Amor em Alta Velocidade

Capitulo 115

O carro finalmente entra na rua que leva à sede da Delegacia da Policia de Los Angeles.

Eu sinto a ansiedade começando a tomar conta de mim, mas sei que tenho que manter a calma. Se eu começar a ficar nervosa agora... o que acontecerá depois?

Se eu começar a ficar nervosa agora... o que acontecerá depois? É a minha única chance de salvar Daryl, não posso estragar tudo.

Allan estaciona a alguns metros da entrada da delegacia.

ALLAN: Você está com o numero do advogado que eu te passei?

JULIETA: Sim. Estou com todas as informações necessárias.

ALLAN: Eu vou esperar por você ali.

JULIETA: Assim que eu sair, mando uma mensagem para você. Se eu não voltar em duas horas, no entanto... Volte até a Lisa e Daryl, e ajude-o a fugir.

ALLAN: Espero que não cheguemos a esse ponto. Mas se não tivermos escolha, sim, eu prometo a você que farei isso.

JULIETA: Obrigada, Allan. Obrigada do fundo do meu coração.

Eu respiro fundo e finalmente saio do carro.

Eu passo pela entrada da delegacia, caminhando calmamente, e me dirijo ao policial atrás do balcão.

JULIETA: Bom dia. Eu gostaria de falar com um inspetor.

O homem olha para mim com um olhar quase de desprezo.

POLICIAL: Eles estão todos ocupados. Volte depois.

JULIETA: Se eu fosse você, tentaria encontrar alguém disponível.

POLICIAL: Eu não recebo ordens de uma civil qualquer. Nós temos muito o que fazer, obrigado.

Essa cara está começando a me irritar seriamente.

O que eu faço? Será que devo causar uma confusão... Ou tentar me impor, ou...

Eu paro de falar de repente, quando vejo do canto dos meus olhos uma figura familiar. Eu arregalo os olhos e perco totalmente o interesse pelo policial no balcão.

JULIETA: Nathan?

Nathan pára abruptamente e olha para mim. Ele se aproxima de mim.

É difícil conciliar a imagem do submisso Nathan, capanga de Ryan, com esse homem que emite tanta autoridade.

O homem no balcão dá a ele um olhar de respeito.

POLICIAL: Inspetor, não se preocupe, já estou cuidando...

Ele o interrompe com uma voz firme.

NATHAN: Não há necessidade.

Ele me pega pelo braço e nos afasta um pouco.

NATHAN: O que você está fazendo aqui?

JULIETA: Nathan, eu... espere aí, qual é o seu nome verdadeiro?

Ele cruza os braços no peito e cerra os olhos.

NATHAN: O meu nome é Hayden. Eu sou investigador do DEA.

JULIETA: O DEA... Agora eu entendo melhor porque você estava investigando sobre o Ryan.

HAYDEN: Você não respondeu a minha pergunta. O que você está fazendo aqui?

JULIETA: Eu tenho informações que podem lhe interessar.

HAYDEN: Teria que ser algo muito concreto.

JULIETA: Sim. São provas convincentes.

Hayden hesita um pouco, mas aceita.

HAYDEN: Eu realmente espero que você saiba o que está fazendo, Julieta. Venha comigo. Vamos ter uma conversa séria, você e eu.

Eu concordo e o sigo, com o meu estômago meio embrulhado de nervosismo. Eu me sento, tremendo um pouco, atrás de frente para a mesa, enquanto Hayden de acomoda em sua cadeira.

HAYDEN: Espero que você saiba o que está fazendo.

JULIETA: Eu estou agindo por livre e espontânea vontade, se é isso que você quer saber.

HAYDEN: Eu não tenho duvidas disso. Mas quero garantir que você não vai se arrepender. Uma vez no caso, você não poderá voltar atrás.

JULIETA: Eu preciso ir até o fim.