Anfisbena, uma cobra gigante e ameaçadora de duas cabeças, sendo uma em cada extremidade do corpo, que costuma viver escondida até alguém perturbar seu lar ou assusta-la. Seu objetivo era simples, matar suas vítimas e arrancar sua energia de vida para, logo depois, se alimentar dos cadáveres.
Uma criatura venenosa, extremamente feroz e capaz de acabar com os adolescentes em sua frente de diversas formas diferentes e doloridas, como por meio de seus poderes de fogo e água em conjunto, pelo seu veneno tóxico e ácido ou até mesmo usando apenas seu corpo e suas habilidades naturais de réptil.
Seu corpo era coberto de escamas, possuindo asas tão velozes e fortes como de um dragão e pés muito parecidos com os de uma galinha. Além de olhos que brilhavam como relâmpago e conseguiam enxergar na escuridão ou luz absoluta.
Das suas presas escorria um líquido transparente e gosmento e Frederick logo chegou à conclusão de que àquilo deveria ser veneno.
Mal respiravam na frente daquilo, todos tentando ficar o máximo que conseguiam sem mexer um músculo, porém esqueceram que não lidavam com uma cobrinha normal e, traiçoeira, apenas fingia que eles estavam ganhando. Fingiu para atacar no melhor momento, no momento de total surpresa do grupo.
Ônix correu, o gatinho sabia quando algo era uma grande ameaça e não pensou duas vezes para acelerar suas patinhas para longe daquela parte da ilha ainda irritado com a criatura maior que ele.
― Sim. ― Hector disse, sua voz fraca querendo falhar enquanto fitava o que estava na frente deles. ― Não temos chance alguma.
Cada parte da criatura fez sua função no ataque. Seus pés deram o devido impulso que precisava para voar, ficando numa altura maior e de melhor visão do seu alimento. O barulho irritante que ela produzia com suas línguas chegava em um volume absurdo nos ouvidos de Dmitri que começou a sentir muita dor. Cada cabeça lançou contra eles um poder diferente, que se juntaram para o desespero dos jovens. Fogo, água e veneno juntos, em um jato fortíssimo e mortal.
Impotentes, ninguém sabia o que fazer. Correr não adiantaria pois o tempo era curto, não tinham poderes para se defenderem e não tinham nenhum plano, não tinham nada.
Sayla sentiu sua mão, que antes estava junto a de Dmitri, ser solta de repente e ficar longe do toque do garoto.
Lorrayne se viu apavorada pelo seu amigo, não lembrando mais de desentendimentos ou mentiras, só queria ter certeza de que ele estava bem. Dmitri tinha se sacrificado por todos eles e, diferente dela, o seu possível sacrifício era real.
Péssima, ela sentiu-se uma pessoa horrível por ter mentindo de tal maneira. Para ganhar confiança? No que estava pensando? Era Austin Black! Nada do que vinha do homem era bom ou certo.
Dmitri tinha seus braços cruzados na frente do seu rosto quando recebeu todo o choque e força do golpe de poderes jogados pelo monstro assustador, soltando sem perceber um grito forte pela energia que teve que utilizar contra aquilo. Dos seus antebraços surgiu um escudo diferente, feito apenas de magia, magia pura e de brilho dourado como seus olhos e, aquele escudo que parecia fraco e fino, não apenas suportou o ataque, mas também o devolveu na mesma intensidade para o inimigo.
O escudo continha um desenho curioso que logo Frederick e Hector fizeram questão de gravar com atenção em suas memórias. Um para pesquisar mais sobre os poderes do garoto e o outro para, talvez, utilizar àquilo em um plano futuro. Uma estrela de cinco pontas na cor preta, rodeada por um círculo perfeito, entre as pontas da estrela havia símbolos pequenos de cores diferentes que, provavelmente, representava todas as energias existentes. Vermelho, verde, azul, amarelo e branco.
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O Tempo é o inimigo
FantasyExistem dois mundos completamente diferentes um do outro, Palladino e Mercurinonis. Apesar de suas diferenças eles sempre estiveram conectados, porém o motivo dessa estranha aproximação era desconhecido até pelos melhores cientistas. Essa união acon...