TRINTA E TRÊS

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Galerinha, não esqueçam de dar uma olhada no epígrafe de IMPERFEITA, já disponível no perfil. Adicionem o livro na biblioteca de vocês e, se não for pedir demais, deixem um voto pra me ajudarem. Desde já, obrigada! ;)

Beijos.
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Já faziam três dias que eu estava de volta a Miami. Só passei uma noite na casa dos meus pais, e assim que amanheceu, parti para a minha casa. Como senti falta de tudo: dos meus móveis, do meu quarto, da minha cozinha.

É manhã ainda, estou com os cabelos molhados, usando um pijama de inverno de tecido fino e tomando café quente em uma das minhas canecas de porcelana. Minha perna direita está dobrada e meu pé sobre o assento, meus olhos estão grudados no noticiário em meu notebook.

Jack Bailey está bombando em todos os sites de notícia. Pessoas estão comentando o quanto eu sou uma coitada, outras dizem o quanto fui forte em aguentar a barra.

Porém, a parte mais difícil foi enfrentar o restante da minha família. Tios, tias, primas, avós... Todos pensavam que eu havia destruído minha família. Foi um choque.

Olho a hora no canto da tela e fecho o aparelho, me levantando da cadeira e subindo as escadas para ir para o meu quarto. Abro meu closet e entro, indo direto nas minhas roupas mais discretas.
Pego uma jeans escura, uma blusa fina de mangas longas e um sobretudo bege que é meu favorito. Me visto tão rápido que meu corpo começa a esquentar, me deixando um pouco suada.

No banheiro, escovo meus dentes ao mesmo tempo em que pego meus produtos de maquiagem que deixo sempre em uma das gavetas grandes da pia. Realizo toda a higiene bucal em que estou acostumada e coloco meus cabelos para trás da orelha, começando a esconder os hematomas e olheiras em meu rosto.
Minha expressão de cansaço some assim que passo um pouco da minha máscara de cílios, pareço estar completamente renovada.
Passo blush de tom mais amarronzado nas bochechas e limpo o pincel passando os resquício de produto nas pálpebras, algo bem rápido.
Com um lenço umedecido, limpo os lábios e passo um batom simples, que não se diferencia da cor da minha boca.

Por fim, fico parada me olhando, me sentindo eu mesma outra vez. É ótimo poder voltar para a minha rotina e cuidar de mim.

Calço sandálias claras e pego uma das minhas bolsas, colocando o necessário dentro dela. Pego as chaves do meu carro sobre o balcão da cozinha e saio para a garagem, entrando no meu carro e esperando o portão se abrir para que eu possa sair.

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Não fico surpresa quando chego no meu local de trabalho e recebo olhares de todos os lados.
Subo para o meu andar e deslizo os óculos escuros para a cabeça quando as portas do elevador se abrem.

Zoe McCoy solta um grito quando me vê, vindo até mim como um furacão e me abraçando. Ela diz tantas coisas ao mesmo tempo que não consigo acompanhar, mas fico muito feliz por ver minha amiga outra vez.

— Sam, eu fiquei completamente perdida sem você aqui! – Me analisa de cima a baixo com um olhar desconfiado. — Como você está?

— Estou bem. Como estão as coisas? – Olho ao redor.

— É complicado. – Morde o lábio.

— Zoe... O que foi? – Estreito os olhos para ela, que me conhece tão bem ao ponto de saber que não vou desistir de ficar por dentro de tudo.

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