VINTE E OITO

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Este capítulo contém descrição explícita de estupro e espancamento. Quem se sente sensibilizado com este tipo de coisa, não leia, por favor!
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 Quem se sente sensibilizado com este tipo de coisa, não leia, por favor!_________________________________

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Meu corpo está dolorido, minha barriga principalmente. Sinto-a se esfregando contra o chão enquanto algo me impulsiona para frente e para trás.
Quando consigo compreender o que está havendo comigo, começo a me debater contra o corpo que me espreme contra o chão áspero.

— Quietinha, meu amor. Eu sei que você gosta disso. – A voz masculina está repleta de uma alegria perversa e violenta.

Minha cabeça está latejando como nunca, influenciada pelo choro e a pancada que levei. O meio de minhas pernas está ardido, como se Jack estivesse fazendo algo além do estupro.

É sujo. Forte. É terrível. Mas é a pura verdade do que está acontecendo comigo. Algo que eu nunca imaginei.

— Jack! – Minha voz não produz um som, e a força que uso para tentar gritar me faz engasgar. — Pare, por favor! Por favor, Jack, não faça isso comigo... – Meu choro se intensifica.

Meu corpo está em choque, não consigo me mexer enquanto o homem que tanto amei um dia se enfia em mim com brutalidade, me machucando.

— Cale a maldita boca! – Grita. — Não finja que não adora quando fodo você assim. – Segura meu pescoço, empurrando meu rosto contra o chão. — Ahh! – Geme alto. — Vou gozar dentro de você, sua puta.

▪️

Ao abrir os olhos, vejo-me ainda deitada no chão empoeirado e fétido. Meu estômago embrulha, e antes que eu possa segurar, acabo vomitando no espaço ao meu lado.
Meu corpo treme quando meu choro explode, estou me sentindo fraca, inútil, culpada.

Forço-me a ficar de pé, sentindo uma pontada na cabeça. Levo uma das mãos rapidamente onde dói e vejo sangue em meus dedos. Não deve fazer tanto tempo que estou aqui, pois o líquido vermelho-escuro não secou.

Em algum momento, paro para observar o lugar em que estou. O cômodo é pequeno, possui alguns móveis velhos e sujos que cheiram a mofo. Vejo também uma escada, então caminho até ela e vejo uma porta no início dos degraus. Estou em um porão, afinal. Deve haver uma casa em cima de mim.

Olho para baixo, vendo-me apenas de calcinha e sutiã, então meu choro volta quando lembro-me do que aconteceu. A dor. A tristeza de não ter forças para lutar. A impotência.

Ele pode voltar a qualquer momento e fazer aquilo de novo. Preciso sair daqui o quanto antes.

Olho para todos os lados, vendo apenas uma janela de vidro pequena. Aproximo-me dela, vendo que o chão está bem rente à ela do lado de fora.
Procuro por algo que sirva para quebrá-la, então pego uma das cadeiras que estava ali, cheia de teia de aranha e sinais de velhice. Bato uma das pontas com força, não obtendo sucesso, porém, consigo o que quero na segunda tentativa.

Coloco o móvel no chão e subo nela, olhando a rua. Está escuro, molhado e não há ninguém.
Enfio os braços pela janela, seguida pela cabeça e ombros, porém, não consigo mais me movimentar, pois não tenho no que segurar ou algo que me impulsione para fora.

— Eu tenho que conseguir! – Sussurro.

Respiro fundo, espalmo as mãos no chão e tento apoiar os pés na parede, conseguindo me mover muito pouco. Bastou o pequeno movimento para que um pequeno caco de vidro que ficou na janela cortasse minha barriga.

— Uh, droga! – Fecho os olhos. — Merda.

Olho para baixo, tentando ver o porão pela fresta entre meu corpo e o alumínio, sentindo uma pressas em meus dedos de repente, o que me faz gritar.

— O que pensa que está fazendo, Samantha?

Começo a chorar sem mesmo olhar para Jack, sabendo que estou presa aqui. Seu pé faz ainda mais força sobre minha mão esquerda.

— Volte para dentro! – Grita.

— Eu quero sair daqui. Me deixe ir embora, seu desgraçado! – Faço escândalo na intenção de ser ouvida, mas percebo a má ideia quando tomo um chute no rosto.

— Cale a boca! – Berra.

Fico tonta de imediato, sentindo meu nariz arder como o inferno. Baixo a cabeça e vejo o sangue pingando.

— Volte para dentro. – Repete, dessa vez baixo, o que me deixa com mais medo.

Forço meu corpo para trás, caindo de costas no chão quando consigo voltar. Coloco uma das mãos sobre o nariz e choro alto, sentindo uma dor terrível.

Ouço barulho de chaves, ficando apavorada. Meu coração acelera bruscamente, o pavor toma conta de mim, mas não saio do lugar, não vai adiantar.

Ele desce cada degrau devagar, sabendo o que está me causando. Seus passos se aproximam cada vez mais, e quando o vejo de forma turva em minha frente, soluço alto, fungando em seguida.

Ele ri.

O maldito ri!

— Eu adorei matar aquelas duas, mas torturar você... está sendo maravilhoso.

Viro a cabeça para o lado, a fim de não ver nem mesmo sua silhueta. De repente, suas mãos estão em minhas pernas, o que me faz gritar e bater nele, porém, isso só faz sua risada aumentar.

— Cadê aquela detetive forte e destemida? – Me provoca. — Aquela mulher determinada que sentava gostoso para mim?

Fico em silêncio, deixando as lágrimas molharem meu rosto.

— Aquela safada que estava dando para o doutorzinho de gente retardada? – Ri.

Fecho os olhos, tentando imaginar o que está acontecendo lá fora.

— Não precisa chorar, meu amor, já vou ligar para a policia.

Não dou ouvidos, não quero ter expectativas de algo que não pode acontecer. Porém, mudo de ideia quando ouço-o.

— Alô?

Olho rapidamente para ele, que sorri e faz sinal de silêncio.

— Jack Bailey. –  Faz cara de entediado. — Sim, estou com ela.

Sento-me depressa, encarando seu rosto. Ele está agachado em minha frente, com a minha única saída na mão. Não posso aborrecê-lo, não posso ser estúpida agora.

— Sem nomes feios, Cornell. Vamos fazer um acordo. – Sorri malicioso.

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