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N A T H

Depois de botar um sorriso no rosto por aproximadamente duas horas acompanhando a Laís, em sorveteria, loja de sapato e pet shop, sim até pra ir ver a adoção de cães e gatos ela me levou, ponto pra ela que sabe que não resistiria a isso. 

Dentro do carro dela, voltando pro morro, enquanto ela dizia coisas aleatórias em cima de notícia ruim e babado sem graça, continuei rendendo até perceber que perguntei sem pensar. 

Nath: Ele tá com que biscate? perguntei ainda olhando pra frente, em seguida ela riu e soltou 

Laís: Nenhuma, tá conversando só - nesse momento, olhei pra ela que parecia estar realmente falando a verdade 

Nath: Com quem? perguntei sem expressar reação 

Laís: Uma conhecida antiga da gente - pausa - Na verdade só dele, acredito que nem seu irmão conhece a garota - finalizou desligando o rádio, e virando o carro na viela que dava acesso ao Alemão, volteia olhar pra frente e avistei a barreira da entrada 

Não quis continuar aquela conversa por muito tempo, pois mesmo confiando muito nele, me pego realmente duvidando da nossa relação, será que podemos confiar um no outro? 

Vamos dar um voto de confiança, e deixar que ele volte, pois acredito que ainda saiba do "compromisso que tem comigo", sobre passarmos a virada juntos. 

De novo e de novo pensando e duvidando sobre nos dois, Deus socorro? 

Laís parou na barreira pra fazer conferência com os meninos que estavam em serviço e logo agradeceu aqueles que foram de moto fazer nossa escolta na pista, nem abria a boca pra ninguém, minha cara de bosta entrega, sem tempo pra render muito assunto.

Assim que aceleramos pela rua um, e depois a dois, subindo por todas elas de maneira quase que como se fossemos um carro alegórico de escola de samba, a dois quilômetros por hora. 

Nath: Me deixa na vinte e dois - pedi já sabendo como passaria meu tempo, se ele tá sem pressa, me encontro com menos ainda

Laís: Já são quase sete horas Nath, vai fazer essa porra agora mesmo? completou completamente "confusa" depois da minha afirmação, apenas revirei os olhos, antes de mandar com os mesmo que me levasse pra lá 

Será que é difícil que me entendam ou colaborem comigo também? 

ao mesmo tempo... 

V I C T O R 

Victor: Vou vazar minha linda - respondi assim que o filme terminou e observei a hora no relógio, tarde pra porra já, Nathasa deve tá puta da vida 

Logo ela revirou os olhos mas entendeu e mencionou que minha mina, deve ter roda o morro todo atrás de rastros meus. Respondi a tranquilizando que Nathasa é esquentadinha mais não louca, amo do jeitinho que é. 

Assim que levantou me mostrou a foto que tinha postado no status e me abraçou agradecendo por ter vindo ver-lá e pelas conversas finais que tivemos. 

Victor: Vai na fé, e se precisar dá um grito que dou um jeito de ir te buscar - mencionei na porta depois de abraçar-lá e perceber que a mesma tinha lágrimas nos olhos 

Agora não me restam dúvidas, ela só voltou pra colocar um ponto final na nossa história, encontrou a felicidade na Itália, mas precisava vir até aqui pra me contar e dizer que finalmente está tudo bem. 

A felicidade dela me importa, mesmo sendo grosso e até as vezes estupido com certas coisas, essa mulher, ainda garota, com os seus vinte e um anos merece a paz. 

Parte de mim vai se culpar eternamente por ter brincado com seus sentimentos algumas vezes, ter feito-a chorar em outras, mas dormirei em paz essa noite por saber que ela me perdoou e que seguimos em frente, depois de anos, sozinhos, mas ainda assim sabendo que se precisarmos de colo ou só de cinco minutos sem pensar em nada e nem em ninguém, podemos ligar, mandar mensagem ou só se encontramos. 

Victor: Foi um prazer te rever depois de um ano, apesar que contando tudo assim, sem aqueles encontros necessário, ficamos cinco anos sem nos vermos, te amo linda - afirmei beijando sua cabeça, e sabendo que o cheiro de morango do seu condicionar me carregaria em memórias por alguns anos ainda, e além do mais anos completamente felizes e diferentes 

Em resposta ela me abraçou, me disse algumas poucas palavras quase que como um sussurro intimo, tornando aquele momento, só nosso.
Finalizou me abraçando mais uma vez e dizendo que foi um prazer me ter em sua vida. 

Status ON

tchau meu neném, a nossa história foi linda

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tchau meu neném, a nossa história foi linda. 

Status OFF

Agora não me restam dúvidas, amo somente uma mulher nesse mundo, ela é a porra da minha vida toda, preciso da gente pra sempre. 

Montei na moto, e me peguei pensando que talvez tenha sido uma ótima escolha deixar o celular na central, e vir de peito aperto, colocar um ponto final, nisso que começou quando eu tinha treze anos, e ela doze, eramos felizes. 

Foi um prazer te ter na minha vida também, Rafaela! 

Passei pela barreira na entrada, chegando sem muito problema, e estava na hora da troca, porra oito horas já? Fodeu, ou eu termino o dia morto, ou sem mulher, qual é pior?

Sem ela com certeza! 

Acelerei até a casa dela, assim que larguei a moto na entrada, não avistei a dela, e nem o carro da Laís na entrada.
Desligue o motor e abri o portão, passei pelos fundos e observei as luzes acessas, boa, gente em casa! 

Victor: Nathasa - gritei abrindo a porta 

Kauã: Tá cedo não meu mano? respondeu descendo as escadas 

Victor: Que quê pega? perguntei observando os lados pra ver se a Nathasa saia de algum canto 

Laís: Tá aqui não Vic, sobe a vinte um, tá lá tem mais de uma hora, trouxe ela pra cá, mas deu nem tempo, ligou a moto e vazou - respondendo todas as minhas perguntas finalizou gritando lá de cima 

Kauã: Vai zé, e trás essa garota, por que a gente precisa subir, e não enrolar demais - respondeu me tocando pra fora 

Porra, a gente ainda tem que cê arrumar pra virada, o Deus socorro?

O Meu Morro do Alemão (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora