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durante a tarde daquela mesma madrugada 

L A Í S 

Morro do Alemão

Kauã: Por mim a gente casa amanhã mesmo! confessou acariciando minha cabeça sobre seu peito 

Laís: Caô? respondi levantando, pra olhar-ló completamente anestesiada 

Kauã: Cê já deveria saber, que com você eu vou pra qualquer lugar de olhos vendados! completou antes de dar um selinho

Laís: Não fode comigo, com casamento eu sou completamente emocionada - respondi olhando ele, que continuava deitado e balançando a cabeça 

Kauã: Laís, eu tô falando sério, quer casar? vamos casar! afirmou como se aquilo fosse a coisa mais fácil e óbvia de se dizer

Laís: Eu admiro sua confiança sabia?

Kauã: Não tem porque não ser, do mesmo jeito que eu te passo segurança, você também me passa, então a gente faz ser e acontecer, de boa! 

Laís: Sua irmã vai entender nada - afirmei sorrindo

Kauã: Nem ela, nem o seu, nem ninguém, em falar nisso sabe quando ela chega? E eu preciso descer atrás do Victor, ninguém viu ele ainda! respondeu bocejando começando a se preparar pra levantar 

Laís: Dá última vez que a gente conversou, ela disse na segunda, segunda, do mês tava aqui, então eu não sei, hoje ainda é quinta, se a gente não conversar hoje, amanhã eu mando mensagem, e de duas, uma, vamos contar sobre o Matheus?

Kauã: O meu Deus, essa bomba aí o Victor que resolva, vou atrás dele daqui a pouco - disse enquanto levantava pra ir em direção ao banheiro 

Observei ele escorvar os dentes, e logo virei caçar meu celular pelo quarto, assim que toquei a tela, duas da tarde, algumas mensagens, marcações em publicações também tinha, mas eu simplesmente desliguei a internet e enrolei mais uns minutos antes de levantar e ir fazer algumas coisas pro dia começar a funcionar.  

Enquanto o Kauã tomava um banho pra descer pra Central e ver o que tá acontecendo morro a dentro, catei minha escova de dentes e fui pro banheiro da Nathasa, arrumar o cabelo e dá um lava no rosto também, voltei pro quarto depois de fazer tudo isso, deixando a escova em cima do raque, procurei dentro do armário no canto do quarto um Crocs pra descer pra cozinha, e como feito, achei um rosa perdido, pelo desenhos grudados nos buracos, algumas princesas e bichos de diversos desenhos da Disney, pontuei que era da Nathasa, assaltar a amiga sempre é um fortalecedor de amizades.  

Enquanto eu fritava alguns ovos na cozinha, pra matar com pão, ketchup, maionese e suco, decidi "bipar" o rádio do quarto do Victor pelo do Kauã pra ver se ele dava algum sinal de vida. 

Radinho ON

- Vic, tá acordado? (pelo menos tá ligado, vai me responder nem que seja me mandando calar a boca por ficar gritando na orelha dele) 
- Levanta da cama moleque!
- Cacete, vai levantar nem que seja na força do ódio
- Eu tô fritando um ovo e te acordando, foda pra caralho né?

Enquanto eu continuava montando mais uns cinco pães, e falando coisas aleatórias no rádio sabendo que uma hora ou outra eu o teria irritado demais, e ia ser respondida apenas com um, "-Tá Laís, agora cala a boca". O Kauã desceu vestindo uma bermuda jeans, uma blusa do Flamengo e um tênis preto, me olhou com rádio no ouvido, e em uma das mãos a maionese, na outra o ovo e só riu antes de pegar o rádio pra falar ele mesmo com o amigo capotado. 

O Meu Morro do Alemão (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora