VIVIAN CASTRO
Minha espinha gelou. Isso não era possível! Nikita nunca deixaria...
– Quem? - perguntei ofegante - Me diga quem foi o autor da ameaça?
Marieta olhou para os lados desconfortável.
– Estão dizendo que o próprio Nikita insinuou que poderia tirar de Fidel seu maior tesouro, se ele não cumprisse suas ordens. - falou aflita.
– Ele não faria isso comigo! - gritei com raiva.
Ele não podia, não fazia sentido.
– Sei que está numa posição difícil, mas tente entender. - comecei a andar de um lado para o outro - Política é assim, esses homens sempre colocam à frente de qualquer coisa.
– Eu vou falar com ele. - falei sentindo um misto de sentimentos.
– Não pode, está louca? Vai acabar se prejudicando! - tentou me fazer parar mas me afastei de seu toque.
– O que acha que ele poderia fazer? - perguntei irônica.
Tinha sido um plano sujo! Sabiam que eu ficaria no quarto esperando por Justin, porque precisávamos conversar. Como ele pode? Como ele se atreve?
– Olha, eu acho que você deveria se acalmar e pensar melhor. - Marieta falou me fazendo sentar - O que será que ele pode fazer com você quando estiverem sozinhos?
Engoli seco.
– Nada que ele já não tenha feito. - falei baixo, algumas lágrimas rolaram.
– O que está insinuando? - perguntou confusa.
– Eu me entreguei para ele Marieta, ele me pediu em casamento! - falei desesperada.
As lágrimas caíram pelo meu rosto, meus ombros tremiam e eu só chorava. Não podia estar acontecendo isso, parecia um pesadelo que só nos afundava.
– Fique calma menina! Vou fechar a varanda. - a interrompi antes que eu pudesse me calar.
– Não! Faz muito calor aqui dentro a noite, deixe como está. - falei calma e ela hesitou mas fez o que eu pedi.
Pedi para Marieta desligar as luzes e fomos dormir. Bom, eu só depois de resolver algumas coisas.
Para meu alívio Marieta roncava, o que me indicava se ela estava dormindo ou não. Sai da cama deixando o cobertores de lado e fui até a varanda.
Nikita tinha comprado todos esses guardas, não me importava mais se eles vissem o que eu estava fazendo.
Dei um nó forte em meu robe e tentei relembrar como Justin fazia.
Respirei fundo e não olhei para baixo. Olhei para o pequeno suporte, passei uma perna e depois a outra. Segurei com força a borá da minha varanda e olhei para a de Justin. Segurei com força e me apoiei nela, dei impulso e consegui cair do outro lado quase em pé.
Me levantei e notei a varanda e luzes ligadas. Ótimo, pelo menos eu não precisava acorda-lo. Iriamos ter uma discussão daquelas, eu já previa isso.
Assim que meus pés tocaram seu quarto, olhei ele sentado de costas.
– Achei que demoraria mais amor. - falou tranquilo, suas mãos mexiam em algo a sua frente.
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CUBA • JB
FanfictionO jeito como ele me tocava, não me parecia certo. Cada vez que ele chegava perto e me olhava transbordando malícia, eu sentia o meu eu interior vibrar. Mesmo eu sendo a garotinha de que tanto falavam, ele me queria e me via como mulher. Por Deus, de...