N A T H
Sentei na cadeira da ponta e cruzei os braços observando eles, me observarem.
Kauã: Voltou quando?
Nath: Hoje mais cedo, foi mal por não ter avisado que tava pra voltar - confessei chegando mais perto e abaixando a postura
Anjo: Vai continuar comandando isso aqui?
Nath: Mais respeito aí que isso aqui, olha - mencionei fazendo sinal com os olhos apontando pra ele, logo continuei - paga você, e sim, vou continuar a frente!
Lina: Festinha pra comemorar?
Nath: Hoje não, tô querendo ficar quietinha hoje, mas final de semana vamos no Posto 6, jaé?
Anjo: Beleza, borá na oito buscar um dinheiro - respondeu tocando o ombro do seu irmão, na cadeira do lado
Kauã: Fé pra vocês lá - mencionou quando fez toque com o Lina e depois o Anjo que fizeram sinal com a cabeça pra mim e em seguida pro Victor, que desde da hora que eu entrei, ainda não falou nada
Assim que os dois passaram e depois bateram a porta, Kauã lançou olhares curiosos tanto pra mim, quanto ao Victor, que brincava com um daqueles negócios coloridos cheios de bolinhas que serve pra absolutamente nada, mas é vendido como anti-estresse.
Nath: Qual o problema Kauã?
Kauã: Se lá Nathasa, tá estranho isso aí, vai saber a te quando cê vai ficar, até quando cês vão tá nessa mesa ou qualquer ambiente sem discutir, terminar e brigar, e aí cê vai ir de novo, e depois de um tempo volta, e aí um mês depois, acontece a mesma coisa de novo, e de novo, sabe o que eu tô falando né, aquele mesmo ciclo de sempre - mencionou gesticulando com a cabeça
Victor: O que isso tem haver com você? perguntou levantando o olhar pro meu irmão que estava sentado a sua frente
Kauã: Aqui e agora, eu vou confessar uma coisa só, se acontecer mais uma vez, eu juro pra vocês, bato o pé lá na Central, e desbanco você, até se "recuperar" ou pra sempre, fica á seu critério - afirmou colocando as mãos em cima da mesa
Nath: Que porra é essa Kauã? De onde brotou toda essa pose? respondi grossa entreolhando fundo o meu irmão
Kauã: Não é pose, só tô avisando que se ele não começar a agir como patrão, eu bato o pé sem nem pensar duas vezes, quer chamar de golpe de estado, traição ou os caralho a quatro, pode chamar, eu vou continuar dizendo que é preocupação, com todos aqueles que moram aqui e os que trabalham, não com o próprio pau! respondeu tranquilo, como se já tivesse ensaiado esse discurso a muito tempo
Victor: Desde de quando cê tá com essa ideia de me apunhalar pelas costas? perguntou cruzando as mão em cima da mesa
Kauã: Desde de que você começou a pensar com a porra da cabeça de baixo, mano, cê tá ligado que você tem vinte quatro anos né? é dono de um morro? e é procurado pelo Rio todo por ser suspeito de matar um outro dono também né? assume seu papel porra, volta a agir como homem e não moleque, e isso aí - continuou dizendo enquanto nos apontava - ou se fortalece de uma vez por todas e fazem isso dá certo pra ambos, ou sinto muito dizer, vocês tão se destruindo e sabem que é melhor terminar, por que antes a razão do que o tesão! finalizou voltando a relaxar na cadeira
Nath: Quem você matou? perguntei me referindo ao o que acabei de escultar
Kauã: Cê ainda não ficou sabendo?
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O Meu Morro do Alemão (EM REVISÃO)
RomanceNo Morro do Alemão... Um lugar de muitas putas, mais só uma é considerada fiel! Muitos querem ser gerentes, mais só devemos respeitar um dono! Claro que tem muito dinheiro, muita droga, e muito barulho!