03|Psicólogo

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Elizabeth Cooper

Hoje vou com Jughead a uma consulta médica. Pensando desse jeito, até parece que sou mãe dele.

Já havia voltado para casa, e estava num tédio gigante. Olho para o relógio do meu celular. 14:10. Vou me arrumar.

Coloco um camisetão e uma calça jeans, com um tênis preto.

Desço para esperar Jughead chegar. Fico mexendo no celular.

Minutos depois ouço a campainha tocar, atendo revelando Jug.

- Vamos? - pergunto.

Entramos no carro, então abro o porta-luvas a procura de algo.

- Betty, o que tá procurando?

- Estou vendo se você tem drogas ou bebidas alcóolicas ou até cigarros aqui... - digo revirando o porta-luvas do carro. - Nada aqui. - Jughead está me encarando. - O que foi?!

- É sério que achou que esconderia minhas drogas aqui, dentro do carro? Se me pararem eu posso ser preso por isso. - diz incrédulo.

- Nunca se sabe, Jug, eu te conheço. Sei que você esconde até comida ser for preciso! - digo.

- Enfim, qual é o endereço do psicólogo? - pergunta.

Passo o endereço do psicólogo e Jug segue rumo ao consultório.

- Como sabe que escondo comida? - quebra o silêncio entre a gente no carro.

- Eu já encontrei donuts, chicletes e até brownie no seu criado-mudo, lá na casa dos seus tios. - digo olhando para Jughead.

- Eu escondo pra Jellybean não comer. Ela é mais gulosa que eu. - diz em sua defesa.

- Jellybean come igual um passarinho, de tão pouco que come. - digo.

- Você que pensa... - diz olhando para mim. - É aqui? - aponta para um prédio comercial.

- Sim. Vai ser uma hora de consulta, ou seja, tem bastante tempo. - digo saindo do carro.

[...]

- Nome por favor. - diz a secretária.

- Jughead Jones, eu marquei consulta pra ele... disse que sou... a namorada dele. - êxito um pouco para falar.

- Ah, claro, só preciso do RG dele. - diz e ele entrega o documento a secretária. - A mocinha não vai poder entrar junto com você, okay?

- Okay. - responde e se senta em umas cadeiras que tinha ali. - Namorada?

- Se falasse que era uma amiga não iria aceitar a consulta. Essa era minha única opção.

- E se falasse que era minha prima? - pergunta.

- Eu tentei, mas falaram que tinha que ser sua mãe ou seu pai, então falei que sua mãe tinha morrido e seu pai te abandonou, dai falei que era sua namora e ela aceitou. Falou que servia. - digo dando de ombros.

- Jughead Jones? - chama um homem. Provavelmente o psicólogo.

- Boa sorte! - digo com um sorriso amigável no rosto.

[...]

Jughead já está falando com o psicólogo a um pouco mais de meia hora. Estou mexendo no celular esse tempo todo.

Estou morrendo de fome, mas vou esperar ele sair para comermos juntos.

Volto a mexer no celular, entro no Instagram, sem perceber vou parar na conta de Jughead, rolo o feed dele.

Namorada de mentira 2Onde histórias criam vida. Descubra agora