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Ele semicerrava os olhos e, arrisco dizer que escondia um sorriso, deve tá se perguntando como vai me dar os parabéns, passei pelo mesmo quando ele saiu as três da manhã do quarto da Nathasa a uns cinco anos atrás, tendo uma blusa no ombro, as costas toda marcada e segurando o par de Havainas brancas e um das mãos. 

Victor: Admito que quero cinco minutos de porrada sem perder a amizade - disse apontando o taco de bilhar na altura do meu rosto 

Kauã: Decide ai meu querido, temos todo o tempo do mundo, só lembra- se do quão maneiro eu fui com tu quando rolou a mesma coisa - respondi em tom de soberania 

Victor: Já sabemos que essa porra que vocês tão tentando de novo é pra valer né? perguntou colocando o taco em cima da mesa, de fundo percebi as meninas se entreolharem antes de saírem em direção a sala 

Kauã: Se sabe que isso que a gente tem é pique você e a minha irmã, mano, amo a loira demais - confessei encostando nas costas do sofá observando o debruçar os braços na altura do peito 

V I C T O R

Ficamos conversando por uns dez minutos ali, finalmente estamos igualados com relação as nossas relações com a irmã um do outro, é complicado decretar que já temos cem por cento de certeza do que somos, ou o que queremos realmente, mas ambos estamos completamente fodidos e apaixonados, não tem como continuar fugindo.

Kauã continuo batendo na tecla de que o filho da mandada ruiva lá não é dele, mas se for também, vai continuar com a Laís, mas vai cobrir com todos os direitos e responsabilidades de ser pai, filho é pureza, não carrega as consequências de pais ferrados.  

Assim que chegamos na cozinha, a Nathasa mexia na louça na pia, e a Laís guardava os copos em baixo micro-ondas, observando-as posso declarar sem nem pensar duas vezes, sortudos pra caralho!  

Kauã: Voltinha de lancha hoje? perguntou alto para que elas também ouvissem

Victor: Animo em, essa madrugada a gente já volta mesmo - respondi abraçando a morena por trás depois de perceber que ela já tinha terminado 

Nath: Oi? porque? perguntou se virando 

Victor: Me ligaram informando que rolou um bagulho lá, nada muito complicado, os dois conseguiram meter marra pra cima do Matheus - respondi sem perceber o nome de merda que mencionei

Nath: Matheus? Eu vou matar esse puto algum dia ainda - confessou irritada 

Laís: Duas! 

Kauã: Três! 

Victor: Decretado, levaremos ele pra vermelha e cada faz aquilo que quiser com o desgraçado! afirmei batendo palma 

Todos riamos, mas no fundo eram risadas com um fundo de verdade, acho que todos somos loucos pra catar o Matheus no pau, na bala ou no soco mesmo.
Logo as duas subiram conversando e indo em direção ao quarto pra trocar de roupa, fizemos o mesmo, na real era só colocar um chinelo mesmo, porque que é maluco ao ponto de andar de chinelo dentro de casa?

Não demorou muito pra sairmos de casa, corri atrás da garagem catar uma prancha, vai que a gente pega algumas ondinhas só pra fazer graça, as duas são as loucas das fotos então lá estavam posando no painel de flores que fica ao lado do portão, não sou o maior fã de postar as coisas na internet, por isso raramente subo alguma coisa no Twitter, tem quase ninguém lá mesmo! 

Pegamos o barco na orla, e zarpamos para dentro do mar, definitivamente sem saber pra onde!

Paramos no meio do mar, só pra no final eu mesmo conclui observando o mesmo, que na realidade que não somos porra nenhuma em lugar nenhum e em ocasião alguma, não conhecemos o mar todo, nem o céu, quem dirá o espaço... então se sentir soberano e dono da razão não passa de ilusão! 

O Meu Morro do Alemão (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora