Retribuindo prazeres

972 54 3
                                    

VIVIAN CASTRO





Sorri de canto enquanto encarava Justin pela mesa.





Ele estava com molho em seu rosto.





Estreitando seus olhos para mim, passei meus dedos no lugar que estava sujo, Justin passou os dedos e espalhou ainda mais.





Soltei uma pequena risada com isso.





– O que tanto faz você rir pequena Vivian? - Tio Raul falou e arregalei os olhos.





– Nada de mais. A noite está linda não está? - falei notando que todos na mesa nos encaravam.





– É, está linda mesmo. - falou estranho.





Olhei para papai que também nos olhava, sorri para ele e fui correspondida.





Engoli a comida o mais rápido que pude e bebi meu suco. O jantar, para minha infelicidade, demorou mais que o normal para acabar.





Subi as escadas ao lado de Marieta, enquanto passava minhas mãos pela barra da minha saia. Eu estava ansiosa para me encontrar com Justin.





Chegamos na porta de meu quarto e eu sorri para a mulher mais experiente a minha frente.





– Até amanhã. - falei doce.





– Até amanhã senhorita Castro, boa noite! - falou também doce e se virou.





Escutei a voz de Justin perto das escadas e entrei para o meu quarto.





Fui até a minha penteadeira e tirei os grampos que faziam meu penteado ficar bonito. Tirei meus brincos e comecei a pentear meus cabelos, estavam enormes.





Escutei duas batidas na porta da minha varanda e me levantei, tranquei minha porta antes de qualquer coisa, e fui até a varanda para abri-la.





– Boa noite linda. - falou pausadamente e me deu uma rosa.





Sorri boba e encostei os meus lábios nos seus.





Ainda sorrindo, peguei a rosa em sua mão, nos levando para dentro.





– Não acredito que estava a rir de mim. - falou se sentando na minha cama.





Gargalhei.





– Estava engraçado. - falei e dei de ombros.





– Não faça mais isso, Raul percebeu. - falou me olhando com atenção - Podem começar a suspeitar de algo sobre nós.





Suspirei deixando a rosa junto com outras flores, que já haviam no meu quarto.





– Mas Justin, se vamos nos casar, que mal há? - falei emburrada.





Ele me chamou com a mão e fui ao seu encontro.





– Vamos nos casar, não quer dizer que já estamos casados. - falou tirando alguns fios do meu rosto e colocando atrás da minha orelha - Quero te proteger, sempre, para isso precisamos ter o máximo de cuidado possível.





Enquanto ele falava, beijos eram depositados em meu rosto. Todo e qualquer argumento que eu poderia pensar, simplesmente fugiam de minha mente na medida que seus lábios tocavam minha pele.



CUBA • JBOnde histórias criam vida. Descubra agora