Adam
- Por que você não me avisou que tinha marcado um jantar hoje com o Henrique e a Geovanna? - Carol diz enquanto abre o forno, está usando um vestido tão curto que ao abaixar uma parte de sua bunda fica a mostra.
- Eu não marquei.- resmungo.
- Ela disse que você a encontrou em uma lanchonete...- Seus braços estão cruzados.
- Realmente, eu esqueci. Desculpa.
- Onde você dormiu? - Arqueia a sobrancelha.
- Em um hotel perto do trabalho.
- hum. - seu salto emite um som repetidamente ao tocar o chão.- Você poderia ao menos me ajudar. - Diz em uma voz manhosa. Seu corpo se inclina sobre a bancada exibindo um decote me V.
Não vou cair nessa.
- Preciso subir. - Afirmo seco.
- Fernandes? - Bato na porta três vezes antes de abrir.
- Entra pai . - Seus olhos estão colados no celular.
- Oque aconteceu exatamente?- sento-me ao seu lado na cama.
- Ele bateu em uma amiga.- Dá de ombros.
- E ela denunciou?
- Não, ela ficou com medo. - Finalmente me encara.
-Entendo. Mas você não acha que passou um pouquinho dos limit...
- Ela está no hospital pai. - interrompe minha frase .- Faturou a costela e sofreu um aborto. - Sua voz expressa um misto de magoa e raiva. Um silêncio se forma apartir daí.
- Você não quer contar mais nada, tipo de quem era o bebê que ela estava esperando ?!
- Não é meu pai, ela é minha amiga e só ... Você sabe que não escondo nada de você.
Sua frase me faz lembrar de quando tinha seis anos correndo até a porta desesperado" papai, papai ! A mamãe tava sem roupa e o moço apertou o peito dela, mas ai ela gritou estranho. Ela tá dodói pai ? " lembro-me que não fiquei nervoso por ela ter me traído mais sim por ter deixado meu filho ver.
Ele realmente me contava tudo até coisas desnecessárias e absurdas .
" - Pai olha aqui essa espinha que deu no meu pau.
- Nem fudendo, sai daqui.
- Não pô, serião. Se meu pau cair ?
- Vai se fuder, coloca a merda da calça é sai daqui anda ! "
A lembrança me faz sorrir sem acreditar em que realmente aconteceu .
- O que foi ? Porque tá rindo?
- Nada de mais.
Meu sorriso se desfaz ao encaralo me sinto culpado por não contar praticamente nada pra ele, sempre tentei esconder o máximo de problemas possíveis.
- Tá tudo bem ?
- Não! É... - Coço a barba desconfortável com a situação.- Tem uma menina que eu conheci.
- O que tem ela ?
- Eu tô... Na verdade a gente tá. - O som da campainha ecoa por toda casa. - Nós conversamos depois .- Dou meu melhor sorriso e saio do local.
Pego a garrafa de vinho na mão de Henrique servindo as quatro taças encima da mesa. Geovanna e Carol tagarelam sobre cores de esmaltes.
- Então, que horas você quer que eu te busque na sexta? - pergunto chamando à atenção de todos .
- Pra que?
- Pra nossa viagem. - Henrique se engasga com o vinho. - Não me diga que você esqueceu ?
- Não. Claro que não. - Ele fica mais calmo, sabe que eu vou entrar no seu jogo. - Quando for melhor pra você.
- Porque você não vem pelas 19:00 pra comer conosco ? - Geovanna pergunta inocente.
Coitada.
- Seria um prazer ! - Henrique chuta minha perna por baixo da mesa .
- É mas você tem que fazer aquele negócio lá. - Ele fala tentando se safar.
- Há não é tão importante assim... Eu desmarco.
- Então te espero as 19:00.
- Claro ! - Sorrio falsamente .
O jantar foi longo e cansativo, pensei em abandonalo diversas vezes. Correr para Aurora talvez. Mas logo me desfaço desse pensamento retomando a conversa montada por mentiras. Estou exausto o fato de ter de voltar para casa me deixa assim. Estou exausto. Não fisicamente mas sim psicologicamente é cansativo viver em uma mentira ,casamento falso, família falsa, felicidade falsa ... sinceramente são vastas as vezes que penso em sair e começar do zero o que me prende é o costume, eu já tenho tudo que uma pessoa socialmente bem sucedida precisa: família, dinheiro, casa, carros.
Será que realmente vale a pena começar do zero sabendo que o final é sempre igual ?
- Você está tenso !- Carol se senta atrás de mim massageando minha clavícula, sinto seus lábios tocarem minha pele.
- Não. - Me levanto a fitando . Ela está sentada sobre os calcanhares com as mãos nos joelhos.
- Como não?!
- Não! Não estamos juntos e nem vamos ficar ! - afirmo secamente demonstrado certa ignorância pela voz.
- Mas a gente transou e você ...
- Estava bêbado?
- Não , Adam você não estava tão bêbado assim, eu conheço você...Não faz isso denovo. Não me rejeita.
- Pelo que eu me lembre eu tomei uma garrafa de whisky.
- Você pareceu bem consciente pra uma pessoa bêbada. - Ela se irrita aumentando gradativamente o tom de voz.- O que você quer de mim ?- lágrimas escorrem pelo seu rosto fazendo sua maquiagem se borrar .
- Distância. Apenas isso. - Vou em direção a porta porém Carol fica em minha.
- O que tenho que fazer pra vocês ficar? Hem? - A encaro sem paciência, ela praticamente arranca o vestido do corpo ficando apenas com uma lingerie vermelha que contém uma cinta liga responsável pelo sustento de suas meia-calças ³/8 , se aproxima do meu corpo alcançando minha altura com facilidade por conta do salto alto.
Se apoia em meus ombros me dando um beijo demorado a seguro pela cintura deixando nosso corpo colados. Ela geme em meus lábios coloco a mão em sua nuca guiando sua cabeça. A prenso contra a porta com agressividade.
- Carol? - Falo baixinho
- Oi amor .
- Sai da minha frente . - sussurro em seu ouvido e me afasto. Ela retira o vestido do chão e tenta cobrir o corpo, passo pela porta a batendo com força. Preciso sair daqui, pego a chave do carro sigo até a metade do caminho do apartamento mas desisto desviando minha rota .
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Desejos proibidos
ChickLit(+18) Sem revisão / livro 1 Princesa , se eu pudesse iria te marcar pra sempre , assim você nunca se esqueceria de mim nem se quisesse .