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V I C T O R

Naquele momento fiquei puto, bolado e fodidamente estressado com o Kauã.

A Nathasa já tinha me mandado mensagem avisando que tava subindo acompanhada da Laís que segundo a mesma não demostrava reação nenhuma depois o Gustavo sem querer abriu a boca, e aqui o Kauã disse logo em seguida iria embora pra casa, mas pra não rolar desencontro o tranquei aqui até as duas chegarem!

Segurem o Alemão!

Não estamos caminhando pro um final muito bom, certeza que vamos acabar fodendo e machucando uns aos outros!

O Kauã já tinha andado a sala toda até que o fiz sentar na porra da cadeira sobre ameaça
-Mano qual foi? Tá afim de abrir a porra do chão pra se esconder?

Entreguei uma garrafa de água pra ele, que simplesmente não tomou! Engoliu o líquido gelado! Me sentei na cadeira da ponta e não demorou muito pra avisarem no rádio que as duas estavam entrando, quero acreditar que a morena veio acalmando minha irmã pelas três ruas que andaram sobre a recusa insistente da Laís de querer carona de qualquer um.

Kauã mantinha a cabeça baixa, deve ser foda começar a querer correr no certo e do nada tomar uma rasteira, tudo bem que ser pai deve ser incrível, quando não é seu e se for que seja da mina que cê ama, não dá puta que se comeu na hora do estresse!

Laís: Onde aquela desgraça tá? perguntou assim que abriu a porta

Victor: Calma aí fera, ela foi pra casa dela, o papo é entre vocês dois, eu e a morena já vamos meter o pé também! falei enquanto a Nathasa encostava a porta e em seguida arregalava os olhos

Nath: Só respirem por favor, não aumentei a porra da história, mas também não poupem detalhes, jaé? finalizou se sentando no meu colo

Kauã: Melhor vocês ficarem, por nós quatro mesmo - pediu nós olhando

A Laís voltada do frigobar com duas garrafas e a mesma já parecia mais calma, se sentou na outra cadeira do outro lado da mesa, e como essa cena parecia uma audiência em tribunal, a Nathasa em seguida se sentou em outra, do meu lado da mesa, e assim ficamos, Kauã no meio, Laís do outro lado um pouco afastada e eu e Nathasa um mais tenso que o outro sem saber o que falar.

A mesma percebendo que ninguém iria falar primeiro, e com ela é a pessoa mais razão de nos quatro, inflou um pouco de ar e abriu a boca pra começar a falar, na minha cabeça a seguinte frase se ecoou.
'BOA SORTE FILHONA'

Nath: Qual a probabilidade de ser seu? perguntou olhando para ele

Kauã: Caralho Nathasa, não vai me dizer que se acredita nisso - respondeu abaixando a cabeça

Victor: Quantas vezes se comeu ela? Porra a gente já tínhamos conversado! Cadê o nosso pacto? Foi pro saco seu bosta? perguntei interrompendo e elevando o tom

Nath: Segura essa sua emoção porque já fique sabendo que tu também andou catando ela no seu tempo livre - mencionou me fazendo revirar os olhos e ficar quieto

Kauã: Fiquei com ela pouco mais de uma vez e foi quando a Laís ficou com Lina, estava chapadão e como se sabe com puta só se transa com camisinha, só que se pá aquela desgraçada furou a camisinha pra dar essa merda toda, só que vou continuar batendo na tecla de que não é meu até sair a porra do de sangue - respondeu levantando a cabeça com os olhos cheios de lágrimas em seguida olhava a Laís que já tinha bebido os dois copos de água

Laís: Estamos de viagem marcada e você vai resolver tudo isso o quanto antes, e assim que voltarmos você vai resolver essa merda toda, fiquei com Lina e o mesmo não me engravidou porque sou responsável diferente de você, e mais... se aquela filha da puta tiver de caô, saio raspando aquilo que a mesma chama de cabelo pelo morro todo e com você vamos nós resolver em casa - finalizou antes de cruzar os braços e mostrar que não falaria nada mais que aquilo

Victor: Se o filho for seu vai dar o sobrenome? perguntei fazendo a os três se entreolharem atentos

Laís: É óbvio que vai e além do mais vai ser um pai do caralho para essa criança que não tem nada haver com as merdas e lugares horríveis em que o pai dele enfia o pau, terminei aqui! - finalizou levantando pra buscar mais água, garota hidratada do caramba, mentira só tá bebendo mais água porque está completamente nervosa, mas se continuar nesse pique se virar certeza que dá pra encher uma caixa de água

Nath: Não tem porque não, iremos amar essa criança do mesmo jeito, só não quero aquela aspirante a biscates nas nossas festa de família, nem me chamando de cunhada, não quero sentir seu cheiro em churrascos com a galera e nem ter o prazer de colocar seu nome no sorteio de amigo secreto, tá avisado? perguntou nos fitando atenciosamente com o olhar

Kauã: Fé que não é meu não! Meu herdeiro vai vim gatinho e vai ser gostoso que nem a mãe e o pai dele, né loira? falou fazendo bico pra receber beijo
A mesma mandou o dedo pra ele e assim mudamos de assunto, não tem porque ficar rendendo algo que ainda tá no começo e pode muito bem ser de qualquer outro fodido desse morro e até mesmo de outro.

Victor: O negativo vem e a gente comemora transando, beleza? falei batendo na mesa pra chamar a atenção

Nath: Vai ser podre assim lá longe homem, acho melhor começarmos a praticar a castidade, tem missa domingo vou te arrastar - disse me dando dois soquinhos no braço

Ficamos conversando mais algum tempo até que olhei no relógio é percebi que por hoje tava pago, a burrada do Kauã já tinha tomado a tarde toda, as duas estavam demostrando cansaço já, avisei os vapores debaixo que ia pra casa e que pelo resto da noite quero ninguém enchendo o saco!

Tem hora que cansa ser patrão!

O Meu Morro do Alemão (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora