38 🌼

13.2K 881 67
                                    

MIGUEL 🍻

O tempo passava tão depressa e eu não tinha noção de que decisão tomar, no fundo no fundo eu sabia sim.

Lorena é o meu grande amor mais eu sentia medo não da vida que ela teve, mais sim aonde esse sentimento todo irá me levar.

Quando Luíza falou que convidou ela senti um frio na espinha e uma saudade, uma vontade de vê-la.

Miriam: e a tal Lorena, vem hoje? — deu um gole do seu suco e abriu um sorriso —.

Luíza: convidei ela madrinha, espero que venha, Lorena tem uma energia incrível, não é Guel? — ela me olhou, estava me cutucando, queria ouvir algo que ela sabia que seria impossível eu dizer pra ela —.

Miguel: trás mais uma aí Ricardo — falei alto pra ele ouvir da cozinha e ela riu —.

Deu 00h30, 01h30... ela respondeu minha mensagem mais não veio.

E que porra de saudade era aquela?

Não passava de jeito nenhum.

Os dias passaram e Luíza já estava resolvendo os últimos detalhes da viagem e dessa vez minha mãe iria com ela, mais eu não.

Luíza: vamos Guel, por favor. Não quero que fique aqui sozinho.

Ricardo: e quem disse que ele vai estar sozinho linda? — falou em um tom divertido me fazendo rir e ela revirou os olhos —.

Miguel: nem depois de casada vai deixar de ter ciúmes de mim é? — ri alto e ela fez careta —.

Luíza: não é ciúmes mano, é porque você tem que estar com a pessoa certa. Chega de curtir com as erradas, faça igual seu amigo aqui — ela abraçou Ricardo por trás nos fazendo rir —.

“Chega de curtir com as erradas”.

Isso ficou martelando na minha cabeça, peguei a chave da moto e sai de casa.

Fui no AP de Lorena mais ela não estava lá, coloquei o capacete novamente lembro que vi a localização da casa de Diana e resolvi ir lá, eu sabia que ela estaria lá, na verdade Diana estava prestes a ganhar bebê, acelerei pra lá e não demorei pra chegar, quando desci da moto meu celular tocou.

“PEQUENO FOGUETE CHAMANDO”.

Abri um sorriso, porra que sintonia era aquela?

IDL

L: Miguel, desculpa te ligar mais é que... a Diana está em trabalho de parto e não estou conseguindo falar com Fernando e ela não está nada bem.

M: eu tô aqui no condomínio dela, qual é o número dai?

L: aí Deus, sério? Vou pedi pra liberar e te mando por mensagem.

FDL

Lorena abriu a porta e deu pra ouvir os gritos de Diana do fundo, entramos indo em direção a sala de estar e lá estava ela no sofá se contorcendo de dor, ela mal me viu ali.

Lorena: ela está com contração, os médicos disse que não estava na hora mais ela está com muita dor.

Miguel: cadê a chave do carro?

Lorena: toma — me entregou —.

Miguel: vou ir buscar, pega as coisas dela e da bebê que eu volto logo.

Lorena: obrigada Miguel — ela deu um sorriso lindo —.

Peguei o carro que estava na garagem e subi rapidamente para a entrada do condomínio de Diana, deixei a porta aberta e entrei para ajudar Lorena.

Peguei as bolsas pra colocar no carro e Lorena foi pegando Diana.

Diana: Deus. Isso dói muito — choramingou — CADÊ O DESGRAÇADO DO FERNANDO? — gritou com raiva e segurei o riso —.

Lorena: mandei ele ir pro hospital já, vem com calma, respira isso respira — falou tentando acalmar a amiga, ela tem o coração tão bom, como tinha uma vida daquelas? —.

Diana foi chorando de dor até o hospital, eles colocaram ela na maca e levaram direto para a emergência, Lorena entregou as coisas dela e da bebê para as enfermeiras.

Ela estava tão feliz e ao mesmo tempo preocupada, conhecia aquela carinha.

Lorena: a Pietra vai nascer, nem acredito — puxei ela e abracei para tranquiliza-la —.

Fernando: cadê ela? — entrou correndo no hospital — obrigada pela ajuda Miguel — me cumprimentou —.

Miguel: melhor você ir que ela está bem brava.

Fernando: eu.

Em 40 minutos a enfermeira saiu e chamou Lorena, fomos até uma sala onde deu pra ver Pietra.

E lá estava ela, tão pequena, tão linda, tão perfeita.

Olhei para Lorena e as lágrimas escorriam pelo seu rosto, puxei ela e sequei cada lágrima.

Realmente, Lorena ama Diana como se fosse irmãs.

Lorena: posso ir ver Diana já?

Enfermeira: estamos terminando o procedimento e levaremos ela para o quarto.

Voltamos para a sala de estar e levei ela até a lanchonete que havia no hospital e comemos um lanche natural.

Miguel: você não apareceu no Natal — dei um gole do suco —.

Lorena: não achei conveniente -— ela deu uma risadinha sacana e ri —.

Miguel: porque não?

Lorena: porque sua família estaria lá, e você também. E você pediu um tempo e tempo pra mim é cada um para o seu lado.

Miguel: uou — passei a mão entre os cabelos e respirei fundo —.

Lorena: e...

Fernando: ela é linda — Fernando chegou todo emocionado e sorrimos —.

Lorena: a cara da Diana fala sério Fe — levantou empolgada e abraçou ele —.

Fernando: ela quer ver vocês, já está no quarto e o bezerrinho já está lá — rimos —.

Pegamos o elevador os 3 juntos e Fernando nos guiou até o quarto, chegamos e Lorena foi direto falar com Diana.

Ela estava com um sorriso no rosto, porém cansada.

Pietra tinha acabado de mamar e estava dormindo, Lorena pegou ela no colo e levou perto de mim para vê-la, tão pequena.

Diana: obrigada por ter me ajudado Miguel, já que o pai né — revirou os olhos e rimos —.

Miguel: que isso Diana, parabéns ela é linda. Precisando podem me chamar — olhei para Lorena — acho que já vou, deixar vocês curtirem a pequena.

Fernando: aparece lá em casa pra gente tomar umas e comemorar.

Miguel: pede pra Lorena me avisar o dia, com certeza eu vou — rimos —.

Lorena: ehhh Pietra, poderia ter esperado passar a virada né? Titia Lore vai ter que ficar em casa sozinha — fez bico enquanto conversava com a pequena e rimos, ela me olhou — obrigada Miguel.

Fui pra casa com aquele sorriso gravado na minha cabeça, como ela conseguia ser tão linda e mexer com a minha cabeça desse jeito?

Estava me deixando louco.

Cheguei no meu AP e tomei um banho demorado, enrolei a toalha na cintura e desci para abrir uma cerveja.

A companhia tocou e abri, Ju estava lá na porta daquele jeito de sempre.

Ju: está acompanhado hoje?

Miguel: estou — abri um sorriso e ela fez bico —.

Ju: você mudou, sabia?

Miguel: isso se chama amor, Ju.

Ju: eu posso te dar isso e muito mais — rimos —.

Miguel: até mais Ju — fechei a porta —.

Nosso amor impossível |Onde histórias criam vida. Descubra agora