Capitulo 133

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JUIZA: Por favor, seu nome.

JULIETA: Meu nome é Julieta, eu sou jornalista.

JUIZA: Por favor, jura que você vai dizer a verdade, nada além da verdade?

JULIETA: Eu juro.


Preciso me concentrar nisso. Não quero causar nenhum perjúrio, isso é muito sério.


JUIZA: Senhor Bradley, a testemunha é sua.

BRADLEY: Obrigado, meritíssimo.


Bradley se levanta calmamente e se aproxima de mim. Ele acena ligeiramente para mim para me tranquilizar.


BRADLEY: Senhorita Julieta, você confirma que esta gravação é autentica?

JULIETA: Sim. O senhor Ryan disse cada palavra que pudemos ouvir.

BRADLEY: Você pode nos dizer as condições que permitiram que você colocasse as mãos nessa gravação?

JULIETA: O senhor Ryan me sequestrou para usar como moeda de troca. Naquele momento, consegui ligar o meu gravador de voz.

BRADLEY: Eu admiro a sua coragem, senhorita Julieta. E o que o senhor Ryan queria exatamente?


Eu hesito por um momento, pensando se preciso ou não falar sobre o Daryl. Ryan já falou sobre ele, eles já sabem. Se eu não for honesta sobre esse assunto...

O advogado de Ryan pode usar isso para me fazer soar como mentirosa.


JULIETA: Ele queria convencer Daryl Ortega a participar de uma operação em grande escala.

BRADLEY: Que tipo de operação, exatamente?

JULIETA: Trazer uma grande quantidade de drogas da Colômbia, e inserir no mercado americano, para monopolizar o tráfico.

ADVOGADO: Protesto! A testemunha deve simplesmente responder à pergunta sem dar a sua opinião.

JUIZA: Aceito. Senhorita Julieta, por favor, concentre-se nos factos.

JULIETA: Me desculpe, meritíssimo. Eu tomarei mais cuidado.

BRADLEY: Eu vou refazer a minha pergunta. Você também confirma que o senhor Ryan reconheceu as suas conexões com o Comissário Stevenson e o vice prefeito Hamilton?

JULIETA: Sim. Está tudo na gravação, não estou inventando nada.

BRADLEY: Conexões, que, permitam-me lembrá-los, foram confirmadas pelas principais pessoas envolvidas. Conte-nos sobre o seu encontro com Lana e o papel que ela desempenhou em tudo isso.

JULIETA: Ela era uma das motoristas de Ryan, eu não tinha nenhum relacionamento particular com ela.

BRADLEY: Você confirma que ela entrou em contacto com você para fazer um acordo?

JULIETA: Sim. Alguém da delegacia contou a ela sobre o acordo que eu havia acabado de fazer. Ela também estava em contacto com Ryan, do hospital, e ele pediu a ela para fazer algo por uma boa quantia de dinheiro. Pelo menos foi o que ela me disse e eu não tenho motivos para não acreditar nela. Ela estava ameaçando dois amigos meus com uma arma, e me disse claramente para não informar a policia. Mas mesmo assim eu decidi informar Hayden.

BRADLEY: Você fez bem. Para os registos, o senhor Hayden é um agente do DEA que estava infiltrado no circulo do senhor Ryan. Por razões de segurança, ele não participará deste julgamento, para preservar a sua identidade. Porém, ele preparou um relatório detalhado sobre a sua operação, que corrobora com o depoimento da senhorita Julieta.


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