Amor em Alta Velocidade

Capitulo 32

A aproximadamente 1 da manhã, a exposição finalmente acaba, e eu posso ir embora. Eu olho para o meu telefone mas não tenho noticias do Daryl, e eu dou mais um suspiro.

Ele deve ter outras coisas mais importantes para fazer que ficar pensando em mim... Será que a corrida já começou? Eu ainda devo ter tempo de chegar lá.

Eu hesito por um momento, então desisto. Quando eu chegar, provavelmente já vai ter tudo acabado.

Eu estou me ferindo por nada, agora. É melhor eu voltar e dormir um pouco. Eu consigo pegar o ultimo trem e cochilo a viagem toda.

Com a cabeça nas nuvens, eu pego a estrada. Eu procuro as minhas chaves nos meus bolsos, e olho para cima.

De repente, eu me paraliso.

JULIETA: Daryl?

Ele está apoiado na parede, se escondendo nas sombras.

JULIETA: Eu achei que você estava ocupado.

DARYL: Eu estava. Mas as coisas não foram do jeito que planeamos.

Ele dá um passo para a frente. Eu o vejo melhor, sob as luzes da rua.

JULIETA: Meu Deus!

Tem sangue escorrendo pelo rosto dele. Ele está segurando o lado esquerdo do rosto.

JULIETA: O que aconteceu com você? Você está bem?

Eu corro para ele, preocupada. Ele não diz nada e treme, com dores.

De repente, sangue começa a sair da boca dele.

JULIETA: Vem, se senta no sofá.

Daryl senta, gemendo de dor.

JULIETA: O que aconteceu?

DARYL: É uma longa história... Mas antes, você tem uma aspirina ou algo do tipo?

JULIETA: Uma aspirina? Você não acha que é melhor ir no hospital? Ou pelo menos ver um médico?

DARYL: Não preciso de médicos. Eu também não estou morrendo.

JULIETA: Me desculpe por me preocupar.

Apesar de tudo, eu pego um copo de agua e um analgésico para ele. Não vale a pena tentar fazer ele mudar de ideia. Ele é teimoso demais.

Eu dou o copo de agua e a cápsula para ele. Eu olho para ele, meio desapontada, ele só encolhe os ombros.

DARYL: Obrigado.

Eu me sento na cadeira na frente dele, e cruzo os meus braços.

JULIETA: Agora, você pode me dizer o que aconteceu?

Ele toma o analgésico e bruscamente coloca o copo de agua sobre a mesa.

DARYL: Isso te interessa mesmo?

JULIETA: O que você acha? É claro que eu estou preocupada!

DARYL: Não é o caso para várias pessoas, então eu prefiro perguntar.

O que aconteceu na vida para ele ter uma ideia dessas na cabeça?

JULIETA: Bem, eu vou te responder honestamente. Sim, estou interessada. Eu quero saber se você está bem ou se você está em perigo.

DARYL: Eu não estou em perigo.

JULIETA: Te vendo nesse estado, eu tenho duvidas. O que aconteceu exatamente?

DARYL: Vários caras me atacaram.

JULIETA: O quê? Quando?

DARYL: Quando eu estava saindo de casa para me encontrar com o Ryan.

JULIETA: Mas você sabe quem era?

DARYL: Não faço ideia...

Ele se levanta, ainda gemendo um pouco, e coloca a mão sobre as costelas.

DARYL: Mas eles não estavam lá para conversar comigo.

JULIETA: Você conseguiu se livrar deles?

DARYL: Sim, mais ou menos. É claro, eram três contra um, eu levei uns golpes.

JULIETA: E você diz isso como se não fosse nada...