Este capítulo contém descrição explícita de estupro e espancamento. Quem se sente sensibilizado com este tipo de coisa, não leia, por favor!
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Meu corpo está dolorido, minha barriga principalmente. Sinto-a se esfregando contra o chão enquanto algo me impulsiona para frente e para trás.
Quando consigo compreender o que está havendo comigo, começo a me debater contra o corpo que me espreme contra o chão áspero.— Quietinha, meu amor. Eu sei que você gosta disso. – A voz masculina está repleta de uma alegria perversa e violenta.
Minha cabeça está latejando como nunca, influenciada pelo choro e a pancada que levei. O meio de minhas pernas está ardido, como se Jack estivesse fazendo algo além do estupro.
É sujo. Forte. É terrível. Mas é a pura verdade do que está acontecendo comigo. Algo que eu nunca imaginei.
— Jack! – Minha voz não produz um som, e a força que uso para tentar gritar me faz engasgar. — Pare, por favor! Por favor, Jack, não faça isso comigo... – Meu choro se intensifica.
Meu corpo está em choque, não consigo me mexer enquanto o homem que tanto amei um dia se enfia em mim com brutalidade, me machucando.
— Cale a maldita boca! – Grita. — Não finja que não adora quando fodo você assim. – Segura meu pescoço, empurrando meu rosto contra o chão. — Ahh! – Geme alto. — Vou gozar dentro de você, sua puta.
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Ao abrir os olhos, vejo-me ainda deitada no chão empoeirado e fétido. Meu estômago embrulha, e antes que eu possa segurar, acabo vomitando no espaço ao meu lado.
Meu corpo treme quando meu choro explode, estou me sentindo fraca, inútil, culpada.Forço-me a ficar de pé, sentindo uma pontada na cabeça. Levo uma das mãos rapidamente onde dói e vejo sangue em meus dedos. Não deve fazer tanto tempo que estou aqui, pois o líquido vermelho-escuro não secou.
Em algum momento, paro para observar o lugar em que estou. O cômodo é pequeno, possui alguns móveis velhos e sujos que cheiram a mofo. Vejo também uma escada, então caminho até ela e vejo uma porta no início dos degraus. Estou em um porão, afinal. Deve haver uma casa em cima de mim.
Olho para baixo, vendo-me apenas de calcinha e sutiã, então meu choro volta quando lembro-me do que aconteceu. A dor. A tristeza de não ter forças para lutar. A impotência.
Ele pode voltar a qualquer momento e fazer aquilo de novo. Preciso sair daqui o quanto antes.
Olho para todos os lados, vendo apenas uma janela de vidro pequena. Aproximo-me dela, vendo que o chão está bem rente à ela do lado de fora.
Procuro por algo que sirva para quebrá-la, então pego uma das cadeiras que estava ali, cheia de teia de aranha e sinais de velhice. Bato uma das pontas com força, não obtendo sucesso, porém, consigo o que quero na segunda tentativa.Coloco o móvel no chão e subo nela, olhando a rua. Está escuro, molhado e não há ninguém.
Enfio os braços pela janela, seguida pela cabeça e ombros, porém, não consigo mais me movimentar, pois não tenho no que segurar ou algo que me impulsione para fora.— Eu tenho que conseguir! – Sussurro.
Respiro fundo, espalmo as mãos no chão e tento apoiar os pés na parede, conseguindo me mover muito pouco. Bastou o pequeno movimento para que um pequeno caco de vidro que ficou na janela cortasse minha barriga.
— Uh, droga! – Fecho os olhos. — Merda.
Olho para baixo, tentando ver o porão pela fresta entre meu corpo e o alumínio, sentindo uma pressas em meus dedos de repente, o que me faz gritar.
— O que pensa que está fazendo, Samantha?
Começo a chorar sem mesmo olhar para Jack, sabendo que estou presa aqui. Seu pé faz ainda mais força sobre minha mão esquerda.
— Volte para dentro! – Grita.
— Eu quero sair daqui. Me deixe ir embora, seu desgraçado! – Faço escândalo na intenção de ser ouvida, mas percebo a má ideia quando tomo um chute no rosto.
— Cale a boca! – Berra.
Fico tonta de imediato, sentindo meu nariz arder como o inferno. Baixo a cabeça e vejo o sangue pingando.
— Volte para dentro. – Repete, dessa vez baixo, o que me deixa com mais medo.
Forço meu corpo para trás, caindo de costas no chão quando consigo voltar. Coloco uma das mãos sobre o nariz e choro alto, sentindo uma dor terrível.
Ouço barulho de chaves, ficando apavorada. Meu coração acelera bruscamente, o pavor toma conta de mim, mas não saio do lugar, não vai adiantar.
Ele desce cada degrau devagar, sabendo o que está me causando. Seus passos se aproximam cada vez mais, e quando o vejo de forma turva em minha frente, soluço alto, fungando em seguida.
Ele ri.
O maldito ri!
— Eu adorei matar aquelas duas, mas torturar você... está sendo maravilhoso.
Viro a cabeça para o lado, a fim de não ver nem mesmo sua silhueta. De repente, suas mãos estão em minhas pernas, o que me faz gritar e bater nele, porém, isso só faz sua risada aumentar.
— Cadê aquela detetive forte e destemida? – Me provoca. — Aquela mulher determinada que sentava gostoso para mim?
Fico em silêncio, deixando as lágrimas molharem meu rosto.
— Aquela safada que estava dando para o doutorzinho de gente retardada? – Ri.
Fecho os olhos, tentando imaginar o que está acontecendo lá fora.
— Não precisa chorar, meu amor, já vou ligar para a policia.
Não dou ouvidos, não quero ter expectativas de algo que não pode acontecer. Porém, mudo de ideia quando ouço-o.
— Alô?
Olho rapidamente para ele, que sorri e faz sinal de silêncio.
— Jack Bailey. – Faz cara de entediado. — Sim, estou com ela.
Sento-me depressa, encarando seu rosto. Ele está agachado em minha frente, com a minha única saída na mão. Não posso aborrecê-lo, não posso ser estúpida agora.
— Sem nomes feios, Cornell. Vamos fazer um acordo. – Sorri malicioso.
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PSICÓTICA
Mystery / ThrillerPsicótica conta a história de uma mulher perturbada que teve como consequência a internação em um manicômio judiciário. O único psiquiatra da pequena cidade de pouco mais de dois mil habitantes, é Oliver Gutierrez, e ele terá a jovem psicótica como...