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 salto temporal ; pela manhã, véspera de Natal 


L A Í S

Apartamento da Bruna 

Bruna: Amiga, pode ir pra casa tomar um banho já me ajudou demais aqui, eu ainda vou te ir buscar o presente do amigo secreto e o bolo que a Nath exigiu, antes de todo mundo começar a chegar aqui mais tarde - mencionou fechando a porta da sacada depois de ter terminado de secar 

Laís: Cê tu insisti vou ir mesmo, Kauã avisou a uns dez minutos que tinha mandado alguém vir me buscar, quer carona pro shopping? respondi sentando no braço do sofá 

Bruna: Pode ser, vou catar um sapato e aí a gente descer - afirmou se metendo pro quarto 

Tirei o celular do bolso pra passar tempo no Twitter ou no Instagram, mas sem tempo, Nathasa mandando mensagem, aí o Natal... 


mensagem ON 

- Tomamos no cú loira, mas da pior maneira possível! 

Que quê pega? -

- Porra tô no ódio, a gente dormiu no ponto legal

Fala logo garota -

(a conversa continuou mas ao mesmo tempo em outro lugar)   



M A T H E U S 

Morro do Salgueiro 

Deitado na sacada do meu quarto, esperando a campainha tocar, até mesmo a porta abrir de "sopetão" pra descer ver a mina não tem o costume de bater quando vem ainda mais, sem avisar. 

Logo avisaram no rádio que ela tinha saído do escritório e estava subindo, resolvi fazer a boa vontade do dia, e desci pra que ela não tivesse que subir a escada carregando uma criança de quase quatro meses na barriga. 

Assim que me joguei no sofá, e comecei a assistir Sr. e Srª. Smith que passava em algum canal perdido, ela abriu a porta, passou por ela, jogou o chinelo em algum canto ali perto e antes de vir até mim, fechou a porta e passou na cozinha pegar um copo de água. 

Matheus: Cê eu não soubesse sobre você até mesmo sem você saber, nesse momento, ou eu estaria te pressionando na parede tendo minha mão em seu pescoço até o ar ir embora, ou seria a glock que fica na mesinha do canto - falei alto enquanto ela voltava com o copo de água entre os dedos 

Victória: Admiro essa sua neura de saber de tudo, assim - pausa, apontou pra mim no sofá - deitado fazendo merda nenhuma - disse fechando a cara e sentando-se do meu lado 

Matheus: Cê não sabe avisar quando tá vindo, aí tenho que dá meus pulos? respondi levantando e indo em direção a adega embaixo da escada

Victória: Não sei! Não tá afim de me ensinar? respondeu debochada trocando o canal 

Matheus: Volta! respondi alto a reprendendo por ter trocado de um dos meus filmes favoritos sem nem pedir, tá de sacanagem né?

Victória: Tá achando que pode gritar com a mãe do seu filho? disse de braços cruzados mantendo marra 

Matheus: Fode não garota! levando minha mãe até seu cabelo, mencionei depois de voltar com um copo de whisky 

Victória: Cê é babaca pra caralho né? finalizou indo com as unhas em direção ao meu abdômen que não estava tão exposto, ela que foi enfiando a unha por baixo  

Matheus: Babaca até na hora que tô te fodendo? mencionei debochando, e indo em direção ao seu pescoço, conheço seus pontos fracos 


ao mesmo tempo...

N A T H

Ainda com a Laís no celular, mas agora em ligação, enquanto eu ia contando mas manda certas "provas" que estavam fazendo o maior sentindo até então! 


Ligação ON 

- Tenho plena certeza Laís, essa garota vai tomar um pau depois que colocar essa criança pra fora - respondi mentalmente me punindo por querer bater em uma mulher que carrega nesse momento um ser completamente e inocente, que até ontem seria meu sobrinho 

Se essa porra for verdade, ela assinou a sentença de morte no Alemão, ou cê acha que Vic vai deixar passar sem muito tumulto tudo isso? Nunca, ele não é louco, ainda mais por terem envolvido o Kauã - respondeu tranquila, sabemos que sem levar ela pra geral pra pelo menos conversar, não vai deixar de acontecer, o foda é pensar que nesse momento não dá pra fazer de tudo com a garota 

- Com certeza, ela vai ser arrastada até lá, sei nem se quero estar lá na hora pra deixar claro, tá ligada que essa merda é pesada demais né? respondi entrando na quadra do Alemão, pra falar com os moleques que me esperavam lá 

Ainda não entendi como cê descobriu, porra, entrou na polícia foi? - perguntou curiosa

- Quando cê chegar aqui te mostro, foi por mensagem não, nessas coisa não se brinca, ninguém viu ainda, vou indo, qualquer coisa quando chegar, se eu não estiver na quadra, sobe na dezessete que tenho que resolver sobre a compra de arma, e o assalto na pista! respondi batendo o portão e vendo alguns garotos mais novos pararem de jogar pra me observar, e os que estava esperando levantar da arquibancada de cimento 

Vai lá gatona, se cuida, que quero ninguém tomando "pipoco" viu? Fé Nath, acabei de chegar no shopping pra pegar algumas coisa, daqui uma hora mais ou menos já chego aí - afirmou batendo a porta do carro do outro lado da linha, enquanto a Bruna falava com alguém que tinha sido encarregado de levar-las por lá 

- Tá bom, você, menos de uma hora no shopping? Confio sim, fé loira, gasta bastante só pra deixar seu irmão maluco, tô sem tempo pra fazer comprar, fui - mencionei, antes de desligar a escultei rir e posso ter certeza que balançar a cabeça como quem sabe que vai fazer isso mesmo 

Ligação OFF


Graças a Deus, ainda sou completamente desconfiada de pessoas que transmitem, "a energia de que só querem entrar em seu ciclo de amizade, ou familiar, por extrema conveniência"
a meu amor, dá licença né, vamos combinar que aonde senta um, não senta dois. 

E me fazer de otária já é difícil, agora querer passar todo mundo pra trás, é ser completamente burra! Será que se eu expor pro morro todo, fica muito feio?

O Meu Morro do Alemão (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora