POV LAUREN
Décima sexta semana e um dia, pois é, o tempo passou voando. Hoje é uma segunda-feira e os bebês tem ultrassom, e o melhor, já podemos saber o sexo. Estou com uma expectativa enorme, serão dois meninos, ou meninas, ou um casal, ei, e se forem trigêmeos? Duvido muito, mas quem sabe. Já é a terceira ultrassom, fizemos a segunda com doze semanas e estava tudo em perfeita ordem, deu pra ver a coluna e mais algumas coisinhas.
-Camila Cabello. – a recepcionista chamou e ficamos de pé no mesmo instante entrelaçando nossas mãos. Entramos na sala e logo aquele velho e demorado processo de perguntas antes de poder ver meus bebês começou, ela podia fazer isso enquanto Camila estivesse deitada e com o aparelho na barriga mostrando os bebês, assim seria mais proveitoso o processo. Sim, olhar pra eles em cada ultrassom virou meu hobby. Depois daquilo que normalmente tinham quase as mesmas respostas e eu já sabia tanto as perguntas quanto as respostas de cor, fomos para a melhor parte, eu já estava sentada ao lado de Camila segurando sua mão. Ela levantou a blusa mostrando a barriga que já era evidente, e diga-se de passagem, linda. Camila é a grávida mais linda que eu já vi na vida. Os seios estão uma tentação, tenho que confessar, mas estamos em um consultório médico, não é, vamos deixar isso pra lá, se bem que já fizemos em um consultório...
-TUN, TUN, TUN, TUN, TUN... – meu monólogo foi interrompido por batimentos cardíacos frenéticos. Olhei para tela e vi a imagem refletida dos pequenos, um deles tinha o dedo na boca, a médica mostrou e eu quase babei, era lindo, o outro estava quietinho, como se ele estivesse dormindo. Era inexplicável a chama de amor que crescia em mim cada vez que eu os via, um instinto de proteção aumentava a cada dia. A médica mostrou os pezinhos, pernas, bracinhos. É engraçado, antes dela falar o que é a gente nem reconhece, mas depois que ela diz até que faz um certo sentido.
-Querem saber o sexo dos bebês? – a médica perguntou.
-SIM.
-NÃO.
-Quê? Não? Como? Por quê, Camz? – perguntei levando em conta que tínhamos dado nossas respostas ao mesmo tempo, o único problema foi que eu dei uma resposta positiva e ela negativa.
-Eu quero que seja surpresa, Lo. – ela falou com um tom doce, acariciando meu rosto.
-Mas amor, a gente tá ali, só a gente e o gol, não tem nem goleiro mais, aos quarenta e cinco do segundo tempo. – falei tentando convencê-la.
-Chuta na trave, por mim, amor. – ela disse com um tom manhoso que ela sabia que quando o usava tinha de mim qualquer coisa.
-Amor, é final de campeonato. – eu disse quase com um bico se formando.
-Por favor. – ela pediu com o olhar de avelã suplicante, e só aquilo me derrubou.
-Tudo bem, surpresa então. – falei bufando e ela abriu um sorriso lindo me dando um selinho em agradecimento.
-Tudo ótimo com os pequenos. – doutora Smithers disse desligando o aparelho. Mas já? – Ah, o livro que você está lendo é ótimo, Lauren. – a médica disse olhando para o livro em cima da mesa que já mostrava grande uso. – E como você já deve saber, eles já escutam, então por que não aproveita pra mostrar seu gosto musical a eles, vão adorar com certeza, tudo que é novo eles gostam. – a mulher mais velha disse e eu assenti, já tinha lido sobre aquilo no meu livro companheiro, mas é realmente uma boa ideia.
-Ótimo. – disse sorrindo, ajudei Camila a se levantar e não resistir em deixar um selinho em seus lábios.
-Sinto até medo do que vou ter que ouvir a partir de agora. – ela disse com um sorriso brincalhão.
