Desejos proibidos

(quatro) Atração

Adam

-Pai onde você dormiu ? A mãe ficou preocupada. Vocês brigaram?

- Não filho,está tudo bem não precisa se preocupar.

Sua pergunta me faz recordar do sofá em que dormir ontem -ainda sinto minhas costas duerem- deixo um sorriso bobo escapar ao lembrar de quando Aurora apareceu na cozinha vestida com minha camisa branca.

- É... minhas coisas ficaram aqui na sala, daí peguei uma blusa que encontrei no quarto.- Fala com a cabeça baixa, colocando um mexa do cabelo atrás da orelha.

Levanto seu rosto fazendo que seus olhos encontrem os meus.

- Tá tudo bem, pode pegar oque quiser. A casa é sua.-- Um sorriso tímido se forma em seu rosto. Sinto meu corpo todo arrepiar quando ela da uma leve mordida nos lábios...

- Pai ?

- O que ?- Retorno a realidade.

- Sei lá você tava sorrindo pra parade.- Sua voz sai confunsa, ele estreita os olhos.-- O que o senhor Fernandes está aprontando ?

- Você não deveria está indo pra faculdade?- Finjo uma preocupação para trocar de assunto.

Ele se dirige a porta alternando dois dedos entre nossos olhares .

Idiota.

****

O trabalho foi tranquilo mas não consigo tirar aqueles lábios da minha mente, fui até o Coffe Silvas na intenção de vê-los, porém, tive a triste notícia que hoje era o dia de folga dela.

Pensei em aparacer no apartamento.

Repito mentalmente cinco vezes até desistir da ideia:

"Não, ela precisa de liberdade para se acostumar, pode se sentir vigiada se eu for lá."

Mas imagino que ela possa está precisando de algo, afinal não está acostumada com o local.

Não, você não deve, se ela estivesse precisando de algo ligaria para o número que você deixou sobre o criado-mudo.

Ou talvez não tenha visto.

É...evidentemente ela não viu o meu número. Seria falta de educação abandona-lá em um apartamento que ela mal conheça. Certo?

CERTO!!
***

-Está tudo bem ? - Ela indaga quando passo pela porta da entrada

- Sim.- Não -- Eu estava por perto e decidi dar uma passada rápida.

Mentira... precisava te ver.

- Hoje é sua folga?- já sei a resposta, mas quero escutar sua voz.

- É sim.-- Delicadamente ela passa a mão no seu joelho e sobe para à coxa, queria poder fazer o mesmo só que um pouco mais além.- É estranho ficar o dia todo atoa, estou entediada.- Morde o lábio inferior e solta lentamente meu corpo reage de imediato.

Isso foi um convite?

Posso acabar com seu tédio se você permitir.

Não! Certamente isso é só um sintoma de abstinência sexual da minha parte.

- Dança comigo?- sugiro levantando e estendedo a mão.

- Não!- sorri lindamente.

-Dança comigo!

- Eu não sei dançar em par, e aqui nem tem musica.- Dá de ombros

-confie em mim.- Tento sorrir para causar boa impressão.

Ela aceita minha mão e se levanta, suspendo seu corpo o suficiente para que seus pés descalços fiquem encima dos meus sapatos. Envolvo meus braços em sua costas e os dela se encontram em meu pescoço. Suas gargalhadas são frequentes.

- Ainda estamos sem música.- Diz ainda sorridente.

Começo a cantarolar um trecho de "la vie en rose" enquanto me movimento cuuidadosamente logo sua cabeça já está deitada em meu ombro, o calor do seu corpo me conforta, se eu tivesse de escolher um lugar pra ficar o resto da vida seria aqui com toda certeza.

Sua mão sobe por minha nuca e se aconchega no meu cabelo fazendo meu corpo todo se arrepiar meu pau dá sinal de vida. Sou tomado pela excitação deslizo meus dedos por baixo do pano fino da sua blusa até que encontre a pele macia de sua cintura. Permaneço assim...Tenho medo de prosseguir e assustala.

Seus olhos brilham ao encontrar os meus, estamos tão próximos que sinto sua respiração ofegante. Como ela conseguiu me deixar assim com um simples toque?

Desejo arrancar sua roupa e a jogar nua no sofá , faria qualquer coisa pra sentir seu gosto. Colo seu corpo no meu quero que sinta o quão duro ela me deixou, um gemido baixo escapa do fundo da garganta fazendo seus lábios se abrirem.

-Desculpa eu não...-- Minha voz falha antes que eu termine, me afasto dela devagar até manter uma distância segura.

Que porra tô fazendo ???agindo como um adolescente, tenho que me controlar.

- Oque ? -- Seu rosto estampa um misto de decepção e vergonha .

Merda.

- Me desculpa?! Eu não posso.- Repito em voz alta mas dessa vez direcionando certa parte da frase a mim mesmo "EU NÃO POSSO " .

- Ok, tudo bem eu entendo ... É... ta tarde, acho melhor você ir. - Ela olha por todo cômodo menos em meus olhos, me sinto horrivel por isso.

- Tudo bem.- beijo sua testa tão levemente que não tenho certeza que cheguei a toca-la. - Não fique com raiva de mim eu não quis magoar você!

- Você já me disse isso uma vez, não estou magoada, estou confusa so isso. Quero ficar um pouco sozinha.

-Beleza eu ja vou!

Antes de fechar a porta posso jurar que vi seus olhos cheios d'água.

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