V I C T O R
Favela de Heliópolis - São Paulo
Kauã: Tá doidão? - gesticulou alto com o braço direito do Vargas
Vargas: Aquieta teu cachorrinho ai Victor - falou alto me olhando do outro lado da mesa
Lancei um meio olhar pro Kauã que naquele momento era hora de calar a boca e parar de ficar disputando território com o "cão de guarda" do Vargas.
Victor: Vai demorar muito pra você entrar em consenso com sigo próprio? perguntei cruzando os braço
Vargas: Tu tem noção do que está me propondo? perguntou mais um vez
Victor: Sim, só sequestrar um dos maiores carros fortes do Brasil, e recolher a carga pra gente, isso, semana que vem se possível - respondi tranquilo e seguro
Vargas: Posso perguntar porquê? Tá passando necessidade? Eu te faço um empréstimo, precisa pagar tão já não, é moiada essa ideia sua - gesticulou do outro lado da mesa
Victor: Porra Vargas, não fode, tô te dando todos os planos pra tudo sair conforme o correto, peida não, tu nunca arregoou um assalto, só pode ser sacanagem, o que tá te impedindo?
Vargas: Eu tô pra me amarrar no final desse mês, tenho um filho a caminho e outro que dependem de mim, quer mais alguma explicação?
Victor: Tu não era assim meu mano - respondi negando com a cabeça
Vargas: Vou confiar em ti, se eu senti que vai dar um B.O muito grande, te deixo lá pra morrer sozinho, papo reto.
Victor: Tranquilo, agradeço desde de já por topar fazer essa comigo - respondi levantando a mão pra "selar" acordo com ele
Vargas: Até acho que dá, mas vou ficar na reta guarda, fecho a avenida e seu pessoal assume daí pra frente, jaé? perguntou arqueando as sobrancelhas e tendo sua mão parada no ar
Victor: Jaé um bom começo, me libera só uns dois homens seu, que dá pra fazer uma bagunça maior - acrescentei enquanto apertávamos definitivamente nossas mãos
Vargas: Valeu pela visita, e pela oferta, quero um presente dos grandes no casamento viu moleque - acrescentou enquanto a gente se despedida
Victor: Tá né, vou deixar na mãos da Nathasa, ela gosta da Juliana, de quebra vai querer da presente pra menina que ela tá esperando - mencionei fazendo toque, em seguida bati os olhos com o pouca sombra do Vargas
Kauã também se despediu e não demorou muito pra que aparecessem dois caras de motos pra nos escoltarem até o centro da cidade.
Dentro do carro, do lado do passageiro nos bancos da frente, comecei a mexer ansioso no celular.
Victor: Estranho - resmunguei pro Kauã prestar atenção
Kauã: Nada até agora? perguntou olhando pra frente
Victor: Nem dela, nem da Laís, nenhum dos moleques gritando por ordens, algo de errado, está errado - respondi ainda procurando alguma coisa
Kauã: Elas pegaram a chefia, e a única solução - respondeu em tom de afirmação
Victor: "Nananinanão" não consigo, na verdade - em contradição logo voltei a dizer - elas não são malucas a esse ponto!
Kauã: Você realmente não conhece essa mulher que chama de sua, e nem a que é sua irmã!
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O Meu Morro do Alemão (EM REVISÃO)
RomanceNo Morro do Alemão... Um lugar de muitas putas, mais só uma é considerada fiel! Muitos querem ser gerentes, mais só devemos respeitar um dono! Claro que tem muito dinheiro, muita droga, e muito barulho!