Capítulo 43 - Subtérfugio

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"Podemos apenas conversar? Podemos apenas conversar? 
Conversar sobre aonde estamos indo 
Antes de nos perdermos, deixe-me sair primeiro 
Não entenderemos o que queremos sem saber 
Eu nunca me senti assim antes 
Eu peço perdão se estou indo rápido demais 
Podemos apenas conversar? Podemos apenas conversar? 
Descobrir aonde estamos indo 
Sim, começamos bem 
Eu consigo ver nos seus olhos 
Eu consigo dizer que você está querendo mais 
O que passa na sua mente? 
Não há razão para escondermos 
Me diga algo que eu nunca ouvi antes” 

Khalid - Talk 

Hobi: 

De todas as coisas que imaginei que Samantha pudesse fazer, nunca pensei que ela pudesse arrombar a porta do meu quarto com um chute. Quando eu ouvi a voz suave do outro lado, um arrepio percorreu meu corpo e me vi em completo desespero. Confesso que até cogitei pular a janela e inclusive o faria, se não fosse tão alto e eu não estivesse tão bêbado. 

Depois que descobri a traição da Elisa, vim para casa e me tranquei no quarto. Todos queriam saber o que houve, mas eu não conseguia nem olhar pra eles e só respondia um “ desculpe, mas não quero falar agora” . 

A sorte de ter um frigobar no quarto, é a praticidade de beber ali sem ter que ver ninguém e afogar todas as mágoas em Sprite, doces e soju.  Eu não recordava da ultima vez que abasteci o frigobar, mas me lembro de ter comprado muitos doces e muito Sprite, bebidas alcóolicas para o ultimo caso — já que eu me preferia sóbrio. 

No entanto, quando eu abri a única coisa que havia eram quatro barras de chocolate, nenhuma lata de Sprite e inúmeras garrafas de soju. Parece que o universo estava conspirando para que eu chutasse o balde e virasse um biriteiro, nem que fosse por um tempo. E foi o que eu fiz, abri uma das garrafas  e dei uma golada generosa. 

A bebida desceu queimando tudo, trazendo consigo o gosto amargo do arrependimento. Comecei a pensar nos últimos acontecimentos, na minha discussão com Samantha, no que eu disse pra ela e os meus membros... o tapa que levei dela — que ardeu por bastante tempo — mas que agora eu achava que merecia mais. 

Como eu pude ter sido tão idiota? 

Mas isso em partes não é culpa dela? Digo, afinal se ela não tivesse me despertado sentimentos, eu não teria fugido que nem um covarde e me atirado nos braços daquela maldita traidora. Ela deveria assumir uma parte da responsabilidade, não é?  

A quem eu quero enganar, nem eu consigo me convencer disso. 

Se há um culpado nisso tudo, sou eu mesmo já que não quis enfrentar o que eu sentia e fugi como um covarde, medo de entrar nisso tudo e agora me arrependo de algo que não fiz e isso é a pior coisa. 

Algumas garrafas de soju depois e eu já estava completamente bêbado, me sentindo a pior pessoa no mundo e profundamente desolado.  As ultimas horas antes da Sam chutar a minha porta, foram resumidas  em beber, chorar, se lamentar e algumas vezes eu dormia para em seguida acordar e repetir a sequência devastadora. 

Em algum momento Jin Hyung bateu na minha porta, dizendo que a Elisa estava lá e dizendo que queria falar comigo, obviamente pedir para ele mentir e dizer que eu não estava, a ultima coisa que eu queria era vê-la na minha frente. 

Contudo, mesmo que eu não tivesse falado com ela, as coisas que a mesma havia me dito sondavam minha mente e eu me sentia ainda pior, já que grande parte era uma verdade. Eu sabia o tempo todo que ela não me queria, mas insisti em a fazer se apaixonar por mim quando na verdade eu queria mais me apaixonar pra não sofrer pela Sam. 

História Sensitive Love - (LONG FIC BTS )Onde histórias criam vida. Descubra agora