Faz ideia de como me sinto?

615 37 70
                                    

O dia havia iniciado há poucas horas, já tinha tomado um banho, me arrumado, tomado um café com Ryan e estava de volta ao meu quarto. Diferente de Cuba em que tomávamos café todos juntos todos os dias, aqui tomar café com o primeiro ministro era algo raro e de muita honra.

Justin possuía seus próprios horários e pelo o que eu tinha visto pouco tempo para lazer, a equipe que havia ido para Cuba essa hora estava de férias, com exceção de Nolan - segundo Ryan. Eles trabalhavam sem parar com pouco tempo livre.

Aliás o clima de nosso café havia sido estranho, ao mesmo tempo em que eu queria dizer algo, eu não sabia o que dizer. Sempre mantive meu relacionamento com Justin às escuras e agora parecia estranho comentar com alguém.

Fora tudo o que eu havia descoberto sobre o ponto de vista de Ryan e o que eu tinha escutado ontem à noite. Justin havia me liberado com a premissa de me ajudar se eu quisesse ir embora, era estranho estar livre, depois de tantos meses com ele.

Eu nunca tinha tido outro relacionamento, nunca sequer havia deixado outro homem me tocar, Justin havia sido meu primeiro homem em tudo e agora eu estava livre. Era engraçado que de tudo o que tinha acontecido, o que eu mais pensava era isso, eu estava livre.

Tentei focar minha atenção nos papéis a minha frente, eu estava escrevendo uma parte importante de nossa história.







Com um gole de vodka russa e um aperto forte na cintura, Justin havia me feito sua em seu escritório, mais precisamente no sofá. Desconfortável, é a melhor palavra para descrever a primeiro momento, mal imaginava eu que ficaria tão bom, que me faria subir pelas paredes e implorar para sentir tudo aquilo de novo.

Talvez eu não volte nunca mais a sentir tais sensações...





Três batidas na porta e eu pulei na cadeira.

Não percebi meu coração batendo forte enquanto escrevia, senti meu corpo quente e tratei de beber um gole de água. Era muito humilhante saber que mesmo depois de tudo, apenas por pensar nele, meu corpo se aquecia de forma abrupta.

Bebi outro gole de água e joguei minhas folhas no fundo da gaveta, ajeitei meu vestido e fui atender a porta. Não me surpreendi ao ver Ryan ali.

– Oi - sorri fraco - de novo.

Ele também sorriu fraco.

– Podemos conversar? - perguntou receoso e eu acenei positivamente.

Dei espaço para ele passar e se sentou na cadeira que a pouco eu estava. Aprovei seu gesto, era estranho ver ele sentado na minha cama.

– Eu vou ser direto. - parecia angustiado - Sei que ouviu tudo o que eu e Nikita falamos ontem e eu queria me desculpar, explicar que não estou fazendo isso porque você me lembra a minha noiva, mas sim porque me importo, mas não como...

Ele ficou vermelho.

– Sei de suas intenções e acredito nelas Ryan. - falei sincera - Não se preocupe, Justin sempre sentiu esse ciúmes estranho.

– Então - coçou a cabeça - eu e ele conversamos sobre ontem, apesar de tudo ele é meu amigo e não quero causar nada entre vocês.

Acenei positivamente.

– Eu não sei o que pensar Ryan. - me joguei na cama - Ele se ajoelhou aos meus pés pedindo perdão e eu...

Minha voz ficou presa.

CUBA • JBOnde histórias criam vida. Descubra agora