(quarenta e seis) condomínio

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Aurora

Adam ainda não voltou pra casa, não consigo parar de olhar pro meu dedo. Como um objeto tão pequeno pode deixar uma pessoa tão feliz ?!

Aproveito para ir ao mercado comprar algumas coisas que faltavam. Encho quatro sacolas ao todo, apenas uma tem oque que realmente era necessário

As sacolas parecem dobrar o peso em certa parte do caminho, me arrependo de ter comprado tanta besteira pra carregar.

- Porque não me esperou pra te levar ? - Pergunta pegando as sacolas que afundavam no meu braço quando entro no cômodo.

- Eu ia comprar pouca coisa.- justifico. - Era só para o jantar.

- Bom...é...

- Você vai jantar fora? - Dramatiso a pergunta o máximo possível.

- Nós vamos.

- Adam não leva a mal, mas não estou afim de arrumar pra comer, a gente não pode pedir pelo menos?!

- Então.- Ele suspira e coça a cabeça. - Minha família vai fazer um jantar, pra reunir o povo e tal... Quero que você vá comigo.

- Não.

- Poxa Aurora, quero te apresentar pras pessoas.

- Eu estou feliz no anonimato. Sua família vai me massacrar e depois me engolir.

- Não vão, minha família não é formada por um bando de Carol's. Vem comigo por favor.

- A gente pode voltar quando eu quiser ?

- É só me avisar. - Sorri vitorioso.

- Onde vai ser?

- Na casa do meu irmão. - Dobra as mangas da blusa social branca.

- Eu não sabia que você tinha irmãos.

- Tenho um mais novo.

- Você vai me ajudar a escolher uma roupa ?

- Você está ótima assim. - Pecorre o olhar por minha blusa de pijama e shorts jeans.

- Vai se fuder. - Começo a guardar as coisas na geladeira. Ele me abraça por trás.

- Ei se acontecer qualquer coisa que você não goste é só me dizer ok?! - Beija minha nuca. - Qualquer coisa.

- Quando a gente vai? - Confere o relógio.

- Era pra gente sair agora pra dar tempo de chegar lá mas... - Ele levanta as sobracenlhas. - A senhorita não acha que está vestida adequadamente, então assim que estiver pronta nos vamos.

- vinte minutos.

****

Parece que estamos no carro a um século, desistir de tentar memorizar o caminho na quinta esquina que Adam virou. Ele entrega o documento na entrada de um condômino,ajeito o corpo para solta bunda que já está grudada no banco do veículo.

- Chegamos ?- Pergunto animada.

- Uns 15 minutos. - Ele sorri quando vê minha expressão de desespero.

Sinceramente minha animação se esvai por completo quando paramos em frente à porta de madeira escura, minhas mãos soam, sinto um frio na barriga quero voltar pra casa.

Um homem alto com os cabelos loiros atende a porta, Adam o comprimenta sorridente com um abraço, fico sem lugar neste meio tempo.

- Aurora esse é meu irmão André. - Estendo a mão recebendo um aperto firme.

- É um prazer, ouvi muito sobre você. A Carol não parou de falar desde a hora que acordou. - Meu rosto cora, me sinto envergonhada.

- Só coisa boa aposto. - Adam diz com sarcasmo. Coloca a mão em minhas costa me guiando entre os cômodos .

Ele é parado por várias pessoas que o comprimentam calorosamente, me apresenta todas que me encaram analisando cada centímetro. Me sinto minúscula em seus olhares. Adam se afasta por alguns minutos.

- Ei princesa. - Júnior me puxa em um abraço mais forte que o normal.

Finalmente alguém que eu conheça.

- Como você esta ?

- Com saudades de você. - Diz sério, meu coração doi junto com minha consciência.

- Desculpa eu não sabia se era melhor me afastar ou não.

- Tudo bem eu entendo, você precisava de um tempo também. Mas não some tá?! Eu ainda gosto de você, eu sei que é estranho.

- Realmente é estranho. Me desculpa por não ter contado eu deveria ter ...

- Ei eu disse que estava tudo bem e esta, não precisa justificar suas decisões. Eu sei que você fez o que achou que era certo. - Sua voz é doce e aconchegante. Adam se aproxima. - Bem, é meio esquisito ver vocês juntos ainda ... vou dar uma volta qualquer coisa é só gritar. - Me abraça mais uma vez.

- Está tudo bem? - Adam pergunta.

Não, eu estou incomodada quero ir embora.

- Está sim. - Sorrio sem graça. - Preciso ir ao banheiro. - Me indica a direção.

Lavo o rosto respiro fundo.

Ele parece está bem animado em rever a família, ele é só sorrisos.

Deveria ter ficado em casa.

Adam não está mais no mesmo lugar, caminho alguns cômodos o preocurando entre as pessoas, sinto sua mão passando levemente por minhas costa até chegar na minha coxa.

- Amor aqui não. - Falo baixo sem me mover para que ninguém perceba.

- Aonde você prefere em tão. - Uma voz grossa seguida por um ar quente toca meu ouvido.

Merda, não é ele.

Meu corpo paralisa, meu coração está na garganta, me viro lentamente.

- Não precisa ter medo de mim. - Diz me encarando, seus olhos são escuros no mesmo tom do seus cabelos que estão perfeitamente penteados.

Dou alguns passos para trás.

- Não, não faz cu doce. - Segura em meu punho.

- Me solta agora. - Falo com raiva mantendo o tom de voz baixo.

- Olha eu sei que tipinho você é ok?! Não precisa encenar. Você é a típica garotinha que se apaixona pelo cara mais velho e rico não é?! Eu só quero te propor um contrato, vamos dizer que você tenha me gerado um interesse... físico, por assim dizer. Gostaria de te encontrar uma vez por semana, qual seria seu valor ?

Desejos  proibidosOnde histórias criam vida. Descubra agora