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MIGUEL 🍻

Não sei o que deu em mim, na verdade nunca agi desse jeito. Nunca na vida uma mulher mexeu tanto comigo igual Lorena, e ela era minha aluna. Porra, o que estou fazendo?

Fui pilotando na frente e ela de carro atrás, não demorou para chegar no meu AP e entrarmos, coloquei a chave encima da bancada e abri mais a porta de correr da sacada porque estava bem quente. Lorena observava tudo, e eu claro observava ela.

Luíza provavelmente iria me matar se soubesse aonde eu estava e com quem.

Miguel: vamos lá, quais as ddúvidas? — falei enquanto caminhava até meu escritório, precisava ser algo mais formal e ela me acompanhou —.

Lore: essa HP me deixa um pouco quanto confusa — falou enquanto tirava seu material da bolsa e sentou na cadeira de frente com a minha —.

Passamos o dia ali, passei alguns exercícios pra ela enquanto pedi para entregarem um almoço.

Lorena estava bem concentrada e não me viu enquanto admirava sua beleza, o jeito em que ela mexia no cabelo e colocava a mexa atrás da orelha, respirava fundo e abria um sorriso quando finalmente conseguia achar a resposta.

Deixei ela a sós, até entregarem a comida. Coloquei dois prato, talheres e copo na bancada da minha cozinha americana e fui até o escritório.

Miguel: com fome?

Lore: e um pouco zonza também — rimos —.

Miguel: vou te liberar então, vem comer.

Ela foi atrás de mim e sentou no banco, comida japonesa era a minha preferida e com toda certeza do mundo era a dela também, era bom conversar com Lorena, ela tinha uma cabeça tão aberta que me deixava impressionado pela pouca idade dela.

Lore: e você? Pretende fazer outra faculdade ou pós?

Miguel: no momento ainda não, preciso dar uma pausa um pouco — ela sorrio —  pretendo viajar nas férias do ano que vem e depois volto com tudo. Na verdade estou à procura de uma estagiária, alguém que realmente queira um trabalho em uma empresa de grande porte sabe?

Lore: sim, hoje em dia está difícil achar alguém competente — rimos —.

Miguel: e sua loja? Quando é semana de prova o que você faz?

Lore: tenho a Diana para me ajudar, ainda bem — ela pensou em algo e sorrio — somos o braço direito uma da outra.

O papo estava muito bom até a campainha tocar, já imaginei quem poderia ser e passei a mão entre os cabelos respirando fundo. Abri a porta e era Juliana, como sempre só que dessa vez de roupa, ou quase... uma mini saia e blusinha que realçava seus seios. Impossível não notar essa mulher, ela queria entrar e eu sai encostando a porta.

Juliana: está com visita? — falou enquanto mexia no meu peito e deslizou a mão —.

Miguel: daqui a pouco passo lá, pode ser?

Juliana: sério? Vai me dispensar assim? — fez bico e eu ri —.

Miguel: estou dando aula particular, aluna que entrou atrasada, não posso agora.

Juliana: entendi — ela sorrio se afastando — eu te espero lá em casa — roubou um selinho e pegou o elevador —.

Voltei para o AP e Lorena estava no escritório, havia colocado os pratos e copo na lava-louças e estava tudo organizado. Ela estava arrumando seu material quando entrei no escritório.

Miguel: já vai?

Lore: preciso finalizar algumas coisas na loja, consegui pegar bastante coisa hoje — ela pegou suas coisas e me olhou por fim — obrigada pela ajuda Miguel, aposto que irei arrasar amanhã na sua prova — rimos —.

Miguel: qualquer coisa pode me enviar um e-mail.

Lore: claro — ela sorrio e saiu —.

Tomei um banho porque o calor só aumentou, saí enrolado na toalha e coloquei outro terno. Ainda tinha reunião na empresa e não podia atrasar, peguei a chave do carro e desci.

Miguel: pro jurídico estar aqui a coisa é séria em — falei quando entrei na sala de reunião e todos riram —.

Luíza: na verdade ele só veio se certificar de que você chegaria a tempo e decidisse uma estagiaria logo para irmos viajar em paz — ela fez cara de convencida e baguncei o cabelo dela, sabia o quanto isso te irritava —.

Miguel: isso vamos decidir depois — olhei para Ricardo e ele fez careta — Ana — olhei para a assistente de Luiza — como ficou aqueles assuntos pendentes? E a ação contra o condomínio da Paulista?

Acabei dormindo cedo na noite passada e acordei cedo também, fui direto para a academia e fiz minha luta. O dia foi bem corrido e produtivo também, observei alguns candidatos à vaga mais nenhum me interessou, queria alguém focado no trabalho e não no dinheiro que iria receber.

Luíza: está difícil — falou quando entrou na minha sala — o salário é tão alto que as pessoas estão se iludindo com isso — ela riu —.

Miguel: eu na idade deles faria o mesmo — encostei na cadeira — e vocês vão viajar pra onde?

Luíza: Angra — fez uma cara de alívio — e eu ainda não acredito que você não vai passar a virada lá — fez bico —.

Miguel: na verdade não sei, estou pensando. Queria viajar pra fora, mais sem companhia é foda.

Luíza: literalmente foda — riu — meu irmão sem companhia, que pena né Miguel? — bateram na porta tomando nossa atenção —.

Ana: desculpa, mais tem uma aluna sua querendo falar com você Miguel.

Miguel: aluna? — pensei em Lorena na hora mais Betina entrou — Betina — falei por fim e ela abriu um sorriso, Luíza me olhou com reprovação e saiu da sala sem dizer uma palavra —.

Betina: gostaria de conferir minha prova com você.

Miguel: bom, é que aqui fica um pouco difícil. Mais estarei na faculdade — olhei no relógio — daqui a pouco.

Betina: estou indo viajar quando sair daqui, não consigo esperar até mais tarde.

Miguel: sente-se por favor — estiquei o braço e ela entregou a prova — qual sua dúvida?

Ela falou e falou... deu justificativas que não eram coerentes, queria caçar assunto e eu conhecia esse tipo de alunas apaixonadas por professores.

Miguel: só isso Betina? — falei levantando pois precisava ir pra faculdade —.

Betina: sim, ou não — ela sorrio — queria saber o que você achou do meu convite pra você.

Miguel: em relação a viagem? — ela abriu um sorriso confirmando — Betina, você é minha aluna. Uma ótima aluna, mais não. Não posso me envolver com você, entende?

Betina: seria um segredo só nosso — ela levantou se aproximando de mim e recuei —.

Miguel: você é linda, adorável na verdade. Mais não posso — sorri e me afastei mais ainda, peguei minha pasta e caminhei até a porta — vamos?

Nosso amor impossível |Onde histórias criam vida. Descubra agora