História Sensitive Love - (LONG FIC BTS )

Capítulo 42 - Singularidade

"...Às vezes me pergunto por que eu banquei o idiota com você
Mas isso é novo pra mim, isso é novo pra você
Inicialmente, eu não queria me apaixonar por você
Ter a minha atenção era tudo pra você
Então não se aproveite, não deixe meu coração quebrado
Entenda que as coisas vão um pouco melhor quando você planeja.."

Location – Khalid

Yoongi:

Quando eu acordei naquela manhã, a primeira coisa que senti foi uma forte dor de cabeça e a segunda, foi um corpo se mexer próximo ao meu. Despertei aos poucos sentindo os raios de sol passarem pela fresta da janela e indo em direção ao meu rosto.

Honestamente, eu não lembrava de quase nada da noite anterior. A ultima memória que tenho é de atirar uma garrafa de whiskey contra o espelho da sala, o resto estava tudo embaralhado e parecia que eu tinha sido atropelado por um rolo compressor, estava todo moído.

Minha cabeça doía muito, só de tentar juntar as memórias e com isso achei melhor não tentar lembrar. Na verdade eu nem ao menos conseguia raciocinar direito, minha mente estava letárgica demais. Então eu simplesmente me mexi na cama e abracei aquele corpo contra mim, mas algo estava errado.

Não era o corpo que eu pensei que fosse.

Puxei o lençol com certo desespero e quando vi Suran, todas as lembranças vieram de uma só vez me acertando em cheio. E entre essas lembranças haviam lacunas, que eu não sabia nem como preencher. O estranho, é que eu só lembrava da Sam ter vindo aqui, da Suran bêbada, dela pegar aquela pulseira e da Sam ter ficado puta comigo.

Tá, até ai eu lembrava, mas como eu vim parar na cama com a Suran, completamente pelados?

Tentei forçar o máximo uma lembrança, vasculhando o fundo da minha consciência e os meus dois últimos neurônios estavam quase fritando. No entanto, eu só conseguia pequenos lapsos de memória, onde existiam brechas que me impossibilitavam de conecta-los.

Percebi Suran se remexer na cama outra vez, rodeando os braços na minha cintura e me sobressaltei levantando da cama e puxei o lençol, cobrindo minhas partes. Ao constatar que ela também estava nua, devolvi o lençol e peguei um travesseiro.

— Hm... Oppa?! — Murmurou se sentando e coçando os olhos.

Eu diria que ela estava adorável, se não fosse pelo fato dela estar nua na minha cama e isso estava fazendo com que hipóteses que não queria confirmar, surgissem na minha cabeça e me deixando mais aflito.

O fracasso, puta que pariu.

— Yaa! — Exclamei, virando o rosto. — Você quer se cobrir logo?! — Sugeri exasperado e ela soltou uma risada anasalada.

— Por quê? Não há nada aqui que você não tenha visto... — Alegou com uma voz estupidamente sensual e senti ela se aproximar. — E muito menos... algo que eu não tenha visto aqui. — Puxou o travesseiro, mas eu consegui o pegar de volta e segurei seu ombro de leve, para que se afastasse.

Ela tinha razão afinal, mas por algum motivo eu estava constrangido demais, a ponto de não conseguir fazer contato visual com ela. Minha consciência me acusava cada vez mais, como se eu tivesse feito uma grande burrada e eu estava efetivamente começando a acreditar nisso.

— Suran... — Ditei suspirando firme. — Apenas. Se. Vista. — Falei pausadamente, soltando o ombro dela e a mesma bufou se afastado, pegando o lençol. — Já? — Inquiri com a face virada e os olhos fechados.

— Sim. — Disse com uma certa melancolia na voz e eu abri os olhos, virando para encara-la. Ponderei as palavras, pensando em como eu perguntaria, mas ela tomou a frente. — Por que você faz isso? Uma hora pede para eu me afastar e a outra me fode, depois finge demência. Acha que sou uma piada pra você? — Ela intimou alterando a voz e eu franzi o cenho, aturdido.