TREZE

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Pessoal, espero que me perdoem pela demora, vou TENTAR postar todos os dias a partir de hoje.

Quero deixar esta história mais curta, então não vou enrolar para fazer as coisas acontecerem nos capítulos seguintes. Só espero que não fique tudo rápido demais.

Bjj!

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Depois do terrível encontro entre Jack e eu, fiquei desestabilizada mentalmente por alguns dias. Acho que finalmente estava ficando mesmo louca, ele estava conseguindo tornar verdade sua mentira descabida.

O fato dele estar tranquilo enquanto estou aqui definhando me deixa desesperada, ele não se importa com o que vai acontecer, apenas me quer fora do seu caminho. Quero, mais que tudo, que ele se exploda, literalmente.

Continuo encarando o nada quando alguém abre as portas para mim.

— Você tem uma consulta agora, vamos?

Olho para o lado, desviando minha atenção para um dos guardas. Pensei no quanto estive ansiosa pelo dia que visitaria o doutor Gutierrez, ele era minha única esperança.

▪️

— Como passou esse fim de semana?

— Péssima – respondo baixo.

Ele respira fundo e mexe em seus papéis sobre a mesa.

— Fiz o que me pediu, pesquisei sobre Scarlet Russell e não encontrei exatamente nada. – Suspiro, irritada. — A não ser...

Olho rapidamente para ele, esperando pelo que tem a me dizer. Vejo quando ele pega um papel e me entrega, e mesmo com as mãos presas, ergo os pulsos e pego, vendo ser um pedaço impresso de algum site.

— Eu imprimi isto, passei dia e noite em busca de algo, até finalmente encontrar a mulher.

Analiso o papel, vendo a mulher em uma foto preto e branco por ter sido impresso. Ela aparenta ser clara de cabelos escuros, mas não tenho certeza, pois está com a cabeça baixa.

— Scarlet Cristine Russell, internada após assassinar cinco pessoas – leio com atenção. — Vive em um hospício em Houston. – Solto um riso irônico.

Gutierrez suspira e apóia-se em uma mão.

— Você tem noção do que é isto? – Ergue as sobrancelhas. — Eu encontrei Scarlet Russell, a verdadeira. Você está aqui injustamente, levando a culpa de alguém.

— Eu sei. – Sorrio. — Foi um plano perfeito, devo dizer. Jack foi esperto, e não duvido que esta mulher tenha algum envolvimento com ele.

— Já temos algo, mas preciso encontrar o que prove sua verdadeira identidade.

— Meus pais não morreram, eu tenho certeza. Ele os escondeu! – Cerro os dentes. — Mas ele é inteligente, não usou os nomes verdadeiros deles.

— Me passe os nomes, por favor. Vou fazer o possível para encontrá-los, já sei a quem posso recorrer.

Respiro fundo, pensando no quanto estou perto de sair daqui. Tudo vai melhorar.

— Anastasia Vinsant Patterson, minha mãe; Nathan Axel Patterson, meu pai... e Charlote Vinsant Patterson, minha irmã mais nova.

Ele anota tudo rapidamente, acenando com a cabeça e guardando o papel no bolso do jaleco.

— Depois que eu conseguir o suficiente para provar sua inocência, você estará livre. Vou tentar localizar sua família, mas sem deixar rastros para o tal homem que te colocou aqui dentro. E... antes que eu me esqueça: por que você está aqui?

Seu olhar penetra o meu, tentando me desvendar. Apenas retribuo, mas não digo nada. Ficamos ali, nos encarando em silêncio, ouvindo apenas a respiração um do outro.

Oliver Gutierrez, um belo nome para um belo homem. Seus cabelos castanho-escuros estavam penteados para trás hoje, com pequenas mechas saltando para frente. Sua pele clara estava com um leve sombrear de uma barba crescente, contrastando com os lábios medianos e os olhos castanho-claros.

— É uma longa história, doutor, espero ter tempo para contar a você – digo após alguns segundos.

— Se depender de mim, terá, pois não vou descansar até saber tudo a seu respeito. Quero ajudar você, Samantha.

A profundidade de suas palavras me fazem sentir algo estranho, como se eu estivesse prestes a ter um encontro com alguma paixonite, o que é preocupante.

— Obrigada por tudo que está fazendo por mim, quero sair daqui o quanto antes, preciso me vingar daquele maldito. – Mordo o lábio.

— Não deixaria um inocente ser injustiçado bem embaixo do meu nariz. Qualquer um faria o mesmo. – Dá de ombros.

Balanço a cabeça negativamente algumas vezes. — Está enganado. Nem todos acreditariam em mim a ponto de fazer uma simples pesquisa para conferir se estou ou não falando a verdade. – Encaro-o. — Obrigada.

Ele dá um sorriso pequeno, sem mostrar os dentes, apenas levantando o lado direito dos lábios bonitos.

— Não precisa me agradecer.

— E... bem... eu gostaria de pedir outro favor. – Fico um pouco envergonhada por me aproveitar tanto dele.

— Fique a vontade. – Apóia os cotovelos sobre a mesa.

— Preciso que me ajude depois que eu sair daqui. Preciso que esteja comigo quando eu for atrás de Scarlet Russell, em Houston. Você pode?

Ele parece ficar sem palavras e pensar por alguns segundos, mas sorri de um jeito simples soltando um suspiro.

— Posso, claro. De qualquer forma, não é seguro perambular por aí com o homem que te deixou presa injustamente a solta. Além do mais, não vai demorar para ele descobrir que você saiu.

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