-Vocês vão adorar. – eu disse com o tom doce, depois de mais algumas recomendações fomos liberadas. Seguimos direto pra casa, nosso dia de folga, sempre fazíamos questão de pegar folga no mesmo dia e passar o dia juntinhas. Fizemos o almoço também juntas e durante a tarde ficamos deitadas na nossa cama assistindo filmes, na verdade Camila assistia, eu tava preocupada demais em manter meus ouvidos e mãos em sua barriga saliente. – Oi. – falei timidamente perto da barriga.
-Oi. – Camila respondeu provavelmente acreditando que eu falara com ela.
-Como vocês estão ai dentro? – perguntei e senti Camila acariciando meu coro cabeludo. – Deve ser apertado, não é? Para uma criança já é, imagine duas. – deixei dois beijos ali. – Vocês sabem quem eu sou? – perguntei e esperei alguns segundos, como se esperasse uma resposta. - A mamãe, vocês tem duas mamães. Sabe, mesmo sendo apertadinho, eu estou feliz que vocês estejam ai dentro. – o carinho em meus cabelos não cessava, e eu sabia que nem Camila assistia mais ao filme. – Tenho muita coisa pra mostrar a vocês, vocês já tem um cachorrinho, o Thor. – quando eu disse o cachorro que já estava grandinho latiu. – Sobe aqui, garoto. – falei e bati a mão no colchão, ele conseguiu na segunda tentativa ficando próximo a mim. – Fala oi pra eles, fala. – o cachorro latiu. E eu me voltei a barriga. – Essa é a língua dele, e desistam, vocês nunca vão conseguir entender. Mas mesmo assim é legal, vocês vão gostar, só é ruim quando ele dá dor de barriga. Essa parte não é nada agradável. Ei, vocês já podem ouvir música, espera, mamãe vai ajudar vocês com uma coisa bem legal. – me desvencilhei do corpo da Camila com cuidado e fui até meu criado mudo, peguei o IPod e os headfone, o conectei e levei até a barriga o encaixando da melhor maneira e dando play na música. Eles também tinham o direito de se divertir. Quando olhei pra Camila ela tinha os olhos marejados e uma lágrima descia pela maçã do seu rosto.
-Você é a melhor namorada e mãe do mundo. – ela disse e me puxou me dando um grande beijo. – E ainda dizem que príncipes encantados não existem. – Camila disse acariciando meu rosto. Eu dei um beijinho em seu nariz, queixo, bochechas, testa e finalizei com um selinho.
-Engraçado como o destino brincou com a gente, não é? – falei a encarando com ternura enquanto desenhava seu rosto com as pontas dos meus dedos.
-Ele rodou, rodou, rodou, e nos juntou novamente. – Camila disse.
-E nada mais pode nos separar. – falei deixando um selinho rápido em seus lábios. – Agora vamos ver as fotos dos bebês. – peguei a ultrassom que estava no criado mudo de Camila e cai ao seu lado abrindo e analisando aquelas imagens com cuidado. Até que algo me chamou atenção. – Amor, um de nossos bebês tem um dedo entre as pernas. – falei enquanto analisava algo que parecia um dedo amostra.
-Amor, bebês não tem dedos entre as pernas, deve ser a mãozinha dele, e ele tava apontando com o dedo inconscientemente. – ela disse analisando a imagem ao meu lado. Ela tem razão, pode ser uma mão, mas também pode ser o... Caramba, pode ser o pintinho do meu filho, se bem que se fosse não era "inho". Eu acabei ficando com um grande sorrido malicioso no rosto e partir pra cima de Camila com carícias, tirei os fones de sua barriga e ali naquela tarde nos amamos intensamente.
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MY GIRLS
FanfictionCamila Cabello, uma garota que é apaixonada por Ariana Grande, mas não sabe se ela tem os mesmo sentimentos, com a volta de sua melhor amiga Lauren Jauregui, elas decidem fingir um namoro pra provocar ciúmes em Ariana, o que não esperavam é que sent...