14|Mãe de verdade

851 65 114
                                    

Uma semana depois.

Elizabeth Cooper

Já faz três dias desde que minha mãe voltou do hospital, o clima aqui em casa está mais esquisito que o normal. Tem algo errado.

Estamos jantando, em família. Meus pais trocam olhares estranhos. Até que minha mãe se pronuncia.

- Elizabeth tenho que conversar com você... - diz.

- Alice... - tenta meu pai.

- Eu sou a mãe dela Hall, preciso fazer isso. - diz saindo da mesa, apenas a sigo.

Fomos para meu quarto. Me sento na cama e ela permanece em pé.

- Por que voltou com ele?

- Ele quem? - me faço de desentendida.

- Não se faça de sonsa Elizabeth.

- Por que eu amo ele! E eu já perdi ele uma vez, não quero perdê-lo de novo!

- Para de ser trouxa! Ele nem te ama mais! Ele tá te usando!

- Você não tem o direito de falar isso dele, você se quer conhece ele! O Jughead me ajuda bem mais do que você.

- Não ouse falar o nome dele de novo!

- O Jughead, me quer bem, ele me ama e eu amo ele! Diferente da minha própria mãe! Ele faz de tudo pra me vez feliz, enquanto você, só me critica por estar com alguém que gosto! - digo com os olhos marejados.

- Eu só quero o seu bem... - diz se aproximando de mim.

- MENTIRA! - grito. - Se me quisesse bem, não estaria falando isso pra mim. Não estaria jogando na minha cara que meu próprio namorado me quer mal. A verdade é que você não sabe de nada, absolutamente nada sobre mim! Você é uma péssima mãe! - digo com lágrimas rolando pelo rosto.

- Sai daqui Betty. - diz chorando. - Sai dessa casa agora! - joga uma mala de viajem em mim. - A partir de hoje, você não mora mais nessa casa!

Abro a mala de viagem, todas as minhas roupas estão ali, olho para ela chorando ainda mais. Vou até o banheiro, pego meus produtos de higiene pessoal, coloco na mala. Pego meu celular e o carregador. Olha para Alice uma última vez.

- Uma mãe de verdade nunca faria isso com a própria filha. - digo e saio de casa batendo à porta.

Sinto gotículas de água pingar sobre mim, ah que legal, começou a chover. Apresso o passo.

Vou em direção a casa de Jughead, tento controlar o choro, mas não consigo. Toco a campainha, ele atende.

- Amor? O que tá fazendo aqui? Tá tudo bem? - faz perguntas freneticamente.

Apenas o abraço. Jughead retribui o abraço e beija o topo de minha cabeça.

- Vem vamos entrar. - diz me dando passagem, entro e ele pega a mala lá fora.

- Todos já estão dormindo? - pergunto baixinho enquanto nos direcionamos para a cozinha.

- Sim. - responde.

Ele se vira bruscamente. Me pega em seu colo e me coloca sentada na ilha da cozinha.

- Quer conversar sobre o que aconteceu? - nego com a cabeça. - Tudo bem, no seu tempo.

Ele pega um copo-d'água, coloca um pouco de açúcar e me entrega. Bebo tudo.

Subimos para seu quarto. Pego uma camiseta sua e uma calcinha e me tranco no banheiro para poder tomar um banho quente.

Namorada de mentira 2Onde histórias criam vida. Descubra agora