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quebra de tempo... 

Ano - Novo
Complexo do Alemão

V I C T O R

O dia já tinha começado a milhão, suspeita de confronto conta o Salgueiro, na real é mais entre eu e o Matheus, ele meio que saiu gritando por todos os cantos que descarregaria um cartucho de fuzil se me visse por aí, isso tudo por que devolvemos a prostituta favorita dele, que carrega um filho dele! Devolvemos a mandada careca e humilhada dentro de um carro amarrada lá no meio da praça dele, lugar de onde ela nunca deveria ter saído, ainda não entendo como a gente não percebeu logo de cara.

Nathasa, que foi a responsável de nos mostrar tudo, em um belo dossiê, feito pelos contatos dela na polícia, no hospital e até mesmo dentro do próprio Salgueiro tem gente que ela conhece. 

A mulher desenrola. 

E a mesma até tentou se meter junto da Laís, no meio da nossa mini vingança, ainda foi pouco, ela que agradeça ao filho que carrega todos os dias por ter salvo sua vida, hoje, deixando claro, por que também mencionamos, que se ela ousar subir aqui, ou mexer com qualquer um dos de cima, e de daqueles que amam, vai assumir as consequências! 

Não perdoo, estupro em qualquer idade e assalto aqui dentro, de resto, ou segue as regra, ou é tortura até certo ponto, depois sinto muito, a cova te espera, ainda vamos fazer muito te enterrando, isso se tu for alguém conhecidinho, parceiro ou de cima, por que quando não é, meu querido, é só taca fogo dentro de uma caçamba.   

Radinho ON 

Victor: Aê "menozada", como já tinha deixado claro, não dá pra liberar a mesma galera do Natal, e além do mais, depois desse gritinho de puta do Matheus em querer subir aqui, ouviu rojão é geral em posição daquele jeito que a gente já tá ligado, beleza?

Santos: Fé patrão - afirmou, depois de um minuto, em seguida, pude escultar a galera só "bipar" como quem também entendeu 

Victor: Fé pra geral, comam pra caralho, não me deem trabalho, e como já tão ligado, a luz vermelha acendeu? 

Lina: Sem sexo na porra da casinha, só espero que cê não deixe ligado o feriado todo Vic, igual ao ano passado, se fode, gastei quase quatrocentos reais em motel ano passado 

Anjo: Deixa a Bá escultar isso, vai passar a vira chupando o próprio pau. 

Radinho OFF 

Deixei eles falando sozinho e vazei, ainda preciso descer buscar um negócio na barreira, e ir na três resolver uma maluquice que me acionou logo de manhã, que não chegue aos ouvidos da Nathasa essa parada, por que aí quem vai ficar no seco, sou eu! 

Bati cartão no computador, transferi dinheiro pra carregamento novo, e depois desliguei, me preparando pra sair, bati a porta depois de desligar a luz e passar a chave na tranca. 

Desci as escadas vendo poucos vapores na sala, um cheirando uma carreirinha, outro puxando um em uma note de cinquenta e outro separando dinheiro em bolinhos, provavelmente passando a limpo quem pagou e quem não pra ser cobrado na próxima quinzena. 

Fiz legalzinho em cumprimento e assim que passei pela porta, avistei alguns descendo com fuzil nas costas, provavelmente tá na hora de trocar o turno na barreira, caminhei até a calçada e depois de subir na moto, acelerei até um bairro não muito longe daqui. 

O Meu Morro do Alemão (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora