Simbiose

21- Pinguins

Olá meninas.

Sim estou de volta, esse capítulo deveria se chamar insônia. Como eu não sei guardar capítulos tomem ele aí de presente.

Beijinhos da Imbiguinha.

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ALEXAAA HOJE EU QUERO ZÉ RAMALHO

PODE ENTRAR COM TODA A ACLAMAÇÃO

SINÔNIMOS

PORQUE EU GOSTO DE MÚSICA PARA SOFRER

Quanto o tempo o coração leva pra saber
Que o sinônimo de amar é sofrer

Lauren estava sentada no chão ao lado da árvore de natal se entupindo com sorvete. Estava chateada e nem sabia ao certo em quem colocar a culpa por aquele sentimento. Provavelmente a melhor opção era que colocasse em si própria, mas isso não melhorava em nada as coisas, era muito mais fácil quando podia colocar a culpa em outras pessoas, fazia a dor doer de forma menos incômoda.

-Olá. – Ally disse, sentando ao seu lado no chão.

Automaticamente já se sentiu mais nervosa, a mulher a deixava intimidada apenas por existir. Alguma coisa na aura de poder da loirinha a deixava inibida, era um tipo diferente de poder, não funcionava como Camila que atraia e deixava a mercê, era algo que impunha respeito. Provavelmente a mulher tinha poucos anos a mais que ela e mesmo assim lhe fazia agir como agiria com seus pais.

Um pouco envergonhada limpou os prováveis resquícios de sorvete que tinha na boca, tentando se sentar de forma correta, ajeitando a coluna. Ally mantinha-se tranquila, observava a festa que ainda ocorria fora do cantinho em que estavam. Karla havia acabado de ir embora, mas todos os outros ainda estavam no local entre conversas animadas e brincadeiras.

- Posso te dar um conselho?- Ally perguntou com cuidado, Lauren assentiu devagar, gostava de conselhos, mas aquela noite estava um tanto chateada demais para lidar com mais coisas sérias.

-Você é sensível, Lauren. Sente as coisas de forma genuína e deixa que isso guie suas ações, as vezes isso é uma benção, é bonito ainda ter essa capacidade. Mas de vez em quando, pode fazer com que se veja inserida em coisas muito complicadas que um pouco de raciocínio iria evitar.

Lauren sentiu as bochechas esquentarem, Ally sorriu carinhosa como se garantisse que aquilo não se tratava de uma reprimenda.

-Camila e Karla são complicadas, e estar relacionada com as duas é mais complicado ainda. Eu percebo seus sentimentos e os delas, não sei como isso vai se desenrolar, com quem você vai ficar e mais uma porção de coisas. Mas sei que será complicado, mais do que você imagina, então entre nisso sabendo como vai ser e tenha certeza que pode contar comigo para tudo, quando tiver as perguntas certas eu ficarei feliz em dar as respostas que eu puder.

No aroma de amores pode haver espinhos
É como ter mulheres e milhões e ser sozinho

As palavras chamaram a atenção de Lauren que prendeu os olhos verdes na baixinha. Perguntas certas? O que ela queria dizer com aquilo e por qual motivo não dava logo as malditas respostas? Não que achasse que fosse ajudar em alguma coisa naquele momento, estava mais curiosa do que qualquer outra coisa.

Aproximou-se de Ally com os olhos arregalados e a loirinha riu de forma gostosa se divertindo com sua curiosidade impossível de disfarçar. Ela tomou um dos enfeites da árvore em mãos antes de assumir um olhar distante.

-Eu aprendi que certas coisas precisam acontecer de forma natural, Lauren. Se acalme, vai ficar tudo bem. Eu conheço minhas amigas o suficiente para saber que elas nunca foram essas pessoas que são com você, isso deve significar algo.