Serei rápida, querida.

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POV LAUREN

Depois do nosso momento íntimo na sala da Camila nós fomos almoçar, restaurante italiano, Camila que escolheu e disse que queria sentar mais no canto, e assim foi. Fizemos nossos pedidos e começamos a conversar, um papo que envolvia tudo e nada, não precisávamos ter um assunto certo, mas sempre tínhamos sobre o que conversar. Gosto de como Camila puxa papo, e assim nunca ficamos caladas quando estamos juntas. Nosso almoço chegou e começamos a comer, estava tudo bem até eu sentir a mão da Camila na minha intimidade e eu dar um pulo.

-Relaxa e disfarça, amor. – ela disse e piscou pra mim. Ela vai fazer isso aqui? O que essa mulher tem na cabeça? Ela desabotoou e desceu o zíper com um mão só, uma verdadeira expert.

-Camila, aqui não. – eu disse sussurrando e a essa altura já estava suando.

-Vai negar um pedido da sua mulher grávida? – ela falou fazendo cara de cachorro abandonado, assim fica difícil. A latina se aproximou do meu ouvido pra sussurrar. – Se eu quiser fico debaixo dessa mesa e te chupo até você gozar pra mim. – a olhei pra incrédula. Eu não duvidava, não mesmo. Pelo menos a mesa tem forro, se ela resolvesse fazer isso, misericórdia.

Falar que eu não queria seria mentira, o perigo de ser pegas deixava tudo melhor, e sendo em um local público é praticamente um fetiche. Camila enfiou a mão dentro da minha calça e isso foi fácil por que estávamos lado a lado. O mais interessante é que enquanto ela acabava comigo aqui em baixo, ela comia normalmente, como uma lady ali em cima. Como é que pode? Graduada em artes cínicas.

Ela começou a fazer pressão em meu clitóris. – Serei rápida, querida. – ela disse beijando meu rosto. Mas que grande safada, está com a maior cara de anjo inocente. Quem vê de longe acha que é virgem.

Ela tinha movimentos precisos e ritmados e eu me segurava pra não gemer, meu suor já escorria e eu apenas esperava que ninguém viesse me perguntar se estava tudo bem. Me atentei a olhar disfarçadamente para ver se ninguém poderia ver o que estava rolando, e ainda tinha que tentar ficar calada. Eu estava extremamente excitada por conta da situação, não demorou muito pra que eu me derramasse na mão dela. Fui rápida? Talvez. Mas é difícil se segurar com essa mulher. 

Camila retirou sua mão de dentro das minhas calças e provou seus dedos, exatamente como eu fiz em sua sala. Sua cara de satisfação era mais sexy ainda, eu tinha a boca aberta em um "O". – Minha mãe diria que não se pode comer a sobremesa antes da refeição, mas você não dirá pra ela, dirá? – ela perguntou com cara de inocente desenhando meus lábios com seu indicador. Eu balancei a cabeça em negação. – Ótimo, por que eu vou querer fazer isso mais vezes. – ela deu um beijo no meu nariz e voltou ao seu almoço, e eu? Ainda estava petrificada na mesma posição olhando pra ela, eu não aguentaria até os cinquenta anos, era certo, ela me mataria antes.

(...)

Sexta-feira a noite e a Camila tem plantão, e eu? To na casa da Vero e da Lucy, porque não estou afim de ficar em casa sozinha, sem minha latina é muito chato. Se bem que ficar segurando vela pra Vercy não era lá meu hobby favorito. Elas estão nesse exato momento se pegando descaradamente do meu lado no sofá, enquanto na TV passa Alvin e os Esquilos. Peguei a almofada e comecei a bater na Vero, e isso surtiu efeito por que começamos uma guerra de travesseiro, quando Vero ficou de costas pra mim eu pulei em suas costas e nós caímos.

-Você é pesada, Lauren. – ela disse enquanto nos levantávamos do chão.

-Vai a merda. E vocês, vão parar de se pegar na minha frente descaradamente, só eu e o gato estamos aqui segurando vela, eu sinto pena em pensar o que esse gato já não teve que assistir. – eu disse e Vero mostrou o dedo do meio pra mim.

-É uma abusada mesmo, eu podia muito bem estar transando horrores agora. Você vem pra minha casa, sem ser convidada, diga-se de passagem, e ainda quer mandar, vê se pode. Intimidade é uma merda, Lucy. – Vero disse com a mão na testa, eu não aguentei e comecei a gargalhar dela, acompanhada de Lucy.

