einunddreißig

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Estava no bar pegando mais uma bebida, já havia perdido a conta de quantos drinks havia bebido, quando Té Boté começou a ecoar pelos meus ouvidos.

Por ser um reggaeton e ser uma das minhas músicas favoritas não poderia deixar de ir dançar, assim como muitos convidados da festa foram para a pista dançar aquele hino de música.

De mi vida te boté, y te boté
Te di banda y te solté, yo te solté

Se eu pudesse dedicar aquela música seria totalmente ao Reus, que apenas me usou com sua boneca sexual.

Eu cantarolava enquanto rebolava às batidas da música, o álcool já fazendo efeito no organismo.

Foi quando eu senti uma mão na minha cintura, por achar que era de Luka continuei dançando.

— Por que você ainda finge que já me esqueceu, Maria? — a pessoa sussurrou em meu ouvido fazendo eu me separar totalmente dela.

— O que pensa que está fazendo, Reus? — questionei raivosa. — Está louco?

— Por você sim. — se aproximou novamente, e eu coloquei a mão em seu peito o empurrando para longe de mim. — Qual é, Madu! Você acha que ele vai me substituir? — virou meu rosto para o sérvio do outro lado da festa.

— Ele não vai te substituir porque você não foi um nada na minha vida, Marco. — falei séria. — Se enxerga!

Sai deixando o jogador sozinho, quando senti sua mão segurar o meu braço com força.

E antes mesmo de ele fazer algo, só vi Jović o empurrar seu corpo para longe de mim.
— Você está louco? — o sérvio disse alto e nervoso.

Reus não disse nada apenas o empurrou de volta, isso não podia estar acontecendo.

O atacante deu um soco no olho do loiro e aquilo foi o suficiente para eu entrar no meio e segurar o sérvio com todas as minhas forças, enquanto seguravam Reus com um olho roxo.

— Você está bem, Maria? — perguntou preocupado, analisando meu braço para ver se não estava machucado.

— Estou. — respondi calmamente. — Relaxa, Jović, eu estou bem.

— Por que não me chamou, ljubav? — perguntou, segurando meu rosto delicadamente.

— Porque não era necessário, eu estava no controle da situação. — expliquei.

— Ah, tava? — ironizou e eu revirei os olhos. — Vamos esquecer isso, meu presente já chegou.

Franzi o cenho sendo puxada para a frente do palco da festa, aonde Pamella sussurrou algo no ouvido do sérvio fazendo eu estranhar mais ainda.

— O que é que você tanto conversam? — questionei já ficando irritada.

— Você irá ver amiga, espero que goste do nosso presente. — me deu um beijo rápido na bochecha e saiu indo se encontrar com o André.

De repente todas as luzes ficaram apagadas, e uma luz branca ficou focada no centro do palco se amontoando um monte de pessoas.

E assim Ozuna apareceu no palco começando a cantar minha música favorita, e apontando para mim.

Me virei para o jogador que tinha um pequeno sorriso no rosto.

— Não acredito que fez isso por mim! — exclamei alegre, passando minha mão envolta de seu pescoço.

— Tive uma pequena a ajuda da Pam. — apontou para arquiteta que estava junto do português. — Espero que tenha gostado.

— Gostado? Eu amei! Melhor presente que eu já recebi. — lhe dei um selinho.

— Agora, vamos aproveitar o show, porque é seu aniversário. — disse me virando para frente, e me abraçando por trás.

Peguei meu celular e comecei a gravar um stories do show, aquele definitivamente era um dos melhores dias da minha vida.

🇷🇸

Eu pegava mais uma bebida no bar quando avistei de longe o James dar uns amassos com a Giullia, e eu quase joguei minha bebida pra fora.

E assim que procurei Pamella com os olhos a encontrei triste, provavelmente por causa do beijo, e agarrou André o beijando também.

Esses dois ainda vão casar, nem que eu os force.

O colombiano pediu licença para a modelo e veio ate o bar, ao meu lado pediu dois dri martini.

— É sério, Rodríguez? – lhe entreolhei

— O que foi, Maria? — bufou.

— Primeiro, você tira a aliança em menos de duas semanas, depois pega minha amiga na frente dela?

— Não vem me dar sermão porque ela está nesse exato momento se pegando com o ex dela! — resmungou.

— Vocês estão errados em ficar fazendo essa criancices, James! — adverti.

— Tá Maria, que se dane, eu tô cansado.

Vi o jogador pegar suas bebidas e sair me deixando frustada, não aguento mais.

Caminhei até Pamella que estava no colo do português que conversava animadamente com os jogadores do Frankfurt, entre eles o meu namorado.

— Será que podemos nos falar um pouquinho, Pam?

Ficamos mais afastada do grupo, e lhe encarei séria enquanto ela bebia uma caipirinha.

— Sério, Pamella?

— O que? — se fingiu de desentendida. — Ele que tirou a aliança primeiro, Madu! — se defendeu, e eu suspirei.

— Não é desculpa, Pamella! Vocês têm que conversar, não dá pra vocês ficarem desse jeito.

— Ok, Maria! Vamos nos divertir, resolvemos isso depois, tá bom?

— Tudo bem! — sorri fraco quando ela segurou minha mão caminhando de volta até o grupo.

Ibiza começou a ser tocado, era uma das mais românticas do Ozuna, é lógico que eu queria dançar com a pessoa mais especial que eu conheço.

Andei até Luka estendendo minha mão e sendo aceita por ele, e o puxei até a pista.

Eu apoiei uma mão em seu ombro e a outra estava entrelaçada na sua, eu o guiava na dança pois ele ainda não estava solto o suficiente.

— Já falei que você é a mulher mais bonita do mundo? — sussurrou em meu ouvido.

Eu sorri tímida e encostei minha cabeça em seu peito, sendo abraçada pelo o jogador.

— Sou tão sortuda por ter você, você foi a melhor coisa que já me aconteceu.

Aquele momento estava sendo único, éramos como se estivéssemos só nós dois ali, sem mais ninguém.

A conexão que tínhamos nunca poderia entender, mas era melhor coisa que eu já senti e tive.

model | luka jovićOnde histórias criam vida. Descubra agora