Adam
- Como ela está?
- Dormindo. - Coloco as chaves sobre a bancada.
- Vocês voltaram?
- Não sei.
- Por que você não me contou, quando eu te apresentei ela? - Sua palavras são pesadas. Não queria ter essa conversa agora.
- Se coloca no meu lugar, oque você iria dizer " Sabe essa menina que você está apaixonado?! Eu já dormi com ela " ?
- Eu não teria abandonado ela no seu lugar. Gosto dela pai. Não a magoa denovo.
- Não vou.
- Seria estranho se eu fosse ver ela as vezes ?
- Pra caralho. - Ele sorri sem jeito. - Vou te mandar o endereço.
- Tabom. Eu vou dormir.
- Boa noite filho.
- Boa noite pai.
- Eu te amo. - Ele para enfrente a escada.
- Eu também, mas não agora. - Dá de ombros.
- Justo.
Me ajeito no sofá, perambulando de um canal ao outro. As horas não passam, não consigo dormir, talvez por ansiedade, quero vê-la novamente.
- Pai você está acordado? - Juliana invade o cômodo enrolado em um lençol que rasteja no chão.
- Estou. - Ela se espreme ao meu lado. - O que foi?
- Perdi o sono.
- E...
- E o Henrique me ligou... ele disse que quer me ver. - Discordo com a cabeça. - Eu gosto dele pai. - Tenta se justificar.
- Ele não vai deixar a família dele.
- Você está deixando a mamãe.
- Eu tenho meus motivos, eu e sua mãe não damos mais certo a muito tempo. Não foi pela Aurora, entende ?! Ele tem um casamento longo que está muito bem, principalmente agora que eles vão ter um bebê.
- Eu sei, mas...
- Olha eu não posso decidir por você, mas se pudesse eu não deixaria. Ele não te merece, você é muita areia pro caminhãozinho dele. - Seu rosto cora, deixando um sorriso perfeito a mostra.
- O que você faria ?
- Sinceramente?! Mandaria ele pra puta que pariu e iria aproveitar a vida, tem muita gente no mundo filha. Olha meu caso... Talvez o amor da sua vida nem tenha nascido ainda.
- Que horrível pai. - Diz entre as gargalhadas. - Posso dormir aqui com você?
- Claro ! O que não falta aqui é espaço. - Falo com sarcasmo me arredando o máximo que posso. Ela se aconchega da melhor forma possível, sua respiração me tranquiliza.
Quando acordo, Juliana está tão torta que tenho medo de tentar ageitala e quebrar algum osso. Me levanto do lugar com cuidado para não acorda-la, o sol mostra seus primeiros raios.
Ligo para Aurora mas ela não atende, deve estar dormindo ainda.
Pego uma xícara de café, vou para o escritório para adiantar alguns trabalhos, pretendo ficar o resto do dia livre.
- Porque você voltou? - Carol indaga, não a escutei entrando.
- Bom , porque a casa é minha e eu tenho livre arbítrio.
- É, mas senso você não tem nenhum.
- Você pode resolver isso quando quiser...
- Vai se fuder.
- Eu não tenho toda a paciência do mundo Carol. Vale a pena mesmo perder tudo por piraça?
- Eu não vou perder.
- Ok. A decisão é sua.
- O que você pretende fazer agora, trazer ela pra morar aqui ?!
- Não é da sua conta. Eu não pergunto sobre sua vida amorosa ?
- Até porque você faz parte dela...
- Eu não me lembro de estar presente quando você chupou seu patrão pra subir de cargo. - Ela engole seco. - Ou você achar que eu iria acreditar que de secretaria você virou vice-presidente em menos de um mês. Que ele simplesmente olhou pro seus olhos e enxergou todo seu potencial. Nem da vez que você transou com o psicólogo e esqueceu de apagar a conversa do celular...
- Ok já entendi, senhor puro e santo.
- Eu nunca te trai.
- Nos estamos casados, então sim você me traiu.
- Não, você está casada comigo, mas eu já te larguei faz tempo. Agora se me dá licença eu tenho coisa mais importante pra fazer do que ficar conversando com você.
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Desejos proibidos
Chick-Lit(+18) Sem revisão / livro 1 Princesa , se eu pudesse iria te marcar pra sempre , assim você nunca se esqueceria de mim nem se quisesse .