-Você me ama, Vero. Deixa de ser chata. – eu disse sentando no seu colo e apertando as bochechas dela.

-Vai sonhando com isso, vai. – ela disse batendo nas minhas mãos. Lucy mudou de canal e ouvimos o barulho de pessoas gritando na TV. Olhei pra Vero, ela me encarou e nós olhamos pra TV, jogo dos Lakers, meu time, e dos Phoenix, o da Vero. Minha amiga me empurrou para o sofá e pegou o controle da mão da Lucy. – Eu tinha esquecido desse jogo. – ela disse.

-Eu também. – confessei enquanto me ajeitava melhor no sofá. Lucy já tinha saído de perto da gente.

-Amor, traz cerveja. – Vero pediu sem desgrudar os olhos da TV.

-Vai esperando, vai Vero. Vou ver minha novela no quarto. – ela disse subindo as escadas. Eu e Vero nos olhamos.

-Ah não, vai você, Vero. Eu sou visita. – eu disse já sabendo que uma de nós teria que ir mesmo.

-Exatamente, eu sou a dona da casa, eu que mando aqui, anda Lauren. – ela disse.

-Vamos resolver isso da forma mais adulta que eu conheço. – eu disse e ela olhou pra mim em expectativa. – Par ou ímpar? – perguntei levantando minha mão. Vero perdeu e foi buscar as cervejas. Nunca ri tanto na vida, Vero xingava todo mundo, e botava defeito em tudo, acabou com vitória dos Lakers com dez pontos de diferença, e ela me xingando, engatamos em um filme e mais cerveja. Nem notei quando o sono começou a chegar.

Acordei toda torta no sofá, com Vero na outra ponto e a TV ainda ligada. Me mexi e meu corpo todo reclamou de dor. Puta que pariu esse sofá. Olhei no relógio e vi que já passava de cinco da manhã, resolvi ir logo pra casa antes que Camila chegasse, ela sabia onde eu estava, claro, não sou doida. Mas eu gosto de esperar ela chegar e dormir com ela mais um pouquinho. Acordei Vero mandando ela deitar em sua cama e disse que estava indo pra casa, ela mostrou o dedo do meio pra mim e voltou a dormir, esse gesto queria dizer que ela me ama, certeza.

Peguei o carro e dirigi tranquilamente até em casa, estacionei o carro na garagem e entrei, fui direto para o banheiro tomar um banho, tirar o cheiro de cerveja. Quando saí ouvi barulhos atrás da casa e estranhei, olhei pela janela e não vi nada. Vesti uma roupa e desci as escadas, fui até a porta dos fundos e a destranquei, o sol já começava a raiar, ouvi o barulho novamente, e fui atrás, um filhote de cachorro. Coitadinho, todo encolhido, estava fazendo frio e com uma leve garoa. Ele me olhou e parecia suplicar, eu quase chorei. O peguei e o levei pra dentro, peguei uma camiseta velha, e o embrulhei, o cachorrinho tremia e ainda chorava. Ele não tinha identificação. Dei banho nele com água morna e o sequei com o secador da Camila, tomara que ela não fique brava, agora que ele estava limpinho e quentinho, estava melhor e até arriscava andar sozinho pelo quarto, ouvi barulhos e sabia que dessa vez era Camila, ela entrou no quarto e viu o cãozinho no chão.

-Oi, amor. – ela disse e pegou o cachorro. – Onde você arrumou esse filhote? – ela perguntou.

-No nosso quintal. – ela me olhou com dúvida. - Depois te explico, agora eu quero dormir, to cansada. – eu disse e ela assentiu, deixou o cachorro no chão e foi para o banheiro tomar um banho rápido, arrumei um cantinho para o filhote no quarto e o chamei para que ele deitasse lá. Camila não demorou a voltar, e o cachorro já estava dormindo, deve ter passado a noite toda no frio, deitei com Camila e caímos no sono quando o sol já tinha nascido.



***

Pessoal, eu sei que estou demorando a postar e peço desculpas. Essa história já vai completar 5 anos e um dos motivos pelos quais demoro a postar é por ter que corrigir alguns erros. E com faculdade isso acaba ficando um pouquinho complicado. Então, se alguém ai quiser me ajudar nessa empreitada de corrigir os capítulos para finalmente conseguimos encerrar a postagem dessa e postar minhas outras histórias, não irei reclamar :)

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