis. Já vou logo avisando que quero muitosss comentários e se possível aquela linda e brilhante estrelinha.

Eu sei que muitos ignoram as músicas, mas recomendo que as escute e leiam a tradução pois algumas têm várias dicas sobre a história!😘

Música: Ruelle-Madness (legendado)

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