Nosso amor impossível |

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Maratona 4/4

DIANA 👠

Lorena balançou a cabeça e senti uma dor no meu peito, Pietra estava feliz e brincando.

Ela dava gargalhada enquanto meus olhos pesavam de tanta lágrima.

Diana: eu volto logo, ela tem você então tem tudo Lore — puxei ela e nos abraçamos —.

Lorena: volta correndo, tá? Temos um dia todo de festa — ela deu um sorriso me confortando e sai de lá —.

Peguei meu carro e comecei a seguir Fernando, fui o máximo discreta que eu pude ser.

E não acreditei quando ele começou a fazer o caminho da praia, Litoral Norte onde aquelas curvas eram as piores.

Pra minha sorte estava de dia e meu carro era novo, meu coração doía e pensava em milhões de coisas, eu sabia que ele estava me traindo, porém eu não tinha visto ainda, eu nunca via Fernando com mulher nem em época da boate.

Ele parou em frente à uma casa luxuosa, bem grande, linda.

Ele desceu enquanto observava tudo, e lá estava ela.

Antonella saiu bem arrumada, o pior é que ela era bonita mesmo.

Fernando envolveu os braços em sua cintura e se beijaram, desci do carro e atravessei a rua observando a cena.

Diana: que casal lindo — falei alto e fui me aproximando, os dois arregalaram os olhos e Antonella riu —.

Fernando: o que você está fazendo aqui Diana? — se afastou dela, porém Antonella o puxou novamente —.

Antonella: mulher ciumenta é um porre, já te pedi para se livrar dela.

Fernando: vai me responder não?

Diana: você largou a festa da sua filha para ficar aqui, com essa vagabunda nojenta? — olhei pra ela com ânsia e balancei a cabeça — como você pode ser tão sujo assim Fernando? Mostrar em poucos meses o que você realmente é? Como conseguiu esconder tanto tempo quem você realmente é.

Fernando: você precisa entender que as coisas não são mais como antes Diana.

Diana: porque não foi homem em assumir? Em acabar com tudo? tem uma bebê de 1 ano que está em São Paulo te esperando para o primeiro aniversário, você acha o que?

Antonella: tem que ver se ela é sua filha mesmo né Fe, porque depois de tudo que me contou sobre Diana — ela riu debochando —.

Diana: sobre mim? — ri nervosa — contou o que Fernando, que larguei tudo por você?

Fernando: tudo o que? Uma vidinha de merda? Isso é tudo pra você Diana? Acho melhor você ir embora. Não deixe seus convidados esperando.

Diana: você é um lixo Fernando, que nojo de você e que raiva de mim. Tantos anos, meu Deus, tantos anos Fernando.

Fernando: e acho bom você não abrir a boca, muita coisa está em jogo Diana. Você pode perder todo o seu patrimônio, então pense em Pietra.

Diana: não tenho medo de você! Não me ameaça — falei alto e ele riu —.

Antonella: muitos menos para a Lorena, afinal você quis tanto defender ela e o jogo virou pra você. O seu nome está em tudo, você assina por tudo, todas as boates de São Paulo estão no seu nome Diana. E isso é só o começo, como é fácil forjar a sua assinatura e ganhar encima disso — ela riu —.

Fui pra cima dela sem pensar duas vezes, agarrei em seu cabelo e puxei pra mim.

Um pedaço de aplique saiu em minha mão e ela me olhou com ódio.

Antonella: eu ainda acabo com a sua vida.

Fernando: Diana vai embora, por favor.

Diana: vocês são dois lixos que se merecem. Nojo de você Fernando!!!

Entrei no carro e acelerei, as lágrimas escorriam pelo meu rosto sem parar, meu coração estava tão acelerado.

Meu Deus, como eu pude deixar me levar assim desse jeito?

Como eu puder ser tão idiota?

Balancei a cabeça negando enquanto as lágrimas não paravam de escorrer, não havia ninguém na estrada, ela era só minha então acelerei.

Acelerei como se fosse adiantar de algo, meu celular começou a tocar e era Lorena.

Coloquei no viva voz enquanto ia dirigindo.

IDL

L: Di, cadê você. Está vindo?

D: tô no caminho — falei com a voz embargada —.

L: o que houve? Conversa comigo, por favor. Me deixe te ajudar. Aonde você está? Eu te busco.

D: ninguém pode me ajudar Lore, Fernando destruiu a minha vida de todas as formas possíveis.

L: você encontrou ele? O que aconteceu? Não fala isso.

D: encontrei sim, com a Antonella — ri de nervoso e cantei pneu na curva —.

L: por favor pare o carro, estou indo te buscar.

D: eles estavam trocando beijos quando cheguei aqui, uma casa na praia Lore tão linda, igual aquela que eu te falava lembra?

L: claro que sim Di, e nós vamos ter a nossa. Só nossa — balancei a cabeça sorrindo — ele não te merece, e que bom que descobrimos tudo isso Di.

D: preferia não ter descoberto, tenho tanto nojo dele. Ele vai ferrar com a minha vida de mãe, com Pietra. Ele não ama a gente Lore, você tem noção disso?

L: você precisa me dizer o que está acontecendo, assim posso te ajudar. Ele não vai ferrar com você.

A descida ficou cada vez pior, mais o meu freio parou de funcionar, a vista era tão linda, eu estava tão focada nela que quando percebi já era tarde.

Muito tarde...

L: Diana, o que houve?

D: O FREIO, O FREIO NÃO ESTÁ FUNCIONANDO LORE — gritei em desespero —.

L: aonde você está? Aonde você tá Di? Me fala por favor.

D: na estrada vindo do Litoral Norte, meu Deus... não...

FDL