Capítulo 24 - Palladino e Mercurinonis

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Há milhares de anos atrás, quando Mercurinonis ainda prosperava e fazia parte do equilíbrio

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Há milhares de anos atrás, quando Mercurinonis ainda prosperava e fazia parte do equilíbrio.

Tinha escolhido o pior dia para ir até a área seca. Os elementares da terra que viviam de forma aleatória pelos arredores do deserto estavam tendo uma reunião importante, o que causou um tumulto tão grande que era difícil enxergar a areia.

Crianças de saias longas e roupas largas criavam uma algazarra no meio do povo pegando sem serem vistas objetos de valor ou simplesmente pregando peças, comerciantes gritavam sobre seus produtos mesmo tendo a completa certeza que ninguém estava de verdade interessados nisso e, o pior de tudo, alguns estavam duelando para comprovar quem deles tinha o poder elementar mais forte.

O calor intenso aumentou ainda mais devido a grande movimentação repentina, os grãos de areia no solo ferviam de uma maneira totalmente anormal e assustadora e o vento não passava de um bafo de ar quente que vinha, provavelmente, de um filhote de Anfisbena.

Um inferno.

E no alto desse inferno, assistindo tudo acontecer com curiosidade, encontrava-se Adrian. Seus fios cheios e incontroláveis se movimentavam sem controle e a cor também não ajudava quando o assunto era não chamar atenção, eram de um vermelho fortíssimo e brilhante assim como os seus olhos.

No topo da torre do velho mago, uma torre destruída que permanecia em pé por ser vítima de vários experimentos de elementares iniciantes, Adrian sentia-se seguro porque ninguém tinha coragem de chegar perto da construção e muito menos ir até o seu topo, mas se o "garoto" soubesse que os elementares daquela parte do mundo tinham planos naquele dia ele continuaria na capital, bem longe do deserto.

Contudo não tinha outra forma, não seria adequado alguém o ver falando sozinho. Bastava ser baixinho, não precisava ser um baixinho louco também.

De qualquer forma agora tinha chegado até ali, depois de uma árdua batalha para não chamar atenção desnecessária no caminho mesmo com sua pouca altura. As vezes era complicado ser o líder de todos os elementares e ser digno de admiração por todos.

Enfim, Adrian esperava que todo o seu esforço tivesse de fato uma boa justificativa como, por exemplo, um aviso importantíssimo de vida ou morte.

― Castiel, sinceramente, eu torço para que não seja apenas uma das suas palhaçadas diárias. ― Adrian continuou a jogar suas palavras para vento enquanto observava a movimentação contínua perto da torre. ― Eu não sei qual é o milagre que você faz para conseguir organizar um mundo inteiro sozinho e ainda ter tempo de sobra... porque eu não consigo! Talvez esse negócio que você chama de governo realmente seja bom...

― Meu irmão gêmeo favorito, ainda permanece com a aparência de uma criança? Talvez se seguisse o meu conselho de ter uma aparência mais intimidadora os seus seguidores não dariam tanto trabalho assim porque, sabe, eu acho impossível alguém o respeitar como líder sendo apenas uma criancinha fofa de cabelo vermelho.

O Tempo é o inimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora