Adam
- Pai amanhã a noite qual horário é melhor pra você?- Fernandes diz assim que entro em casa.
- Melhor pra que ? - Carol revira os olhos em sinal de desaprovação a minha pergunta.
- Pra comemorar meu aniversário. - Diz arregalando os olhos como se fosse um cachorro que foi deixado na mudança.
- A claro... Qualquer horário, vai ser aqui ou você prefere ir pra algum lugar.
- Não sei ainda mas te aviso com antecedência.
- Você convidou a Aurora? - Jogo o verde, esperando colher meu maduro.
- Sim, ela vai ir . Depois eu posso conversar com você sobre ela ?
- Claro.- Respondo tentando não demostrar o pânico que surgiu em mim.
- Você já avisou seu tio Henrique? - Carol pergunta sentando ao seu lado.
- Não, a Juliana disse que meu pai brigou com ele, achei melhor não chama-lo. - Os olhos de Juliana se desgrudam do celular e me imploraram ajuda através do cômodo. Mas de qualquer forma ela não mentiu.
- E eu posso saber o porque vocês brigaram? - Carol me fuzila através do olhar.
- Então, existem três tipos de problemas na minha percepção: os meus, os seus e os nossos... No caso esse se encaixa nos meus. Porque você não cuida dos seus ?
- Cada dia que passa você fica pior.- Cruza as pernas apoiando as mãos sobre elas.
- Não se preocupe, vou resolver isso. Você não vai ter de me suportar por muito tempo.
- A gente ainda pode ser uma família até amanhã!? - Fernandes diz chamando a atenção.
- Podemos Adam ?- Ela arqueia a sobrancelha.
- Claro querida. - Uso o máximo de sarcasmo que consigo.
Antes que eu suba as escadas Juliana segura minha mão de leve.
- Deu certo? Com ela ? - Diz quase sussurrando, apenas discordo com a cabeça e sigo meu caminho.
Fernandes abre a porta do meu escritório dois segundos depois deu tela fechado.
- Você está muito ocupado?
- Depende...
- Você não acha que tá bebendo muito ?! - aponta pro copo em minha mão.
- Pra isso estou.
- Não, é a Aurora.- Estou sempre livre.
- Fala.
- É que ela está precisando de um emprego novo, daí queria ver se você poderia colocar ela em uma das suas empresas, ou conhece algum lugar que esteja precisando...
- O que aconteceu com antigo?
- Não sei. - Dá de ombros - Ela disse que teve um problema com chefe daí vai sair.
- Beleza, daí, daí. Vou ver oque posso fazer, daí você me manda o currículo dela por email . Daí se você ver sua mãe daí você pede pra ela vir aqui.
- Para pai .- Fala sem graça franzindo a testa e sai .
- O que você quer comigo ? - Aparece depois de quase uma hora e meia. A Entrego o envelope pardo e uma caneta. - Oque é isso?
- O divórcio e o acordo. Você vai ficar com a casa, com dois dos carros, 10 % do lucro mensal da empresa, duas franquias vão para seu nome e o dinheiro que está depositado na conta conjunta é seu. - Ela rasga os papéis sem nem ler. - Não complica Carol, vai ser pior pra você se isso se tornar judicial.
- Eu não vou assinar.
- Espero que tenha um bom advogado.
- Vai pro inferno.- Bate a porta consigo escutar o barrulho dos seus saltos batendo com força no chão.
Vejo a lua tomando o lugar sol levando a claridade que entrava pela janela, tomo um banho na banheira, juro que se fechar os olhos consigo escutar a voz de Aurora ecoar. Talvez eu esteja louco ou velho.
Vou para o sofá carregando meu travesseiro e uma manta, não me lembro qual foi a última vez que dormi por tanto tempo.
Acordo com um post-it laranja na testa.
Não se atrase
20:00
Restaurante, endereço no email
Ass : Daí.Idiota.
Carol me liga sete vezes seguidas sem ao menos dar um minuto de intervalo entre as ligações.
- O que foi? - pergunto impaciente.
- Meu cartão de débito está dando não autorizado. - Sinto o ódio em sua voz.
- Ora bolas ? O que está vinculado à nossa conta ?O que pode ter acontecido? Talvez o dinheiro tenha acabado.
- FILHO DA PUT. - encerro a ligação. Queria poder fazer isso pessoalmente.
Estranhamente meu dia foi ótimo, tudo correu bem, tirando a Carol obviamente. Agora são 19:30 , estou pronto e a caminho do restaurante.
Encontro Fernandes e Juliana com algumas pessoas que eu não conheço.
- Pai esse é o pessoal da faculdade.- Os cumprimento de maneira informal.
- Cadê sua mãe?
- Não chegou ainda.- Olha na tela do celular. - A Aurora acabou de chegar vou busca- lá na porta.
Ela está perfeita.
Aurora se senta na minha frente na ponta da mesa, ela desvia o olhar sempre que possível como se estivesse escondendo algo. Carol entra convencida sentando ao meu lado.
- Desculpa filho, eu tive alguns imprevistos hoje. - Me olha torto, não consigo disfarça o sorriso.
- Ainda da tempo de resolver, eu tenho a cópia no meu escritório.
- Enfia no seu cu. - Gesticula com a boca Sem realmente dizer as palavras.
- Ok.
Aurora fica seria sem dizer quase nenhuma palavra durante o jantar. Não sei é porque ela está incomodada comigo.
- Mas vocês vão mesmo a minha casa né?Por que se eu fizer o churrasco e vocês não forem eu vou infartar. - Uma garota de cabelo curto diz, ela fala bastante, não me lembro do nome dela.
- Vamos.- Digo tentando por fim no assunto
- Certeza?
- Você tem a minha palavra.- confirmo novamente. Aurora sussurra algo que ferve meu sangue. - O que você disse ?
- Eu disse que sua palavra não vale porra nenhuma. - Repete alto o suficiente fazendo que todos da mesa prestem atenção nela. Me levanto apoiando as mãos sobre a mesa.
- A mocinha não acha que está com a língua muito afiada ?! - Ela repete meu movimento. O que me faz rir.
- Você não reclamava quando ela estava no seu pau.
FILHA DA PUTA.
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Desejos proibidos
Genç Kız Edebiyatı(+18) Sem revisão / livro 1 Princesa , se eu pudesse iria te marcar pra sempre , assim você nunca se esqueceria de mim nem se quisesse .