VIVIAN CASTRO
Alguns animais faziam barulho a noite e eu tentava manter minha respiração, eu amava quando Justin me falava essas coisas mas...
– Você fica envergonhada por pouca coisa. - riu e eu sorri de lado - Nunca fui muito de demonstrar o que eu realmente isso, por isso dessa vez será diferente.
– Dessa vez? - falei irônica, por que ele estava sempre falando do passado dele?
– Eu falo num geral, espero que entenda. - suas mãos fizeram carinho em meu cabelo - Me sinto tão confortável na sua presença que não tenho muitos filtros perto de você.
O olhei com atenção.
– Mas é assim que se deve ser um casamento, não é? - seus olhos me analisaram.
– Sim e o nosso não vai ser diferente. - me puxou para seu colo - Por que seria?
– Eu não sei Justin, mas às vezes me sentido insegura... - respirei fundo - Eu confio em você, são nas outras coisas que não confio.
– E o que seriam essas outras coisas? - perguntou sério.
– Você sabe. - falei simples e me acomodei em seu colo - Ainda estou brava com você.
Ele riu pelo nariz.
– Eu também estou bravo comigo. - falou sarcástico.
– Vamos ficar assim hoje, pode ser? - sua resposta nunca veio e aos poucos o sono me bateu.
Dormir em seus braços, mesmo quando eu estava brava, era a melhor sensação do mundo.
Acordei sentindo raios de sol batendo em meu rosto, bufei e quando fui tentar me mexer para sair, dois braços me prendiam.
– Justin? - sussurrei.
– Uh? - falou baixo.
– Nós temos que voltar, já deve passar das seis. - seus olhos se abriram e ele se levantou.
– Me desculpe, eu devo ter dormido como uma pedra. - eu ri de seu jeito atrapalhado.
– Tudo bem, quem volta para dentro primeiro? - perguntei com uma pontinha de medo de ser pega.
– Você, diga que teve um pesadelo e que não conseguiu dormir. - falou se espreguiçando.
– Tudo bem. - dei um selinho em seus lábios e sai dali caminhando até a porta da cozinha.
Tudo parecia calmo, quase relaxei ao ver a figura de Ryan olhando pela janela e fumando um cigarro.
– Bom dia Ryan. - falei calma.
– Bom dia, o café só vai ser servido às 7:30. - falou tranquilo.
– E por quê? - perguntei curiosa.
– Ordens de Nikita. - falou e me olhou - Lá fora fazia frio?
– Na verdade não, fui até lá porque eu não conseguia dormir em meu quarto. - falei sentindo que devia alguma explicação a ele.
– Entendi, pesadelos? - seu olhar era estranho.
– Sim, bom se der me licença. - falei já me virando.
Subi as escadas com um pouco de pressa, abri a porta do meu quarto e me deitei o mais rápido possível. Dalila com certeza viria até aqui me encher com suas maquiagens e vestuários maduros.
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CUBA • JB
FanfictionO jeito como ele me tocava, não me parecia certo. Cada vez que ele chegava perto e me olhava transbordando malícia, eu sentia o meu eu interior vibrar. Mesmo eu sendo a garotinha de que tanto falavam, ele me queria e me via como mulher. Por Deus, de...