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Duas semanas depois


N A T H

Melhor época do ano para quem tá solteiro, levando em conta que nesse momento eu e Victor não pontuamos nada além das ficadas rotineiras sem compromisso algum. 

Os dias onde todo mundo vai para as ruas, fica dançando, se pegando, e está fantasiado e bebendo muito, mas falando assim parece que só o de rua é legal, e tem sua energia, mas admito que meu coração fica nas concentrações e ensaios das escolas que desfilam no Sambódromo ao final do mês, tento comparecer na grande maioria de ensaios, beber uma caipirinha e ouvir um samba nunca deixará de ser bom. 

Portela de coração, sempre e para todo o sempre! 

Ainda faltando alguns dias pro desfile do grupo especial, só resta aproveitar os de rua até lá, fechamos um camarote completamente open de comida e bebida, então ansiosa é o que estou, só os mais próximos como sempre. 

Acordei sozinha em casa, com o celular perdido pela cama "gritando", provavelmente já tá tarde e estão me procurando. 


Ligação ON

- Dá o papo 

Porra Nathasa levanta, tá de bela adormecida? -

- Fale Laís Dummond 

Tá capotada na sua casa? -

- Talvez gata, por?

Vem abrir essa merda de porta -

- A chave do vaso 

Não tá aqui, e se tivesse eu já teria entrada cê não acha não? -

- Tchau Laís 

Ligação OFF


Levantei sem nem pensar em que caminho precisava fazer pra chegar até a porta, descendo as escada amarrei em um rabo o cabelo, e sem nem abri um sorriso, passei a chave do lado de dentro, dei espaço e pisando fundo logo a Laís passou pela porta da frente. 

Laís: Eu ainda mato o seu irmão - gesticulou se jogando no sofá 

Resmunguei em resposta da cozinha, e lá continuava caçando uma cápsula de café ou chã, preciso beber e comer alguma antes de tudo, não sei que horas são, mas vou chamar de café da manhã ainda. 

Laís: A gente marcou de ir escolher as cores para a cerimônia e ele simplesmente saiu de noite com o Victor, e até as oito não tinha aparecido, ai pra mais desse horário me ligou pedindo pra remarcar, por que talvez iria direto pro plantão - finalizou bufando alto 

Nath: Cê acreditou? perguntei segurando minha xícara de expresso sentando no braço do sofá 

Laís: Claro que não, a gente sabe que eles tão na casa da rua quatro, dormindo depois de terem ido pro porão de jogos da casa Rael, o que me deixa mais puta da vida - confessou sentando 

Nath: Quer fazer o que? perguntei voltando com um pão com queijo da cozinha 

Logo comecei à subir e ela me acompanhou afirmando que ia ficar calminha por agora, tá afim de armar barraco não, e já complementou dizendo, que o que é dele tá guardado. 

Nath: Medo! respondi enquanto ela se jogava no braço do sofá e eu ainda com o pão ia em direção 

Continuamos jogando conversa fora, e enquanto fui tomar um banho pra que depois, a gente fosse dar um volta pelo Complexo antes de descer pra avenida principal. 

O Meu Morro do Alemão (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora