Simbiose

18- Pteranodontes

BOA NOITE

VÃO ESCUTAR O ROMANCE.

THIIIIIIS LOOOOVE, CALLIIIINGG MY NAAAAMMME

GEETT OUUT OOOF MY VEEEINS 

Hino demais essa música

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-Lauren?!!!

Por alguns segundos a ilustradora ficou tão confusa quanto a professora que a encarava totalmente em choque. As duas apenas desviaram os olhos uma da outra quando ouviram passos apressados e a porta do quarto se abrindo com um estrondo.

Mercedes e Alejandro entraram no quarto quase correndo com expressões assustadas. Os dois pareceram analisar Karla dos pés a cabeça com extrema atenção e expressões aterrorizadas. Ao perceberem que a mulher estava fisicamente bem, passaram os olhos pelo quarto em confusão. Apenas depois de ter dois pares de olhos arregalados em sua direção foi que Lauren se deu conta dos trajes que vestia, ou a falta deles.

Se escondeu o mais rápido que conseguiu embaixo das cobertas, inclusive a cabeça, estava envergonhada demais para lidar com aquele momento. Seu estômago chegava a doer com o embaraço do momento. Ouviu Alejandro brigar com a filha de forma abafada, algo sobre não gostar que fizessem aquelas sem vergonhices em sua casa e suspirou diante das negações da professora. Sabia que era mais fácil morrer do que enfrentar aquele momento, mas precisava esclarecer as coisas.

Colocou apenas a cabeça para fora atraindo a atenção dos três. Karla estava totalmente corada e confusa, Mercedes tinha um sorrisinho suspeito no canto dos lábios, parecendo se divertir com a cena, e Alejandro era o pior, seus olhos faiscavam com raiva e a mandíbula deveria estar prestes a partir tamanha a força que apertava.

-Camila me trouxe para cá, não foi Karla.

A professora abriu a boca em choque assumindo o mesmo ar raivoso que o pai, enquanto Mercedes ampliava os olhos, olhando atenta dos patrões para Lauren, como se estivesse assistindo um filme muito interessante.

-PARA MINHA CAMA?

Lauren engoliu em seco, não achava que teria tempo suficiente para explicar antes de sua morte iminente. Karla tinha a mesma expressão do primeiro dia em que se conheceram, não, aquilo era consideravelmente pior. A olhava como se Lauren tivesse construído o muro que separava o México dos Estados Unidos, como se fosse o braço direito do Hitler, como se tivesse realizado campanha eleitoral para o Bolsonaro.

-Não..não, assim não. Não aconteceu nada, ela só me trouxe para cá.

Alejandro soltou uma risada sarcástica, voltando para sua expressão enigmática habitual. Olhava para Lauren como se fosse a criatura mais patética que viu na vida e provavelmente era aquela a opinião que tinha.

-Vocês estavam fazendo a noite do pijama em suas lingeries?

Lauren fez uma expressão confusa e logo negou com a cabeça sentindo as bochechas esquentarem. Se perguntava quantos pecados dos seus pais precisaria pagar ao longo da vida, não era concebível que tudo aquilo fosse decorrente de suas próprias ações, tão pouco tempo de vida não era suficiente para tantas faltas.

-Não..a lingerie...Jennifer...Jennifer me deu ela.

Karla apertou os olhos negando com a cabeça, parecia sentir algum tipo de dor física. Mercedes havia abandonado o sorrisinho, estava genuinamente chocada aquele ponto, até procurou uma cadeira para sentar-se.