Capitulo 90

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Daryl segura os meus ombros com firmeza. Os seus dedos me apertam com força.


DARYL: Isso não é sobre mim! Eu me recuso a deixar que algo aconteça com você. De novo, não. Eu não quero me sentir culpado pela morte de outra pessoa! Não importa se eu tiver que passar alguns anos na prisão, entende? Eu não me preocupo com isso, de qualquer maneira. Se isso contribuir para a sua segurança, estou pronto para me sacrificar, sem pensar duas vezes.


O meu sangue ferve em minhas veias, eu fico chocada ao vê-lo jogando a sua vida foram assim.


JULIETA: Ninguém merece um sacrifício assim, você está me ouvindo? Eu quero encontrar uma solução que nos permita sermos felizes juntos.


Daryl olha para mim, surpreso com a minha reação intensa.


JULIETA: Eu entendo o que você está passando. Você se sente culpado, eu sei. Mas se você se sacrificar por minha causa, essa culpa cairia sobre mim. Você acha que eu viveria em paz, sabendo que a culpa é minha por você estar atrás das grades? Eu ainda não estou morta, pelo que estou vendo. E não tenho a mínima intenção de me entregar ainda.

DARYL: Certo. Mas você ainda deve falar com os policiais, mesmo que não diga nada sobre mim. Se você realmente quer nos proteger.


Daryl coloca o dedo indicador em seus lábios por um momento.


DARYL: Eu vou te dar algumas informações que valem ouro. Assim você poderia usá-las como moeda de troca.


Eu me viro para Daryl, com o meu coração batendo forte.


DARYL: Sobre a entrega que Ryan me pediu para fazer... Foram cerca de dez quilos de heroína, destinados ao mercado americano, vindos diretamente da Colombia. Ryan controla todo o mercado de Los Angeles. Ele é o fornecedor de grande parte dos EUA. A sua participação nas corridas ilegais é apenas uma maneira de passar o tempo. Ele usa os motoristas para transportar a mercadoria.

JULIETA: E a policia não está ciente disso?

DARYL: Claro que sim. Eles estão tentando pegá-lo há anos. Mas Ryan é ganancioso e tem, especificamente, um senso agudo de organização e negócios.


Daryl se levanta e volta com uma caneta e papel. Ele começa a escrever freneticamente, diversas linhas. Ele dobra o papel quatro vezes e o entrega para mim.

Eu pego, por reflexo, sem entender nada.


JULIETA: O que é isso?

DARYL: Todas as informações que eu tenho sobre o trafico de drogas. As datas de entrega, os locais, os clientes, a origem das mercadorias. Se você falar com os policiais, dê a eles todas as informações que anotei aqui. Isso será o seu bilhete premiado para a liberdade.

JULIETA: Mas... e quanto a você?

DARYL: Eu sei como lidar se houver algum problema.

JULIETA: Eu estava pensando particularmente no Ryan. Se ele descobrir que você me deu isso...

DARYL: Ele nunca descobrirá, um jornalista nunca revela as suas fontes, certo?


Apesar da gravidade da situação, eu sorrio.


JULIETA: Isso é verdade. E eu prometo a você que não vou usar isso para qualquer outra coisa senão informar a policia.


Eu coloco o papel dobrado na minha carteira, que de repente parece estar pesando uma tonelada. O peso da verdade.

Eu dou uma risada boba quando penso na minha própria piada. Daryl não faz nenhum comentário.

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